A regência é o governo temporário quando há impedimento de um monarca, ou porque seja demasiado jovem, esteja ausente ou incapacitado, ou haja interregno. Em Portugal a história registou pelo menos dez regências individuais ou colectivas.
Estávamos em Junho de 2011, Jesué Pinharanda Gomes recebeu-nos em sua casa, no escritório recentemente despido dos milhares de livros que cedera à Câmara Municipal do Sabugal para constituir um acervo bibliográfico que daria depois lugar ao Centro de Estudos com o seu nome. Então com 71 anos, o pensador falou-nos da sua infância, dos ascendentes e outros familiares, dos amigos e da vida dura, mas feliz, em Quadrazais. (A terceira de três partes).
Portugal venceu este domingo, 10 de Dezembro, em Phu Quoc, no Vietmane, o prémio de melhor destino turístico do Mundo nos World Travel Awards 2017, tornando-se o primeiro país europeu a conquistar esta distinção. O país derrotou concorrentes como o Brasil, Grécia, Maldivas, EUA, Marrocos, Vietname ou Espanha. A cidade de Lisboa conquistou o prémio de melhor destino para estadias de curta duração (City Break) do Mundo.
:: PORTUGAL vs MOODY’S :: :: Uma edição em vídeo, já com alguns meses, recorda-nos que Portugal será sempre mais importante que as agências de rating como, por exemplo, a Moody’s. Recorde-se que, por exemplo, o IGCP-Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública pediu, em 2011, aos investidores estrangeiros (e nacionais) para não se guiarem apenas pelo «rating» da Moody’s sobre Portugal.
O filme que Marcelo Rebelo de Sousa produziu para a visita da Chanceler Angela Merkel a Portugal chegou, através das redes sociais, a 139 países em apenas três dias. Segundo o Google Analytics são 250 mil visualizações só na versão principal. Mas há mais 27 versões, que incluem cópias com legendas em diferentes línguas, a ultrapassar o meio milhão de visualizações.
O filme português – de cerca de cinco minutos – apresenta à Europa a situação que se vive hoje em Portugal. Para desfazer o preconceito de que existe uma Europa forte que ajuda e outra que é ajudada, procura demonstrar a relação de dependência económica entre os países da União, apresentando os números da balança comercial entre Portugal e Alemanha, bem como alguns exemplos de negócios entre os dois países.
São 250 mil visualizações só na versão principal. Mas há mais 27 versões, que incluem cópias com legendas em diferentes línguas, a ultrapassar o meio milhão de visualizações. Segundo o Google analytics, o filme que Marcelo Rebelo de Sousa produziu para a visita da Chanceler Angela Merkel a Portugal chegou, através das redes sociais, a 139 países em apenas três dias.
No top5 das visualizações estão Portugal, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido e França. É em Portugal que o vídeo tem a mais alta taxa de aprovação, com 89 por cento, mas na Alemanha a taxa é muito próxima – 81 por cento.
No offline, além da cobertura em Portugal, o vídeo mereceu tratamento noticioso em Espanha, Brasil, Alemanha e França.
Após 24 horas, o primeiro resultado obtido ao pesquisar no YouTube «Ich bin ein berliner» era já a versão em Português do filme do Professor Marcelo e ultrapassava em número de visualizações o discurso proferido por John F. Kennedy em Berlim, em 1963, onde é originalmente proferida a frase «Ich bin ein berliner».
Para Marcelo Rebelo de Sousa, o principal objetivo foi cumprido: o filme «mostra que a solidariedade é fundamental entre os povos».
jcl (com Rodrigo Moita de Deus)
No dia 12 de Agosto, realiza-se a sétima etapa da Volta a Portugal em Bicicleta de 2011, que ligará o Sabugal à Guarda num exigente contra-relógio individual, que a organização considera dificíl.

«Para a sétima etapa está reservado o dificílimo contra-relógio individual entre o Sabugal e a Guarda. Além da extensão de 35,3 Km é preciso contar com o tipo de percurso entre a raia e a capital de distrito que é, nada mais, nada menos do que a cidade mais alta de Portugal.» É desta forma que a Organização da volta comenta a sétima etapa, a qual se poderá mostrar decisiva para a definição dos principais lugares da corrida deste ano.
