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Etiqueta: pedro miguel fernandes

11 Agosto 2011

Regresso aos anos 1980

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

O burburinho em torno de «Super 8», o mais recente filme de J.J. Abrams, criador da série «Perdidos», é um pouco exagerado. Nem é um dos melhores filmes do ano, nem um dos piores.

Pedro Miguel Fernandes - Série B - Capeia ArraianaAs expectativas criadas em torno do filme foram tantas, que quase se pode dizer que a montanha pariu um rato. Isto não quer dizer contudo que «Super 8» não seja um bom filme quando comparado com a maioria dos blockbusters vindos dos EUA e com as estreias que já ocorreram e estão para chegar no resto do Verão.
O filme é uma homenagem a um certo tipo de cinema que se fazia nos anos 1980 (será este mais um sinal da febre que nos faz regressar aquela década?), centrado num grupo de miúdos que tem de se entreter durante as férias de Verão, até que um evento qualquer acaba por tornar umas pacatas férias em algo que lhes ficará para sempre na memória. Neste caso os miúdos de «Super 8» pertencem a um grupo de amigos que quer fazer um filme de zombies com uma câmara daquele formato. E as rodagens correm bem até que um acidente de comboio militar liberta algo que vai aterrorizar a pequena comunidade onde tudo se passa.
Super 8Claramente inspirado no cinema de Steven Spielberg do início dos anos 1980, nomeadamente «ET» e «Encontros Imediatos de Terceiro Grau», «Super 8» tem uma boa história e com um elenco, sobretudo os miúdos, que conseguiu boas interpretações. Mas se J.J. Abrams consegue manter o suspense durante boa parte do filme, e até consegue provocar bons sustos em algumas das cenas, o desenlace acaba por saber a pouco, pois não é de todo imprevisível. Apesar de uma boa caracterização da época (os pormenores da música, roupa e mesmo alguns clichés dos filmes daquela altura passados em pequenas cidadezinhas estão lá), o filme não consegue ir mais além do que isso e nota-se que podia ir bem mais longe. Até as personagens secundárias precisavam de ser um pouco mais aprofundadas.
«Super 8» entende-se como uma boa homenagem aos heróis de J.J. Abrams e é bom para ver como filme de Verão. Mas não é muito mais do que isso.
«Série B», opinião de Pedro Miguel Fernandes

pedrompfernandes@sapo.pt

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Cinema, Cultura, Série B pedro miguel fernandes Deixar Comentário
04 Agosto 2011

Tempos modernos ou tempos actuais?

Por Pedro Miguel Fernandes
Pedro Miguel Fernandes

Apesar de ter sido realizado em 1936, «Tempos Modernos», de Charles Chaplin, continua a ser tão actual como na época em que foi feito.

«Tempos modernos» de Charlie Chaplin
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26 Maio 2011

Do lixo se faz arte

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

«Lixo Extraordinário» é um fantástico documentário sobre um projecto do artista plástico brasileiro Vik Muniz, que conseguiu criar obras de arte com a ajuda de catadores de lixo de uma das maiores lixeiras do Rio de Janeiro.

Pedro Miguel Fernandes - Série B - Capeia ArraianaRealizado por Lucy Walter, João Jardim e Karen Harley «Lixo Extraordinário» foi um dos nomeados ao galardão de Melhor Documentário na última edição dos Óscares e é um daqueles documentários que nos leva para dentro de uma realidade que não conhecemos. Partindo de um projecto de Vik Muniz, que pretendeu criar fotografias artísticas com lixo retirado do Jardim do Gramacho, um dos maiores aterros sanitários do mundo, situado no Rio de Janeiro, o documentário vai muito para além de mostrar a arte. Conta as histórias das pessoas que vivem literalmente no meio do lixo, ganhando entre 40 e 50 reais por dia (entre cerca de 17 e 21 euros), segundo nos conta uma das mulheres que lá trabalham, para vender material para reciclar. As imagens daquela enorme lixeira quase que nos fazem sentir o cheiro. Mas são precisamente as pessoas e a sua grande humanidade e forma de estar na vida que nos tocam mais, com as suas histórias no meio da miséria, onde foram parar por falta de alternativas. Mais do que a o trabalho de Vik Muniz, o pretexto para o filme.Lixo ExtraordinárioDepois de conhecermos alguns dos protagonistas e as suas filosofias («99 não são 100», diz um dos trabalhadores mais velhos, que acabou por ficar de fora dos retratos finais) vamos assistindo à criação dos retratos feitos por Vik Muniz. Primeiro as fotografias tiradas aos protagonistas e depois a sua reconstrução em estúdio, com o material recolhido no Jardim do Gramacho. Apesar de poder ser considerado como um filme de promoção à obra do artista plástico, o que apenas se poderá notar nas cenas em que ele regressa à casa onde viveu, também numa favela, «Lixo Extraordinário» não deixa de ser um belo filme sobre pessoas e a sobrevivência em condições muito difíceis. Não há contos de fadas no Jardim do Gramacho, mas este projecto ajudou algumas daquelas pessoas a recuperarem a sua humanidade.
«Série B», opinião de Pedro Miguel Fernandes

