O alemão Robert Enke, antigo guarda-redes do Benfica, morreu nesta terça-feira aos 32 anos em circunstâncias não totalmente esclarecidas. Os primeiros indícios, segundo a polícia germânica, apontam para suicídio.
A notícia da morte do guarda-redes alemão, Robert Enke, supreendeu o mundo do futebol. Representou os «encarnados» entre 1999 e 2002, jogava actualmente no Hannover, clube da Bundesliga ao serviço do qual era o habitual titular.
Os primeiros indícios, de acordo com o assessor da polícia de Niedersachsen, apontam para suicídio. O corpo do internacional alemão foi encontrado junto a uma passagem de nível a 25 quilómetros de Hanover. Um dos seus amigos e conselheiros, Jorg Neblung, defendeu a mesma tese em declarações à agência alemã SID: «Posso confirmar que se tratou de suicídio. Os detalhes serão dados numa conferência de imprensa amanhã.»
O seleccionador germânico, Joachim Löw, já lamentou o sucedido: «Quando soubemos da morte de Enke foi um choque. Estamos sem palavras, estamos consternados.»
Robert Enke, conhecido igualmente por ser um activista na defesa dos direitos dos animais, representou sucessivamente o Carl Zeiss Jena, o Borussia Mönchengladbach, o Benfica, o Barcelona, o Fenerbahçe, o Tenerife e o Hannover. A primeira internacionalização «A» chegou tarde, aos 29 anos, num jogo com a Dinamarca.
Entre Agosto de 2008 e Agosto de 2009 fez mais sete jogos, cinco deles na fase de qualificação para o Mundial 2010, antes de um vírus no estômago o ter afastado dois meses da competição. Neste período, viu René Adler (Bayer Leverkusen) aumentar as suas hipóteses de ser o titular da baliza germânica no Mundial. Mas Joachim Löw já tinha dito que ele era um dos fortes candidatos a estar na África do Sul.
jcl (com agência Lusa)