Há de facto um percurso difícil, não apenas pela distância mas também pela altitude que é necessário alcançar. Cada ciclista correrá por si, durante os 35,3 quilómetros da prova, ligando a Escola Secundária do Sabugal (a 775 metros de altitude) à Câmara Municipal da Guarda (a 1013 metros de altitude). A prova tem no percurso 12 quilómetros no concelho do Sabugal.

A concentração dos ciclistas, equipas técnicas e demais meios de apoio está prevista para o meio-dia e meia hora, na Av 25 de Abril, no Sabugal, de onde o primeiro ciclista irá partir às 14.30 horas.
Após a partida, os corredores viram à direita para a Av Infante D. Henrique, e seguirão por esta via até à rotunda, onde tomarão a direita e atravessarão o rio Côa na nova ponte do Sabugal. Chegando à rotunda da margem esquerda do rio, voltam a tomar a direita e seguem no sentido da Guarda, na Estrada Nacional nº.233. Percorridos 2,5 quilómetros após a partida os corredores tomam a direita no cruzamento, seguindo na direcção da Rapoula do Côa, na Estrada Nacional nº.324. Aos 5,3 quilómetros os atletas viram à esquerda e tomam a direcção de Vila do Touro. Passam depois pelo Baraçal e por Vila do Touro. Nesta antiga vila acastelada do concelho do Sabugal os ciclistas sentirão dificuldades acrescidas ao circularem durante 900 metros sobre um piso empedrado. Pouco depois, 1,2 quilómetros após Vila do Touro, os ciclistas passam a ponte sobre a ribeira do Boi e deixam o concelhio do Sabugal, entrando no da Guarda.
Já no concelho da Guarda a prova prossegue por Pêga, Adão (onde está previsto o reabastecimento dos atletas), Catraia do Sortelhão, Panóias de Cima, Barracão e Guarda. Na cidade capital do distrito percorrerão diversas ruas até chegarem defronte ao edifício da Câmara Municipal, onde termina a etapa.

Joaquim Gomes, o director da prova, deixa a antevisão do que será essa sétima etapa, num percurso inédito na Volta a Portugal em Bicicleta:
«O contra-relógio que vai ligar a cidade do Sabugal à Guarda, deixa adivinhar já o fantasma da serra da Estrela, pois será percorrido praticamente sempre com a serra à vista. Apesar de não ser muito difícil em termos de relevo não deixa contudo de fazer a ligação de uma cidade, do Sabugal, que está a uma altitude considerável, à cidade mais alta de Portugal. Os contra-relogistas levarão certamente a melhor, mas atenção que um excelente desempenho nesse dia exige certamente aos eleitos uma boa recuperação para a etapa rainha do dia seguinte.»
plb
As Conferências do Estoril editaram um vídeo para levantar a moral dos portugueses e para explicar aos finlandeses as epopeias dos lusitanos.
Os finlandeses não perderam tempo a responder ao vídeo português. Entretanto uma fonte governamental finlandesa adiantou esta segunda-feira à AFP que «a Finlândia vai aprovar o plano de ajuda financeira a Portugal nas próximas 48 horas, apesar da oposição do partido nacionalista dos Verdadeiros Finlandeses.
jcl
A 72.ª Volta a Portugal em Bicicleta, edição 2010, tem dez etapas e um prólogo em Viseu percorrendo 1613,9 quilómetros durante os 11 dias de competição. A 6.ª etapa entre Moimenta da Beira e Castelo Branco, tem uma meta-volante ao quilómetro 109,3 na passagem pelo Sabugal. A edição 2010 tem início no dia 4 de Agosto e termina no dia 15 de Agosto com uma etapa em linha de 154,2 kms entre Sintra e a Avenida da Liberdade em Lisboa.
O espanhol David Blanco, da Palmeiras Resort-Prio-Tavira, foi o vencedor do ano passado e o grande favorito à vitória final, em 2010, na 72.ª edição da Volta a Portugal em Bicicleta. O corredor espanhol já conquistou por três vezes a Volta a Portugal e aproxima-se perigosamente de Marco Chagas, que segue isolado na tabela com quatro triunfos.
