Têm sido de fulgurante escaldo os dias de Junho que ora finda. O mês tem ardido numa escalada enegrecida como se fosse do inferno o fogo que o tem queimado. O incêndio ceifou dezenas de vidas em Pedrogão Grande e escureceu o país inteiro. Portugal foi varrido por um enorme sentimento de perda. O desespero, a aflição e a agonia tomaram conta de nós. Será, pois, difícil esquecer a catástrofe assim como não vai ser fácil apagar o tom negro das almas e das paisagens. Assumo, portanto, o desconsolo que me assiste no momento em que aqui venho cumprir esta crónica.

Nem tudo é reversível e há males impossíveis de remediar
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