pedrompfernandes@sapo.pt

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05 Maio 2011

Um conto moral sobre o capitalismo

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

No final dos anos 1920, antes da chegada do cinema sonoro, o período mudo deixou-nos grandes obras, com cenários grandiosos, sendo um dos mais conhecidos o fabuloso «Metropolis», de Fritz Lang. Mas apesar de ser mais conhecido, este não foi caso único na altura.

Pedro Miguel Fernandes - Série B - Capeia ArraianaUm outro filme que se pode encaixar no mesmo estilo é «O Dinheiro», de Marcel L’Herbier. Apesar de não ser um filme de ficção científica, como o anterior, é um filme gigante (3 horas e 20 minutos, demasiado para um filme mudo) e utiliza muito bem os cenários e as centenas de figurantes. No caso dos cenários, o grande destaque são as cenas filmadas in loco na Bolsa de Paris, que dão uma sensação de confusão que são estes sítios.
«O Dinheiro», filme baseado numa obra de Emile Zola, é uma crítica ao capitalismo. E quão actual continua a ser nos dias que correm. No centro do argumento está o banqueiro Nicolas Saccard, dono do Banco Universal e um especulador nato, que só vive para fazer dinheiro, sem olhar a meios para atingir os seus fins. No início do filme vemos os seus planos cair por terra, quando um accionista maioritário vota contra um aumento de capital no banco. Mais tarde sabemos que este accionista anónimo era um testa de ferro para um rival de Saccard, Alphonse Gundermann, dono de uma petrolífera que pretende desmascarar Saccard.Dinheiro - ArgentO banqueiro resolve então voltar à carga e decide apoiar um projecto de Jacques Hamelin, para valorizar as acções do Banco Universal. Mas o plano de Saccard quer ir mais longe, pois outro dos objectivos é conquistar a esposa do piloto, Line Hamelin. Esta mais tarde apercebe-se do esquema do banqueiro e acaba por levá-lo a tribunal, acusando-o de fraude.
A história de «O Dinheiro» é um excelente conto moral sobre o poder e a influência do dinheiro. Mas vai muito para além de uma simples história. O filme de Marcel L’Herbier, um dos mais caros da altura, tem excelentes cenas e está muito bem filmado. Para a história ficam as sequências filmadas na própria Bolsa de Paris, como referido atrás. Uma das mais espantosas consiste numa montagem em paralelo onde a partida de Jacques Hamelin acontece ao mesmo tempo em que decorre uma sessão na Bolsa e à medida que o avião levanta voo, também a câmara faz a mesma trajectória, atravessando a sala da mesma forma, dando um efeito fantástico. Uma grande lição de cinema, até para muitos dos cineastas actuais.
«Série B», opinião de Pedro Miguel Fernandes

pedrompfernandes@sapo.pt

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14 Abril 2011

Sidney Lumet (1924-2011)

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages
Pedro Miguel Fernandes - Série B - © Capeia Arraiana

Morreu esta semana Sidney Lumet, realizador norte-americano, autor de filmes como «Doze Homens em Fúria», «Serpico» ou «Um Dia de Cão». Os dois últimos foram papéis memoráveis de Al Pacino.

Sidney Lumet - Capeia Arraiana
Realizador Sidney Lumet
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07 Abril 2011

O passado como espelho do futuro

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

«Fantasia Lusitana» é um excelente retrato de Portugal. E vê-lo nesta altura, em que somos iludidos por todos, sejam os governantes ou os mercados (sejam eles quem forem), foi o mais indicado.