Os 144 ciclistas das 16 equipas inscritas na «Volta 2010» vão percorrer 1613,9 quilómetros, divididos por dez etapas e um prólogo que tem Viseu como cenário. A chegada está marcada para a Avenida da Liberdade, em Lisboa, após uma última etapa em linha de 154, 2 kms com início em Sintra.
A 6.ª etapa, no dia 11 de Agosto, liga Moimenta da Beira a Castelo Branco numa distância de 221,1 kms e inclui uma meta-volante na passagem pelo Sabugal.
A organização prevê os seguintes horários de passagem para a 6.ª etapa:
Trancoso (meta volante), 12.45 horas; Celorico da Beira, 13.13 h; Porto da Carne, 13.27 h; Guarda, 13.48 h; Catraia do Sortelhão, 14.07 h; Adão, 14.12 h; Pêga, 14.18 h; SABUGAL (meta volante), 14.33 h; Santo Estêvão, 14.47 h; Terreiro das Bruxas, 14.52 h; Meimoa, 15.05 h; Castelo Branco (meta volante), 16.37 h.
Etapas (1613,9 kms) – 4/08 – Prólogo: Viseu – Viseu, 5,5 kms; 5/08 – 1.ª etapa: Gouveia – Oliveira de Azeméis, 188 kms; 6/08 – 2.ª etapa: Aveiro – Santo Tirso (Sra. Assunção), 152,3 kms; 7/08 – 3.ª etapa: Santo Tirso – Viana do Castelo, 173,7 kms; 8/08 – 4.ª etapa: Barcelos – Mondim de Basto (Sra. Graça), 175,8 km; 9/08 – Descanso; 10/08 – 5.ª etapa: Fafe – Lamego, 172,4 kms; 11/08 – 6.ª etapa: Moimenta da Beira – Castelo Branco, 221,1 kms; 12/08 – 7.ª etapa: Idanha-a-Nova – Seia (Torre), 168 kms; 13/08 – 8.ª etapa: Oliveira do Hospital – Oliveira do Bairro, 169,9 kms; 14/08 – 9.ª etapa: Pedrógão – Leiria, 32,6 kms (CRI); e 15/08 – 10.ª etapa: Sintra – Lisboa, 154,6 kms.
Equipas – ProTour: Lampre-Farnese Vini (ITA). Continental Pro: Andalucia-Cajasur (ESP), Xacobeo-Galicia (ESP), BBOX Bouygues Telecom (FRA), Saur Sojasun (FRA), Carmiooro NGC (GRB), ISD-NERI (ITA). Continental: Barbot-Siper (POR), CC Loulé-Louletano-Aquashow (POR), LA Aluminios-Rota dos Móveis (POR), Madeinox Boavista (POR), Palmeiras Resort-Prio-Tavira (POR), Caja Rural (ESP), Rabobank (HOL), Amore & Vita-Conad (UCR). Selecções: Portugal.
A tradicional subida à Torre e o contra-relógio individual na penúltima etapa serão os momentos decisivos desta 72.ª edição da maior prova do ciclismo português que teve início em 1927 e é uma das competições ciclistas por etapas mais antigas do mundo.
jcl
Em homenagem ao grande escritor José Saramago, cujo corpo é hoje cremado em Lisboa, publicamos um enxerto do seu livro «Viagem a Portugal», onde fala de Sortelha e do Sabugal, terras por onde passou enquanto viajante, e também Pousafoles do Bispo, que por falta de tempo não pode visitar. São impressões de viagem de um homem sem papas na língua, e muito menos na caneta, que diz sem rodeios o que pensa das coisas.
«De Belmonte vai o viajante a Sortelha por estradas que não são boas e paisagens que são de admirar. Entrar em Sortelha é entrar na Idade Média, e quando isso o viajante declara não é naquele sentido que o faria dizer o mesmo entrando, por exemplo, na Igreja de Belmonte, donde vem. O que dá carácter medieval a este aglomerado é a enormidade das muralhas que o rodeiam, a espessura delas, e também a dureza da calçada, as ruas íngremes, e, empoleirada sobre pedras gigantescas, a cidadela, último refúgio de sitiados, derradeira e talvez inútil esperança. Se alguém venceu as ciclópicas muralhas de fora, não há-de ter sido rendido por este castelinho que parece de brincar.
