A mais lamentável de todas as perdas é a perda de tempo. Esta afirmação de Philip Chesterfield não poderia ser mais oportuna neste fim/início de ano. Se o tempo que temos é uma dádiva com prazo, o que fazemos dele?

Séneca foi um filósofo hispano-romano (4 a.C. – 65 d.C.) que se destacou pelas suas obras sobre moral. Foi um dos expoentes do estoicismo (que comporta a ataraxia – tranquilidade de espírito). Ao ler a sua obra Epístolas morais a Lucílio, na Carta XIII – Da valentia que deve ter o sábio – lembrei-me da apreensão com que todos nós portugueses estamos em relação à crise económica e à destruição moral da nossa sociedade, onde gente de baixo estofo humano e ético sairá vencedora. Vamos ficar com as palavras de Séneca a Lucílio, são uma espécie de conforto e esperança.