Querido(a) leitor(a), hoje vou publicar a quinta parte do artigo que escrevi para um Jornal que saiu há uns anos aqui no concelho do Sabugal num dia de festa das Associações Concelhias. O jornal intitulava-se «A Salto». A minha crónica está dividida em seis partes. A de hoje intitula-se «rock and roll music». É um artigo sobre a Igreja Católica, que tinha tanto ou mais poder do que os políticos nos anos 60 do século passado. (Parte 5 de 6.)
Em 1972 os Rolling Stones estavam com problemas fiscais no Reino Unido, depois de terem sido enganados pelo seu manager, e «fogem» para o Sul de França. O documentário «Stones in Exile» conta este período atribulado de uma das maiores bandas do mundo.
Deste exílio forçado nasce um dos maiores e mais experimentalistas álbuns da carreira da banda: «Exile on Main St.», fruto de uma temporada de excessos numa mansão alugada por Keith Richards. E desta experiência de sexo, drogas e rock ‘n roll nasceu «Stones In Exile», um documentário com pouco mais de uma hora com imagens da época que nos mostram como foi feito o álbum.
O filme conta com depoimentos actuais de alguns dos intervenientes que sobreviveram àqueles dias de excesso, em que praticamente tudo era possível naquela que já era considerada a maior banda do mundo.
Mas não são os excessos e as histórias do quotidiano da mansão o grande trunfo de «Stones In Exile».
Para quem gosta de música este documentário é uma excelente forma de conhecer um pedaço da história da música popular do século XX e como foi feito o álbum clássico, directamente da cave da mansão de Keith Richards.
A mais neste documentário só estão alguns depoimentos de pessoas que se sentiram influenciadas pelo álbum, algo que já parece um cliché dentro deste género de filmes.
Apesar de contar com depoimentos de músicos e pessoas ligadas ao cinema a falar de «Exile on Main St.», «Stones In Exile» bem se podia ficar apenas pela história da gravação do clássico LP.
«Série B», opinião de Pedro Miguel Fernandes
pedrompfernandes@sapo.pt