O que não é brincadeira nenhuma é a acusação, em boa letra e ortografia, pintada na entrada duma fonte: ATENÇÃO! ÁGUA IMPRÓPRIA PARA BEBER POR DESLEIXO DAS AUTORIDADES MUNICIPAIS E DELEGAÇÃO DE SAÚDE. O viajante ficou satisfeito, não, claro está, por ver a população de Sortelha assim reduzida em águas, mas porque alguém se dispôs a pegar numa lata de tinta e num pincel para escrever, e para o saber quem passe, que as autoridades não fazem o que devem, quando devem e onde devem. Em Sortelha não fizeram, como testemunha o viajante, que daquela fonte quis beber e não pôde.
A Sabugal ia o viajante na mira dos ex-votos populares do século XVIII, mas não deu sequer com um. Onde os meteram não o soube dizer o ancião que veio com a chave da Ermida de Nossa Senhora da Graça, onde era suposto estarem. A igreja, agora, é nova e de espectacular mau gosto. Salva-se o Pentecostes de madeira talhada que está na sacristia. As figuras da Virgem e dos apóstolos, pintadas com vivacidade, são de admirável expressão. Leva o viajante, em todo o caso uma dúvida: se isto é um Pentecostes, por que são os apóstolos doze?, estará Judas aqui representado apenas por razões de equilíbrio de volumes?, ou o entalhador popular decidiu, por sua conta e risco, exercer o direito de perdão que só aos artistas compete?
O viajante tem um compromisso para esta tarde. Irá a Cidadelhe. Para ganhar tempo almoça em Sabugal, e, para o não perder, nada mais viu que o geral aspecto duma vila ruidosa que ou vai para a feira ou vem de feirar. Segue depois a direito para a Guarda, deixa no caminho Pousafoles do Bispo onde tencionara ir para saber o que poderá restar de uma terra de ferreiros e ver a janela manuelina que ainda dizem lá existir. Enfim, não se pode ver tudo, era o que faltava, ter este viajante mais privilégios que outros que nunca tão longe puderam ir. Fique Pousafoles do Bispo como símbolo do inalcançável que a todos escapa.»
plb
Portugal apurou-se para o Campeonato do Mundo de Futebol 2010, a disputar na África do Sul, com um golo de Raul Meireles, aos 55 minutos, no Estádio Bilino Polje, em Zenica, Sarajevo. A selecção nacional partiu em vantagem para este encontro depois de ter conseguido um triunfo sobre a Bósnia-Herzegovina, igualmente por 1-0, na primeira mão do «play-off» disputado em Lisboa no Estádio da Luz.
Esta manhã os jornais desportivos, com manchetes muito originais, dão conta disso mesmo.
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jcl
Fomos ao encontro do historiador Jorge Emanuel Duarte de Carvalho Martins a poucos dias da apresentação, no Sabugal, do seu último livro «Breve História dos Judeus em Portugal». «As expectativas para esta sessão no Sabugal – onde nunca estive – são grandes. Maiores do que uma apresentação na FNAC. A Casa do Castelo, de Natália Bispo, que ainda não tenho o prazer de conhecer pessoalmente, está a fazer um grande serviço à cultura do vosso concelho», acentua este ilustre historiador que reconhece apenas ter estado uma vez em Sortelha e nunca ter visitado o Sabugal. A sessão de apresentação da obra está marcada para sábado, 17 de Outubro, na Casa do Castelo no Largo do Castelo do Sabugal.
(Clique nas imagens para ampliar.)
Jorge Martins, nasceu em Lisboa em 1953, é licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mestre (tese sobre António Patrício, escritor e diplomata) e doutor (tese em três volumes «Portugal e os Judeus») em História Contemporânea. É professor de história dos ensinos básico e secundário desde 1978 e pertence aos quadro da Escola Secundária Braamcamp Freire, na Pontinha. É autor de manuais escolares e de obras de ficção e ensaio sobre história contemporânea, local e sobre estudos judaicos tendo publicado dezenas de artigos em jornais, revistas e actas de conferências. É, actualmente, investigador do Centro de Estudos de História Contemporânea Portuguesa do ISCTE.