Pedro Miguel Fernandes - Série B - Capeia ArraianaO documentário é de 2010, mas tive oportunidade de o ver este fim-de-semana no âmbito do Festival Panorama, dedicado ao cinema documental feito em Portugal, onde o destaque foi dado a um punhado de filmes realizados no pós-25 de Abril. Pegando sempre em imagens de arquivo, o realizador João Canijo conseguiu em «Fantasia Lusitana» mostrar dois países diferentes: um visto pelos olhos da propaganda da ditadura liderada por Salazar e outro visto pelo olhar de três estrangeiros que passaram por Lisboa durante a época retratada no filme.
O período em causa é o da II Guerra Mundial, conflito em que Portugal se manteve ‘neutro’. Esta neutralidade foi aproveitada até ao expoente máximo pelo regime para mostrar o papel que Salazar teve para nos deixar fora do conflito que estava a destruir a Europa. Quase como o actual primeiro-ministro tentou fazer para nos afastar do FMI, ou da ajuda externa, como gostam de lhe chamar.
Fantasia Lusitana - João CanijoSem narração actual, ou seja, Canijo aproveitou apenas o som dos filmes de época recolhidos, este é quase um país das maravilhas, onde as contas públicas estão em ordem, e que mesmo em tempos difíceis é capaz de organizar uma Exposição do Mundo Português que demonstra que Portugal está acima de qualquer guerra. Mas a cena do lançamento da nau Portugal, que afunda assim que é lançada às águas, já é um prenúncio que nem tudo estava bem.
O outro país é narrado por três refugiados que passaram por cá durante a II Guerra Mundial, quando Lisboa servia de plataforma de entrada e saída para melhores destinos. E a imagem que estes três estrangeiros – Antoine de Saint-Exupéry, o escritor de «O Principezinho», Alfred Döblin, o autor de «Berlin Alexanderplatz», e Erika Mann, filha de Thomas Mann, – aproxima-se mais da dura realidade. Um país pobre, com uma população pouco escolarizada e onde os refugiados se vêem presos e têm de enfrentar duras condições.
Numa altura em que voltamos a sofrer na pele uma crise bastante complicada, «Fantasia Lusitana» quase que pode ser visto como um grito de alerta para o que se está a passar, quando muitos nos tentam convencer que as coisas não estão tão difíceis como parecem e nos iludem com falsas mensagens de que tudo está bem. E poucas vezes um filme centrado num passado mais ou menos longínquo conseguiu ser tão actual.
«Série B», opinião de Pedro Miguel Fernandes

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31 Março 2011

Uma grande confusão

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages
Pedro Miguel Fernandes - Série B - © Capeia Arraiana

Há cineastas que conseguem criar universos facilmente reconhecíveis. Seja porque têm características que nos permitem topar à légua o que lá vem, seja pelo recurso aos mesmos actores ou até à forma como filmam um determinado género cinematográfico.

Jean-Pierre Jeunet - Pedro Miguel Fernandes - Capeia Arraiana
Realizador Jean-Pierre Jeunet
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24 Março 2011

Elizabeth Taylor (1932-2011)

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages
Pedro Miguel Fernandes - Série B - © Capeia Arraiana

Morreu Elizabeth Taylor, uma das maiores divas de Hollywood, conhecida tanto pelo seu talento e beleza como pela polémica vida que levou ao longo de 79 anos. Ler Mais

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17 Março 2011

Indiana Jones de saias

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

Uma bela surpresa «As Múmias do Faraó: As Aventuras de Adèle Blanc-Sec», o primeiro de uma trilogia baseada numa heroína de BD.

Pedro Miguel Fernandes - Série B - Capeia ArraianaRealizado por Luc Besson o filme baseia-se numa banda desenhada franco-belga protagonizada por Adèle Blanc-Sec, uma jornalista do princípio do século XX que bem podia passar por uma Indiana Jones de saias. Nesta aventura a heroína tenta salvar a irmã, que sofreu um insólito acidente durante uma partida de ténis, recorrendo aos poderes de um cientista que consegue ressuscitar os mortos.
E esta missão leva-a ao Antigo Egipto onde vai buscar uma múmia que a poderá ajudar a salvar a irmã. O problema é que enquanto Adèle se ausentou o cientista Marie-Joseph Esperandieu treinou os seus poderes com um pterodáctilo, que por sua vez começou a semear o terror pelas ruas de Paris.
Múmias do FaraóNão sendo um daqueles filmes extraordinários, «As Múmias do Faraó: As Aventuras de Adèle Blanc-Sec» é um filme de aventuras bem simpático, que se vê de uma assentada e sem nos deixar desiludidos. Os efeitos especiais estão muito bons, pois foram utilizados meios digitais e na animação do pterodáctilo parece que foi utilizado mesmo um boneco, o que nos faz lembrar certas técnicas utilizadas nos anos 1980.
«As Múmias do Faraó: As Aventuras de Adèle Blanc-Sec» acaba por ser puro entretenimento, tal como os filmes de Indiana Jones o eram quando recuperaram os filmes de aventuras mais clássicos. E os pontos de contacto entre Adèle e o personagem criado por George Lucas e Steven Spielberg são vários. Desde a procura por relíquias antigas, neste caso a múmia, às bocas que a heroína vai mandando ao longo do filme, passando pelo vilão Dieuleveut, protagonizado por um irreconhecível Mathieu Amalric. Depois desta aventura, resta esperar pela continuação.
«Série B», opinião de Pedro Miguel Fernandes

