A força desta emigração sobretudo para a França, de que começámos a falar na semana passada, teve uma época de «treinos» muito dura também, como já referi antes. Foi o tempo dos «Ratinhos» que iam para as ceifas, para a colheita da azeitona e para outros trabalhos bem duros no Alentejo.
Ler MaisEram designados de «ratinhos» os beirões que, em grupo, trabalhavam no latifúndio alentejano, colmatando a crónica falta de mão-de-obra nas grandes e colectivas tarefas agrícolas daquela província do sul de Portugal. Vários autores escreveram sobre esta gente pobre que era mal-amada pelos povos, igualmente pobres, dos lugares onde aportavam.