A propósito da sessão de apresentação no Sabugal do livro « Breve História dos Judeus em Portugal» (Editora Nova Vega, 2009), o Capeia Arraiana aproveitou, uma destas noites, para ir ao encontro do historiador.
O seu discurso, cronologicamente ordenado, é veloz e obriga as palavras a acelerarem o passo para acompanhar as ideias do pensamento enquanto nos fala da presença judaica em Portugal.
– Como surgiu o doutoramento sobre os judeus em Portugal?
– O meu orientador foi João Medina. E, entre os vários temas propostos, surgiu o judaísmo. A minha tese de doutoramento intitulada «O Judaísmo e o Antisemitismo em Portugal nos séculos XIX e XX» foi compilada em três volumes num total de 900 páginas e transformada em «Os Judeus em Portugal». As comunidades judaicas desapareceram de Portugal na sequência do Édito de Expulsão de 1496 mas há registos da sua participação nos Descobrimentos. Baptizados à força viveram a dupla identidade cristã e criptojudaica tendo resistido à perseguição da Inquisição e às tentativas de expulsão. Ressurgiram no início do séc. XIX nas Beiras e Trás-os-Montes (os marranos), em Lisboa, Faro, Madeira e Açores. Muito judeus europeus, protegidos por diplomatas filo-semitas, salvaram-se do Holocausto utilizando Portugal como porta de saída da Europa durante a perseguição nazi. Actualmente há quatro núcleos – Lisboa, Belmonte, Porto e Algarve – com cerca de 1000 residentes. Durante a pesquisa para uma tese sentimos muita insegurança mas, no final, acreditamos que sabemos um pouco mais e é isso que nos dá o equilíbrio. Há muitos assuntos para investigar e ficamos com a certeza que há ainda mais por estudar.
– E, entretanto, o Sabugal atravessa-se no seu caminho…
– O Sabugal aparece como mais uma experiência giríssima só possível na Internet. Troco informações com historiadores judeus em todo o Mundo e, em especial, em Israel e no Brasil. Tenho muitos pedidos brasileiros para troca de dados sobre a história dos judeus em Portugal. Entretanto no lançamento do livro uma aluna minha diz-me – tenho aqui um blogue que fala do seu livro – e deu-me um texto assinado por Joaquim Tomé [opinião de Kim Tomé no Capeia Arraiana] com comentários e citações das minhas frases. E foi assim que tudo começou…
– Sendo assim só conhece o Sabugal virtualmente?
– Em Julho passado estive em Belmonte para ver o Museu Judaico e visitei Sortelha mas não fui ao Sabugal. Entretanto da troca de informações que fui mantendo não consigo perceber como é que havendo a possibilidade de estarmos perante uma estrutura arquitectónica judaica na Casa do Castelo não se faça um trabalho sério para determinar da sua legitimidade. É vital que os portugueses preservem a sua identidade. A força da identidade mede-se pelo cuidado e pela intensidade com que se defendem e promovem os valores de cada localidade. Eu, infelizmente, sou de Lisboa. E Lisboa é uma terra mesclada sem identidade. É a terra do fado e das sardinhas que não são suficientes para identificar os lisboetas. A Internet deu-nos a oportunidade de nos aproximarmos. Há regiões mais interiores que podem valer-se das novas tecnologias para promover os seus produtos.
– Quais são as suas expectativas para sábado?
– Estou impaciente por ir ao Sabugal. Mais do que na apresentação da minha tese de doutoramento que ultrapassou tudo o que se estava à espera. Sinto que vai ser uma sessão muito especial para mim. Até mais do que se fosse realizada numa loja FNAC porque não é uma questão do número de pessoas que possam estar presentes. Ao longo das conversas telefónicas que mantive com Natália Bispo percebi que a Casa do Castelo está a fazer um grande serviço à cultura do vosso concelho. Há potencialidades judaicas (arcas do sagrado) que têm de ser estudadas. Há, museologicamente falando, um «Espaço de Memória» sobre o judaísmo no concelho do Sabugal até porque Maria José Ferro Tavares refere que está registada em 1316 uma dívida dos judeus do Sabugal ao rei D. Dinis. Aproveito esta conversa com o Capeia Arraiana para adiantar uma ideia que vou defender no sábado. Há na Torre do Tombo disponíveis para consulta e investigação 110 processos da Inquisição sobre a comunidade judaica no Sabugal. Vou propor a criação de uma bolsa de estudo dirigida a estudantes universitários do vosso concelho para analisarem os processos. Posso, inclusivamente, indicar nomes de orientadores para o estudo. Até sábado!