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03 Março 2011

Destroços de amor

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

«Blue Valentine» é a segunda longa-metragem de Derek Cianfrance, que apesar de se ter estreado na cadeira de realizador em 1998, esteve até ao ano passado ligado a curtas e documentários.

Pedro Miguel Fernandes - Série B - Capeia ArraianaEsta é a história de um casal na casa dos 30 anos à beira da ruptura, com uma filha pequena para criar. Protagonizado por Ryan Gosling e Michelle Williams, ambos estão muito bem e não se percebe como é que apenas ela foi nomeada aos Óscares, o filme retrata o fim da relação e, recorrendo a flashbacks, a forma como o casal se conheceu e como nasceu o amor entre os dois.
O filme é uma bela história de amor com duas personagens bastante fortes, cada uma com as suas características bastante vincadas, que chegaram a um ponto das suas vidas em que não sabem como ultrapassar as dificuldades de uma relação.
Blue ValentineEle ainda tenta salvar o casamento, mas ela parece não estar para aí virada. Como referi atrás a interpretação dos dois está muito boa, pois parece que conseguiram transmitir uma boa química para o ecrã, como se aquilo que vemos fosse mesmo um casal a sério.
Mas «Blue Valentine» acaba por não conseguir descolar de um filme banal, sobretudo na maioria das cenas do passado, tirando uma ou outra cena. E é precisamente aqui que está uma das falhas do filme. Apesar de Ryan Gosling estar bem caracterizado quando representa a personagem mais nova, Michelle Williams continua praticamente igual, independentemente de ser nova ou mais velha. Parece que só se lembraram de rejuvenescer o actor. Ponto positivo para a banda sonora, assinada pela banda norte-americana Grizzly Bear.
«Série B», opinião de Pedro Miguel Fernandes

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24 Fevereiro 2011

Revolução estudantil no Japão

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages
Pedro Miguel Fernandes - Série B - © Capeia Arraiana

Para comemorar o lançamento de uma caixa de DVD dedicada à obra de Koji Wakamatsu, um veterano realizador japonês inédito comercialmente em Portugal, a distribuidora Medeia estreou em sala os seus dois últimos filmes. Ler Mais

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Cinema, Série B estudantil, japão, pedro miguel fernandes, revolta, revolução Deixar Comentário
17 Fevereiro 2011

De regresso aos ringues

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

Se há desporto que está bem representado no cinema norte-americano é o boxe. São inúmeros os filmes que abordam o boxe e o que se passa em torno dos ringues.

Pedro Miguel Fernandes - Série B - Capeia ArraianaVolta e meia lá surge mais um e desta vez o culpado foi David O. Russell, que realizou «O Último Round», a história verídica de Micky Ward (Mark Wahlberg), um boxer proveniente da cidade operária de Lowell que tenta uma segunda oportunidade quando já ultrapassou os 30 anos. Mas se o filme se centra na história de Micky, é no que está a sua volta que se passa o melhor de «O Último Round», tal como acontece em muitos filmes de boxe.
A começar pela história do seu irmão Dicky Ecklund (Christian Bale), que tinha sido uma promessa do desporto e cujo ponto alto foi uma vitória contra a lenda Sugar Ray Leonard. Só que depois acabou por se tornar viciado em crack e é neste estado que o encontramos, com a HBO a fazer um documentário sobre os efeitos daquela droga. Ao mesmo tempo, e apesar deste estado pouco recomendável, Dicky é o treinador do irmão até que acaba por ser preso. Christian Bale tem aqui uma excelente interpretação, vindo provar que é um dos melhores actores da actualidade, que tanto consegue desempenhar um super-herói (Batman) como um criminoso viciado em crack, completamente lunático. Já para não falar de outros papéis de relevo que tem vindo a protagonizar.
O Último RoundÉ sobretudo no campo da interpretação e nos dilemas de Micky, que a certa altura tem de escolher entre a família, que sempre o ajudou, e um novo manager e um novo treinador, que «O Último Round» marca pontos. Aliás, as cenas de luta até nem são muitas quando comparadas com outros filmes do género. E talvez só o último combate do filme seja o que tem mais destaque. Mas se Christian Bale está muito bem, o mesmo não se pode dizer de Mark Wahlberg, que por vezes parece não estar à vontade no papel. Já nos secundários, quem está muito bem é Melissa Leo, que interpreta a mãe e gestora da carreira dos dois irmãos. Também neste caso pareceu-me que Amy Adams, que faz de namorada de Micky está um pouco deslocada. Por isso é de estranhar a sua nomeação aos Óscares.
«Série B», opinião de Pedro Miguel Fernandes

