Folhas caídas enroladas e nuvens negras de chumbo anunciam o Outono em Castelo Branco. Passeio sozinho pela cidade onde vivi muitos anos e vejo as novas. Passo pelo novo Centro de Cultura Contemporânea, inaugurado na véspera, e aprecio no exterior uma bela escultura humana de Fernando Botero. Dou uns passos mais à frente e encontro uma placa necrológica, que me dá conhecimento da morte do Professor Frade, indicando o local do velório e o horário do funeral. Quando morre um amigo, qualquer novidade envelhece e só o passado ganha presença. Desloco-me de imediato à Igreja da Misericórdia de Castelo Branco, onde o professor prestou serviço voluntário durante tantos anos. Aí, presto-lhe a minha última homenagem, orando pelo descanso da sua alma. Lembro-me como as nossas vidas se cruzaram.

Prof. António dos Santos Folgado Frade (Foto D.R.)
Prof. António dos Santos Folgado Frade (Foto: José Júlio Cruz/Reconquista)
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