Alguns comentários à obra
«A publicação de Portugal e os Judeus, de Jorge Martins, em três volumes, editados ao longo de 2006, constitui um verdadeiro acontecimento editorial, já que desde 1895, ano da publicação de Os Judeus em Portugal, de Mendes dos Remédios, não se editava no nosso país uma história geral da comunidade judaica (…) Obra de obrigatória consulta histórica», Miguel Real, Jornal de Letras, Artes e Ideias.
«(…) Portugal e os Judeus, uma obra vasta onde percorre os caminhos da gente de nação, desde as toleradas judiarias medievais, até à quase extinção dessas comunidades no mundo contemporâneo, depois dos três séculos de perseguição e de lutos forçados a que foram sujeitas pelo poder político-religioso dominante», Luís Farinha, revista História.
«Desde Mendes dos Remédios (Os Judeus em Portugal, 1895) que não tínhamos uma obra com esta ambição contar uma História esquecida ou voluntariamente enterrada no labirinto dos arquivos. Portugal e os Judeus cumpre o projecto que Mendes dos Remédios não chegou a concluir e vai bem mais além, detendo-se na historiografia e no ensino da História nestes nossos dias de confusão e desorientação», António Carlos Carvalho, prefácio ao 1.º volume.
«Não é a primeira publicação do autor – há muitos anos que Jorge Martins vem estudando, investigando, ensinando e escrevendo sobre a temática judaica. A sua tese reflecte, pois, essa investigação aturada: nela sentimos uma atenção sustentada, um conhecimento aprofundado por anos de estudo e acima de tudo, uma real empatia com o objecto de estudo, indispensável a qualquer investigação séria. Analisando o seu trabalho ficamos com a clara noção de que não se trata de uma súbita e passageira paixão, mas de uma relação fecunda e duradoura. (…) Não quero deixar de saudar o autor por este magnífico trabalho que permite trazer ao conhecimento do público interessado, um período muito rico, mas ainda pouco investigado e divulgado, da história de Portugal e dos Judeus», Esther Mucznik, prefácio ao 2.º volume.
«Passado um século e meio após a aparição da mais completa obra sobre a história dos judeus em Portugal, de autoria de Meyer Kayserling, nos presenteia Jorge Martins com uma nova história sobre judeus portugueses, que amplia largamente o livro pioneiro do rabino húngaro. (…) Jorge Martins vem agora nos três volumes de Portugal e os Judeus resgatar uma história dos Judeus e uma história de Portugal, e oferece aos estudiosos do assunto um material inestimável para novas reflexões», Anita Novinsky, prefácio ao 3.º volume.
jcl
O Clube Fans Porsche Portugal organiza nos dias 2, 3, 4 e 5 de Outubro uma concentração internacional no Algarve. Os participantes têm como incentivo especial o «Track Day» no Autódromo de Portimão onde podem dar rédea livre aos cavalos da mítica máquina. O evento tem o apoio e a participação dos sócios do TodoPorsche Club de Madrid.

A 3.ª Concentração Internacional Porsche organizada pelo Clube Fans Porsche Portugal está marcada para os dias 2, 3, 4 e 5 de Outubro no Algarve. O momento alto da concentração está marcado para a tarde de sábado, dia 3, com o «Track Day» no Autódromo de Portimão que terá a pista reservada para os participantes da concentração.
Programa básico (entre os dias 2 e 4 de Outubro)
2-10 – recepção com cocktail aos participantes ao Tivoli Marina Portimão Hotel, jantar no Pearl Restaurante & Lounge Tivoli Hotel e noite de convívio no bar/discoteca do Hotel.
3-10 – pequeno-almoço no hotel, saída para visita ao Centro Porsche de Faro com almoço, chegada ao autódromo, track day (entre as 14:00 e as 18:00 horas), jantar no Pearl Restaurante & Lounge Tivoli Hotel, entrega de lembranças e noite livre.