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10 Fevereiro 2011

Bailado sombrio

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

O mundo do ballet nunca foi tão perturbador como no mais recente filme de Darren Aronofsky.

Pedro Miguel Fernandes - Série B - Capeia ArraianaProtagonizado por Natalie Portman, «Cisne Negro» é a história de uma bailarina que conquista o papel principal no célebre «Lago dos Cisnes»: a Rainha dos Cisnes. O filme começa praticamente quando Nina é escolhida para o papel e vai até à sublime actuação final.
Pelo meio vamos acompanhando a jovem bailarina, que vai sucumbindo aos poucos à pressão. A pressão da mãe controladora, do encenador que recorre ao imaginário sexual para a ajudar a libertar-se, da antiga bailarina estrela da companhia (uma Winona Ryder como há muito não se via) que se vê ultrapassada pela idade e de uma estranha colega que chega de fora para se tornar a grande rival de Nina.
Cisne NegroÉ sobretudo a relação entre as duas colegas que torna «Cisne Negro» tão perturbador, pois nunca chegamos a perceber se tudo o que se vai passando está mesmo a acontecer ou é fruto da imaginação de Nina.
Darren Aronofsky consegue filmar muito bem as cenas dos bailados e a diferença entre as duas protagonistas: uma sempre de branco (a angélica Nina) e outra sempre vestida de negro (a diabólica Lily). Mas o filme é todo de Natalie Portman, que consegue uma das suas interpretações mais assombrosas de sempre. A personagem de Nina, com as suas alucinações e as pressões de tudo o que a rodeia, vê-se à prova por diversas vezes o que acaba naquele final, muito semelhante ao que o realizador nos tem habituado.
Não há heróis nos filmes de Aronofski e Natalie Portman é bem capaz de estar a caminho de vencer a sua primeira estatueta dourada, apesar da concorrência de peso.
«Série B», opinião de Pedro Miguel Fernandes

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Cinema, Série B cisne negro, natalie portman, pedro miguel fernandes Deixar Comentário
03 Fevereiro 2011

Eastwood no Além

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

Clint Eastwood é um dos realizadores veteranos que se tem provado bastante prolífero nos últimos anos e quase sempre com bons resultados. É esse o caso de «Hereafter – Outra Vida», o seu mais recente filme.

Pedro Miguel Fernandes - Série B - Capeia ArraianaCom argumento de Peter Morgan (o mesmo de «A Rainha» e «Frost/Nixon») o filme mais parece uma obra do mexicano Alejandro González Iñárritu, cineasta que por estes dias também chegou às salas portuguesas, devido à sua estrutura com três histórias paralelas que se cruzam no final. E elas são as histórias de Marie LeLay (Cécile De France), uma jornalista francesa que tem uma experiência de pós-morte durante o tsunami de 2004 que afectou o Sudeste asiático, George Lonegan (Matt Damon), um ex-vidente norte-americano que consegue entrar em contacto com os mortos tocando nas mãos das pessoas, e Marcus (George McLaren), um miúdo britânico que perde o seu irmão gémeo num acidente.
Hereafter – Outra VidaTodos se questionam sobre a vida para além da morte, cada um à sua maneira e cada um com as suas dúvidas específicas.
Aparentemente «Hereafter – Outra Vida» poderia ser mais um daqueles filmes sobre filosofias transcendentais, com ideias muito rebuscadas sobre as grandes questões do universo, mas Clint Eastwood consegue fazer uma vez mais um grande filme. Há qualquer coisa nos seus filmes, que por mais simples que pareçam, faz com que nos agarrem. E nem precisa de ter grandes nomes no elenco, como é este caso.
Está muito bem filmado, aquela banda sonora com o piano e guitarra (que também é assinada pelo realizador) está sempre no ponto certo.
Uma vez mais Clint Eastwood prova porque razão continua a ser considerado o último dos realizadores clássicos de Hollywood.
«Série B», opinião de Pedro Miguel Fernandes

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Série B clint eastwood, hereafter, matt damon, outra vida, pedro miguel fernandes Deixar Comentário
27 Janeiro 2011

Quem se mete por atalhos…

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

Já me tinham alertado para a dureza deste filme, mas quem tem visto alguns filmes do cinema russo recente não ficará surpreendido. A verdade é que algumas obras desta cinematografia são duras de engolir.

