«Vale do Côa, uma paisagem de Liberdade – entre a pré-história e as vilas medievais» é o nome do novo roteiro do Parque Arqueológico do Vale do Côa.

Vale do CôaO novo roteiro foi lançado no fim-de-semana em Cidadelhe, Pinhel, encerra um ciclo de publicações sobre aquela importante região arqueológica numa altura em que o Parque assinala dez anos «encerrando assim uma série de brochuras, em quatro idiomas, que vêm enquadrar as visitas aos quatro núcleos de arte rupestre», declarou à agência Lusa Alexandra Cerveira Lima, directora do Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC).
Anteriormente tinham sido lançados os prospectos «No rasto dos caçadores paleolíticos», «Oficina de arqueologia experimental» e «Guia para visitantes». «O território que circunda o PAVC foi delimitado pelas aldeias, pelo que este roteiro permitirá aos visitantes espalharem-se no seu todo, perdendo-se de aldeia em aldeia», destacou a directora do PAVC.
A brochura sugere um percurso automóvel de cerca de 100 quilómetros através das aldeias do PAVC, esta brochura propõe ao visitante iniciar o a etapa no Pocinho, última paragem da Linha do Douro, mil metros a jusante da capela da Senhora da Veiga, antiga paróquia da então vila da foz do Côa.
O percurso sugere passagens pelas aldeias da Muxagata, Chãs e Santa Comba, no actual concelho de Vila Nova de Foz Côa, Longroiva e Tomadias, no concelho de Mêda, e Cidadelhe, no município de Pinhel, onde atravessa o Rio Côa, na Ponte da União.
Já em cima Côa, caminhando no sentido natural do rio, o percurso segue por Vale de Afonsinho e Algodres, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, e novamente por terras de Vila Nova de Foz Côa, em Almendra, Castelo Melhor e Orgal.
«Estas aldeias em constante desertificação, são pequenos territórios explorados por populações que se instalaram durante séculos, ou milénios, num contínuo de ocupação que agora queremos convidar a serem explorados, descobrindo o visitante as suas gentes», propõe a directora do PAVC.
Alexandra Cerveira Lima, tinha já afirmado à Lusa que o modelo de gestão do território «umvasto museu ao ar livre, terá de se manter monitorizado, conservado, investigado e fruído com as populações que o habitam».
Este conjunto de edições foi viabilizado pela Associação de Municípios do Vale do Côa através de uma candidatura à Acção Integrada de Base Territorial (AIBT) do Vale do Côa.
jcl