4-10 – pequeno-almoço e check-out (programa básico), passeio pela Costa Vicentina (Portimão, Casais, Marmelete, Aljezur, Monte Clérigo, Arrifana, Carrapateira, Sagres) e almoço no restaurante «Telheiro do Infante» em Sagres.
Programa extendido (inclui o dia 5 de Outubro)
5-10 – pequeno-almoço no hotel e check-out (programa extendido), passeio pela Serra de Monchique com prova de regularidade à velocidade média de 70 kms/h e almoço no Restaurante Villa Termal das Caldas de Monchique Spa Resort, entrega dos prémios de regularidade.
Organização: Fans Porsche Portugal.
Patrocinadores/ Colaboradores: TodoPorscheClub de Madrid, Sport e Prestige – Massamá-Belas, Autódromo Internacional do Algarve, Centro Porsche de Faro, Tivoli Marina Portimao Hotel, Detail Passion, Nofirel, Revista «Topos e Clássicos», Revista «Boxer Passion» (edição espanhola), Restaurante Villa Termal -Termas de Monchique, Restaurante «O Telheiro do Infante» – Sagres, J. Meira-Oficina de bate-chapas e pintura – Portalegre, Turismo do Algarve e Blogue Capeia Arraiana.
jcl
Craques portugueses e brasileiros participam em anúncio publicitário da Nike.
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As motas participantes na 11.ª edição do Portugal de Lés-a-Lés entraram por Vilar Maior, mas Alfaiates foi o único ponto de paragem obrigatória no concelho do Sabugal. Junto ao castelo medieval elementos da associação local e da Junta de Freguesia distribuíram sandes, águas e refrigerantes aos participantes.
GALERIA DE IMAGENS – 12-6-2009 |
Fotos Capeia Arraiana – Clique nas imagens para ampliar |
As motas entraram por Vilar Maior, mas Alfaiates foi o único ponto de paragem obrigatória no concelho do Sabugal. Junto ao castelo medieval elementos da associação local e da Junta de Freguesia distribuíram sandes, águas e refrigerantes aos participantes.
Esta foi a 11.ª edição do Portugal de Lés-a-Lés, iniciativa que junta motards de todo o país e do estrangeiro, para fazerem o percurso de Norte a Sul de Portugal. As motas saíram ontem, dia 12 de Junho, de Boticas, perto de Chaves, tendo como destino final Olhão, no Algarve, onde chegarão amanhã.
O almoço dos participantes foi em Mêda, no distrito da Guarda. Depois as motas seguiram para sul, tendo cruzado o concelho do Sabugal. Passaram pela aldeia histórica de Vilar Maior e dirigiram-se a Alfaiates, local onde tinham um ponto de abastecimento de víveres e de bebidas frescas. Chegaram aos grupos de cerca de dez motociclistas e, após breve paragem, seguiram o seu rumo.
De Alfaiates as cerca de 900 motas foram por Aldeia Velha, Aldeia do Bispo, Fóios, Vale de Espinho, Quadrazais, Sabugal, Aldeia de Santo António e Sortelha, entrando depois na Beira Baixa, em direcção a Castelo Branco, cidade onde a organização garantiu o jantar e a pernoita.
Alfaiates foi a única paragem durante a tarde, e ali os motards foram bem recebidos pelos elementos da Junta de Freguesia, da Câmara e do Centro Cultural e Recreativo de Alfaiates, que lhes ofereceram o esperado apoio. Incasável o presidente da Junta de Freguesia, Francisco Baltazar, garantia que tudo correria pelo melhor. «Este foi o único ponto de paragem no concelho, porque no resto das terras é apenas ver e andar», disse o presidente visivelmente satisfeito pelo papel preponderante de Alfaiates. «O apoio foi garantido pela Câmara Municipal, com a colaboração da Junta de Freguesia e da nossa Associação» disse ainda o autarca.