Pedro Miguel Fernandes - Série B - Capeia ArraianaE «A Minha Alegria», apesar do título, não é excepção. Algo que é expresso logo a abrir, numa sequência aparentemente sem ligação ao resto do filme, em que alguém é enterrado em cimento.
A estreia na ficção de Sergei Loznitsa, realizador com obra feita na área do documentário, mostra o percurso de Georgy, um camionista que transporta uma mercadoria e por um acaso do destino (fica preso numa enorme fila de trânsito e lembra-se de dar boleia a uma prostituta menor) acaba por tomar um atalho por uma estrada secundária. Mal sabia que iria para uma viagem sem retorno.
A Minha AlegriaSe a princípio parece que estamos numa viagem apenas estranha, com tons surreais como a cena da bomba de gasolina em que respondem ao camionista por cartazes, quando Georgy chega à vila onde vive a rapariga as coisas mudam. A jovem não aceita a ajuda e o camionista começa a ser olhado de lado. Depois de abandonar esta localidade, Georgy acaba por se perder e um novo encontro, desta vez com um bando de ladrões, acaba por ser determinante para o resto do filme. O mal que é feito à personagem, que às tantas é aconselhada a não interferir (conselho que vem tarde, pois nessa altura já nada podia fazer), leva-a a um final brutalíssimo que nos deixa sem pinga de sangue.
Apesar de ser um filme de ficção, nota-se que Sergei Loznitsa levou alguma da sua experiência de documentarista para «A Minha Alegria». Nota-se muito na tal cena da vila, na forma como são filmados os figurantes e nota-se na forma como são contados alguns dos episódios secundários, sobretudo o primeiro, que se dá quando um estranho homem aparece no camião de Georgy. Mesmo assim não deixa de ser para já um dos melhores filmes estreados este ano.
«Série B», opinião de Pedro Miguel Fernandes

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20 Janeiro 2011

Terror clássico

Por Pedro Miguel Fernandes
Pedro Miguel Fernandes

Tod Browning sempre teve um certo gosto pelo bizarro e um dos seus filmes mais conhecidos é sem dúvida «Freaks», obra que relata a vingança de um grupo de criaturas de circo contra um casal de colegas perfeitos.

Tod Browning
Tod Browning
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Cinema, Série B boneca do diabo, pedro miguel fernandes, tod browning Deixar Comentário
13 Janeiro 2011

Mau arranque para o Cinema em 2011

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

O ano cinematográfico de 2011 começou mal. Duas mortes marcam os primeiros dias do ano: o actor Pete Postlethwaite e o realizador Peter Yates, ambos nascidos no Reino Unido.

