As mulheres e homens haviam abalado bem cedo a caminho da vinha. Quando despertaram os primeiros raios de sol atrás da Xalma, já os vindimadores se debruçavam à procura dos cachos nas videiras, meio-escondidos sob as parras e vides…
Já lá iam uns tempos em que não pegava numa tesoura de vindimar… À faina agrícola junta-se a camaradagem, a amizade, o são convívio, os novos conhecimentos… Num serviço de voluntariado e de gratidão, nunca se devem esquecer os amigos, aqueles que estão sempre disponíveis, razão por que me fiz a três fainas: arregacei as mangas e fui vindimar munido do material apropriado.
Ler MaisQuase todas as famílias quadrazenhas tinham pelo menos um chão, isto é, um terreno de cultivo, ou uma simples horta. Alguns tinham vários chões e uns poucos tinham quintas de dimensão razoável, como era o caso do Sr. Nacleto, do Sr. Zé Jaquim, do Sr. Zezinho, do Sr. Antoninho, do Sr. Alexandre e dum ou outro Moira e Pinharanda. Cultivava-se pão, isto é, centeio ou, mais raramente, trigo e castanheiros nos terrenos de sequeiro. Batatas, couves, nabos, tarrábias (beterrabas), feijões, botelhas (abóboras) e milho cresciam nos terrenos regadios. Nos lameiros criava-se erva e feno para os gados.
Ler MaisO avançar de Setembro concede a obrigação das colheitas e traz de volta, em vários dobros, o resultado de tudo o que foi semeado ou agricultado.
Ler MaisPor volta de fins de Agosto notei sempre que algo de anormal se passava em nossa casa, com algumas correrias… Havia mulheres da vizinhança que traziam loiças, muitos pratos de alumínio, que mais tarde vi iguais na tropa, talheres de cabo de madeira, grandes panelões de ferro e outras coisas.
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