Muitos populares vieram até ao largo do castelo observar as máquinas que iam chegando sucessivamente em pequenos grupos. Entre os motards reinava a boa disposição. Havia motas de todas as marcas e feitios, desde a mítica Harley até à não menos mítica vespa.
plb
A Mêda e seu concelho receberam em festa, a 27 de Maio, a 19.ª Mini-Volta a Portugal em Cicloturismo, 5.º Passeio a Portugal «Ciclismo para todos» correspondente à 8.ª etapa – Mirandela–Mêda – na distância de 82 Kms, numa organização do Grupo Cultural e Recreativo de Cicloturismo do Vale do Tejo.
Com um total de 15 etapas e um percurso total de 1.100 km, a 19.ª Mini-Volta a Portugal em Cicloturismo disputou-se entre 23 e 31 de Maio de 2009. Teve o seu início em Ribeira de S. João e acabou na Golegã.
Os cerca de 40 participantes concluíram a etapa de dificuldades Grau 8 depois de passarem por Cachão, Vila Flor, Vila Nova de Foz Côa e Touca, tendo sido recebidos frente aos Paços do Concelho de Mêda pelo Presidente do Município, João Mourato.
Após a chegada os cicloturistas foram-se refrescar no Complexo Desportivo das Piscinas Municipais e confraternizar num almoço num restaurante local, onde o Município de Mêda procedeu à distribuição de lembranças.
À tarde, a caravana foi relaxar no Parque de Campismo para prosseguir a caminho da 9.ª etapa – Mêda–Pinhel (59,5 Kms) – dificuldades Grau 2, com a partida a ser dada em frente ao Município de Mêda, onde foram mais uma vez recebidos pelo Presidente da Câmara.
A XIX edição da Mini-Volta a Portugal em Cicloturismo, integra-se no calendário da Federação Portuguesa de Ciclismo como V Passeio a Portugal em Bicicleta «Ciclismo para Todos» e, pela quinta vez, faz parte do calendário UCI–União Ciclista Internacional.
A Mini-Volta a Portugal em Cicloturismo nasceu em Maio de 1991, em Alpiarça, conta com o apoio de uma grande quantidade de associações e é especialmente recomendada pela Fundação Portuguesa de Cardiologia. Daí o mês de Maio ter sido escolhido para a concretização da iniciativa por ser o «mês do coração».
Ao longo dos 19 anos que já leva de vida, a prova foi crescendo, sem esquecer os objectivos de confraternização. A amizade entre os participantes internacionalizou-se com equipas de França e Suíça e hoje é um dos maiores eventos do género que se realizam em Portugal.
O Presidente da Câmara Municipal de Mêda, João Mourato, salientou que «este tipo de actividades desportivas tem uma função pedagógica importante junto das populações, sensibilizando-as não só para o fenómeno desportivo, mas também para a prática de salutares formas de vida, sem esquecer a amizade e a confraternização».
aps
A única prova portuguesa pontuável para o Campeonato Europeu de Montanha decorre mais uma vez na Serra da Estrela entre os dias 8 e 10 de Maio. A Rampa Internacional de Portugal – Serra da Estrela é a segunda prova do Campeonato Europeu antecedendo a competição de Oviedo (Espanha).
Tal como em anos anteriores, a edição de 2009 da Rampa Internacional de Portugal – Serra da Estrela vai contar com alguns dos principais candidatos ao título Europeu de Montanha.
O espectáculo da velocidade está assegurado e conta mais uma vez com apoio do canal televisivo internacional Eurosport.
Desde 1999 que a Rampa Internacional da Serra da Estrela tem conquistado o prestígio de ser a única prova pontuável para o Campeonato Europeu de Montanha a decorrer em Portugal.
A competição tem conquistado um público internacional que segue o Campeonato Europeu de Montanha e que valoriza as características da prova portuguesa.
Nos últimos três anos o número de turistas entusiastas da modalidade cresceu de forma acentuada na região de acordo com os números confirmados pela taxa de ocupação hoteleira.
Espanha continua a ser o principal país emissor de turistas/adeptos representando já cerca de 60 por cento do público da Rampa Internacional da Serra da Estrela.
aps
Cristiano Ronaldo, internacional português ao serviço do Manchester United, foi o escolhido pela FIFA como «Melhor Jogador do Mundo’2008». O anúncio foi feito na «Gala da FIFA» que decorreu na Ópera de Zurique, na Suíça.
jcl