Pedro Miguel Fernandes - Série B - Capeia ArraianaO primeiro a partir foi Pete Postlethwaite, actor nomeado para o Óscar de Melhor Actor Secundário em 1993 pelo seu papel no filme «Em Nome do Pai», de Jim Sheridan, logo na primeira semana de 2011. Tal como grande parte dos actores britânicos, Pete Postlethwaite veio do Teatro, onde chegou a fazer parte da Royal Shakespeare Company durante os anos 1980. A sua estreia na Sétima Arte dá-se em 1977 no filme «O Duelo», de Riddley Scott, mas apenas 11 anos mais tarde, em 1988 que vê reconhecido o seu talento, ao participar em «Vozes Distantes, Vidas Suspensas», de Terence Davies.
Foi nesse ano que deu o salto para Hollywood e começa a acumular papéis em filmes de realizadores bastante diversos, como «Hamlet», de Franco Zeffirelli, «Alien 3», de David Fincher, «O Último dos Moicanos», de Michael Mann, «Os Suspeitos do Costume», de Bryan Singer, «Romeu + Julieta», de Baz Luhrmann, ou «O Mundo Perdido: Jurassic Park» e «Amistad», de Steven Spielberg.
Pete PostlethwaiteAs suas últimas aparições de relevo foram ainda em 2010 nos filmes «A Cidade», de Ben Affleck, e «A Origem», de Christopher Nolan. Para 2011 está prevista a estreia de «Killing Bono», uma comédia de Nick Hamm que será a sua interpretação. Faleceu aos 64 anos, vítima de cancro.
Já esta semana partiu Peter Yates. Vítima de doença prolongada o cineasta morreu em Londres aos 81 anos deixando como legado pelo menos um grande filme que fica na memória dos cinéfilos: «Bullitt», o policial protagonizado por Steve McQueen que tem uma das melhores cenas, se não mesmo a melhor, de perseguição automóvel da História do Cinema. Além de «Bullitt», realizado em 1968 e que foi apenas a sua quarta obra, recebeu quatro nomeações para os Óscares, ambas para Melhor Filme e Melhor Realizador: em 1980 com «Os Quatro da Vida Airada» e em 1984 com «O Companheiro».
Peter YatesA carreira de Peter Yates começou no final dos anos 1950, princípio dos anos 1960, quando foi realizador assistente em vários filmes, entre os quais «Os Canhões de Navarone», de J. Lee Thompson. A sua estreia na realização dá-se em 1963 com «Mocidade em Férias», musical interpretado por Cliff Richard. Até se tornar realizador de cinema a tempo inteiro, em 1967, Peter Yates realiza ainda episódios das séries de televisão «Danger Man» e «O Santo».
Em 1968 dá o segue para os EUA para filmar o já referido «Bullitt». A partir daí dirige nomes como Mia Farrow e Dustin Hoffman, Peter O’Toole, Robert Mitchum, Raquel Welch e Jacqueline Bisset, entre outros. Teve uma carreira de 28 títulos nas várias décadas, até 1999 quando filma «Curtain Call». Na primeira década deste século realiza apenas dois telefilmes: «Don Quixote» e «A Separate Peace».
Duas mortes que deixam o cinema mais pobre.
«Série B», opinião de Pedro Miguel Fernandes

pedrompfernandes@sapo.pt

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Cinema, Série B 2011, Cinema, pedro miguel fernandes, pete postlethwaite, peter yates, reino unido Deixar Comentário
30 Dezembro 2010

Colheita cinematográfica de 2010

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

Pedro Miguel Fernandes - Série B - Capeia ArraianaNo final do ano é tempo de fazer um balanço dos últimos meses. Estes foram, para mim, os 20 melhores filmes estreados em sala durante 2010. A única excepção é «Um Profeta», filme que estreou no último dia de 2009.

1 – Líbano, de Samuel Maoz
2 – Cópia Certificada, de Abbas Kiarostami
3 – O Escritor Fantasma, de Roman Polanski
4 – Um Lugar Para Viver, de Sam Mendes
5 – Mistérios de Lisboa, de Raúl Ruiz
6 – Tudo Pode Dar Certo, de Woody Allen
7 – Parnassus – O Homem Que Queria Enganar o Diabo, de Terry Gilliam
8 – O Laço Branco, de Michael Haneke
9 – Lola, de Brillante Mendoza
10 – Um Profeta, de Jacques Audiard
11 – Louise-Michel, de Gustave de Kervern e Benoît Delépine
12 – Nas Nuvens, de Jason Reitman
13 – A Rede Social, de David Fincher
14 – Inside Job – A Verdade da Crise, de Charles Ferguson
15 – Scott Pilgrim Contra o Mundo, de Edgar Wright
16 – O Mágico, de Sylvain Chomet
17 – Mother – Uma Força Única, de Joon-ho Bong
18 – Tony Manero, de Pablo Larraín
19 – Wendy & Lucy, de Kelly Reichardt
20 – O Segredo dos Seus Olhos, de Juan José Campanella

Aproveito também para desejar a todos os leitores do Capeia Arraiana um Feliz Ano Novo.
«Série B», opinião de Pedro Miguel Fernandes

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23 Dezembro 2010

Problemas da corrida espacial

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

A partir do final da década de 1950, no auge da Guerra Fria, as duas super-potências da altura, EUA e URSS, começaram a competir pela conquista do espaço.

Pedro Miguel Fernandes - Série B - Capeia ArraianaA União Soviética conseguiu colocar o primeiro homem em órbita (Yuri Gagarin) no ano de 1961 e os norte-americanos foram os primeiros a andar na lua, com a missão Apollo 11. A partir daí a exploração do Espaço continuou, mas já não havia uma corrida por objectivos propriamente dita.
Foi neste contexto que surge a missão Apollo 13, em 1970. Aquela que seria a terceira missão a levar astronautas dos EUA a pisar solo lunar, mas que devido a problemas técnicos acabou por resultar numa missão arriscada que terminou com a tripulação salva depois de vários dias atribulados. O episódio histórico foi filmado por Ron Howard em 1995, com base num livro da autoria de Jeffrey Kluger e Jim Lovell, sendo este um dos três astronautas envolvidos na missão.
Com um bom elenco, composto por nomes como Tom Hanks, Ed Harris, Bill Paxton, Kevin Bacon ou Gary Sinise, «Apollo 13» foi mesmo nomeado para vários Óscares, incluindo Melhor Filme. Mas este é daqueles casos em que tantas nomeações não se justificam. Apesar dos meios envolvidos, e da própria reconstrução histórica dos
acontecimentos estar bem feita, a missão lunar apresentada por Ron Howard é um pouco insossa. Tem demasiados pormenores técnicos que nos deixam um pouco
atarantados a meio do filme. O excesso de nomeações talvez se deva ao facto de ser uma história ao agrado do mainstream e pelo regresso de Tom Hanks a uma personagem ligada à História dos EUA. Recorde-se que um ano antes tinha sido o ano de «Forrest Gump».
Apollo 13E se Tom Hanks é um bom actor, em filmes que requerem uma boa dose de ansiedade, como é o caso deste, quase que poderíamos dizer que não foi talhado para estes papéis.
Talvez por isso tenham falhado as cenas de suspense, que não nos conseguem agarrar e ficar na expectativa do que vai acontecer a seguir. Isso só se nota no final, quando os astronautas estão a chegar à Terra e vamos vendo as reacções de todos os secundários, incluindo um filho de Jim Lovell que nunca tinha aparecido em todo o filme, enquanto aguardamos resposta do módulo lunar.
O resultado final deste épico espacial acaba por ser um típico filme de Howard.
«Série B», opinião de Pedro Miguel Fernandes

pedrompfernandes@sapo.pt

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Série B Apollo 13, ed harris, pedro miguel fernandes, tom hanks Deixar Comentário
16 Dezembro 2010

Sonho americano em formato musical

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

«West Side Story» é ainda hoje um dos musicais com mais Óscares no currículo. Nada mais, nada menos do que 10.

Pedro Miguel Fernandes - Série B - Capeia ArraianaAdaptado pela dupla Robert Wise e Jerome Robbins a partir de um musical homónimo da Broadway, esta é a história de amor entre dois jovens pertencentes a meios diferentes, neste caso ligados a dois gangues rivais de Nova Iorque. De um lado temos os Sharks, oriundos da comunidade porto-riquenha, do outro os Jets, filhos dos imigrantes europeus que vêem os EUA como o seu território.
É no meio deste barril de pólvora que nasce o amor entre Tony (Richard Beymer) e Maria (Natalie Wood). O primeiro é o melhor amigo de Riff (Russ Tamblyn), o líder dos Jets, e a segunda a irmã de Bernardo, o líder dos Sharks (George Chakiris). Mas West Side Story vai muito para além de uma simples história de amor, tão ao gosto dos amantes de um bom romance. Mostra-nos também, através dos dois grupos rivais, a história dos conflitos que sempre fizeram parte de Nova Iorque. Mais tarde Martin Scorcese filmou esta realidade, mas num período histórico muito anterior, em «Gangues de Nova Iorque». Não é à toa que num dos conflitos entre os dois grupos, Bernardo chama nativos aos Jets, expressão que define um dos grupos no filme de Scorcese citado.
West Side StoryAs sequências musicais são bastante boas, muitas ainda hoje são conhecidas e fazem parte de qualquer boa antologia do género, e algumas conseguem mesmo aprofundar os temas que à partida dificilmente pensaríamos encontrar num musical, género conotado com o amor e romance. A tal rivalidade é apenas uma delas. Mas por exemplo numa das cenas mais famosas, com a música «America», encontramos um excelente retrato do sonho americano visto pelos olhos de quem o procura: as mulheres vêem os EUA como a terra das oportunidades, enquanto que os homens a vêem como uma terra de oportunidades. Mas no fundo ninguém quer deixar o país.
Apesar de ter já quase 50 anos, «West Side Story» é um filme que nos apresenta uma Nova Iorque que ainda permanece no ideal de quem sonha com a cidade que nunca dorme. É um bocado datado, é certo, mas aquela a Manhattan onde decorre a acção ainda hoje é possível encontrar em muitos filmes passados em Nova Iorque. E curiosamente, apesar do sucesso que teve na altura da estreia, é um filme que tem um final triste (ou menos feliz), o que acaba por ser de certa forma surpreendente se pensarmos que muitos realizadores são obrigados a filmar um final feliz para agradar às plateias.
«Série B», opinião de Pedro Miguel Fernandes

pedrompfernandes@sapo.pt

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