As obras de melhoramentos dos acessos geraram polémicas desnecessárias. A romaria pode ter sido uma iniciativa bem-vinda.
Ler MaisO património gastronómico de uma região constitui um potencial económico que importa aproveitar. No caso do concelho do Sabugal, o nosso povo soube sempre colher os prazeres da boa culinária, ainda que houvesse tempos muita míngua. Vamos falar dessa nossa abonada e diversificada gastronomia e das formas como dela podermos tirar o melhor partido.
Ler MaisEm outros tempos, na minha Aldeia, Bismula, na minha infância, quando a noite caía, as ruas quase se esvaziavam, e só os jovens adultos eram autorizados a percorrer a escuridão, enquanto lá longe, na cidade da Guarda, um clarão de luzinhas acendia e depois apagava-se.
Ler MaisHoje, esta crónica usa e abusa da paciência do leitor. Por um lado, fala do Casteleiro. Por outro fala de toda a região. Por um lado tem poucas palavras. Por outro tem muitas imagens inseridas em links. Peço a sua calma e não decida nada antes de ler tudo e de ver as imagens todas. Vamos a isso?
Ler MaisJá aqui falámos de outras vezes na importância de recuperar e preservar o património do concelho do Sabugal e do papel crucial que a Câmara Municipal pode ter nesse processo. Desta feita abordaremos a premente necessidade de valorizar os moinhos tradicionais que se encontram junto aos cursos de água em estado de perfeita ruína.
«Capeia Arraiana é património cultural e material de interesse municipal e quer ser património imaterial da humanidade». Reportagem da jornalista Paula Pinto da redacção da LocalVisãoTv (Guarda).
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Autoria: LocalVisãoTV posted with Galeria de Vídeos Capeia Arraiana
jcl
A Câmara Municipal do Sabugal está a preparar a candidatura de elevação da capeia arraiana, tourada que inclui a lide dos touros com recurso ao «forcão», a património imaterial da humanidade.
«A candidatura da capeia arraiana está em fase de preparação por parte da Câmara, através da Empresa Municipal Sabugal Mais», explicou à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal do Sabugal, António Robalo.
O processo «está em andamento há cerca de um ano e meio e a Empresa Municipal tem feito recolhas de vídeos, de textos, de testemunhos orais, fotográficos e escritos alusivos à capeia arraiana», acrecentou.
«A Empresa Municipal está a fazer o trabalho de recolha de informação e neste momento está a compilar informação para o processo» que será apresentado ao Instituto dos Museus e da Conservação que, aceitando a candidatura, «dará conhecimento à UNESCO», disse o autarca.
António Robalo adiantou que o processo deverá ficar concluído «o mais rapidamente possível», admitindo a possibilidade de ficar pronto ainda este ano.
O autarca justifica a candidatura pela importância cultural que aquela tradição tauromáquica tem para o seu concelho.
«É uma tradição que vem de tempos imemoriais e faz com que, apesar da emigração e do abandono dos campos, o território concelhio se encha de gente no mês de Agosto, que vem puxada por essa tradição», assinalou.
Disse tratar-se de um costume que «anima o concelho raiano nos meses de verão e faz com que as pessoas continuem ligadas à terra onde nasceram».
As touradas tradicionais da zona do Sabugal, conhecidas por capeias arraianas, têm a particularidade de incluir a lide dos touros com recurso ao «forcão» e atraem milhares de pessoas até à região fronteiriça.
As touradas têm como atractivo principal o «forcão», uma estrutura de madeira feita à base de carvalho, em forma de triângulo, no interior da qual se colocam cerca de trinta homens e rapazes que enfrentam o touro em praças improvisadas nos largos das localidades.
O «forcão» tem por objectivo «cansar» o touro para que, posteriormente, os homens mais corajosos o possam agarrar.
Entretanto, há um conjunto de eventos programados para o mês de Agosto em várias aldeias do concelho, nomeadamente em Foios, Aldeia do Bispo, Aldeia da Ponte, Lageosa da Raia, Forcalhos, Aldeia Velha, Alfaiates, Rebolosa, Soito e Ozendo.
A tradição anual culminará a 21 de Agosto com o concurso «ao forcão rapazes», a realizar na vila do Soito, onde equipas das várias aldeias procurarão conseguir a melhor lide.
jcl com agência Lusa
O meu caro amigo e conterrâneo Kim Tomé vem defendendo de forma veemente a classificação da Capeia Arraiana enquanto Património Cultural Imaterial, posição com a qual estou de acordo e que agora pode e deve avançar.
Na verdade foi publicado no Diário da República, de 15 de Junho, o Decreto-Lei n.º 139/2009 que estabelece o regime jurídico de salvaguarda do património cultural, de harmonia com a Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, adoptada na 32.ª Conferência Geral da UNESCO, em Paris em 17 de Outubro de 2003.
Lendo o conteúdo deste decreto, percebe-se de imediato que a Capeia Arraiana pode vir a ser integrada no conceito de Património Cultural Imaterial, pois de acordo com o Artigo 1.º são consideradas como candidatáveis, entre outras, as práticas sociais, rituais e eventos festivos, classificação que, claramente, engloba a Capeia.
O processo de inventariação é naturalmente complexo e muito exigente, podendo ser apresentado pelo estado, pelas Autarquias Locais ou por qualquer comunidade, grupo ou indivíduo ou organização não governamental de interessados.
Está assim aberta a janela legal que permitirá classificar a Capeia Arraiana como Património Cultural Imaterial, com as vantagens em termos de preservação e sobrevivência desta forma de cultura popular das nossas terras, mas igualmente como um contributo importante para o desenvolvimento do Concelho do Sabugal.
Ao Kim Tomé a aos meus conterrâneos arraianos só posso dizer que podem contar comigo para integrar qualquer Grupo que queiram constituir para a preparação da Candidatura, colocando desde já ao vosso dispor, naturalmente de forma gratuita, a minha experiência profissional nestas áreas.
«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
rmlmatos@gmail.com
O concelho de Trancoso assinala em 28 de Setembro as «Jornadas Europeias do Património» este ano sob o lema «no Património…Acontece».
As jornadas, patrocinadas pelo Instituto de Gestão do Património Arquiotectécnico e Arqueológico (IGESPAR), enquanto coordenador nacional das Jornadas Europeias do Património, visam reforçar o vínculo entre o Património Cultural e a Sociedade, através do envolvimento activo das pessoas e das comunidades com lugares que propiciem o dinamismo e interacção social.
As actividades em Trancoso centram-se no Auditório do Cinema Jacinto Ramos, a partir das 15 horas, com as palestras «O contributo da Arqueologia parta o conhecimento da História de Trancoso» por Maria do Céu Crespo e João Lobão, e «Caminhada Iniciática de Trancoso para a Nova Era e Saberes Ocultos do Património de Trancoso», por Leonor Frias, seguidas de debate.
Trancoso orgulha-se por ser sede de um concelho rico em património que centrado na cidade é variado, com vários matizes históricos provenientes de épocas recuadas assoadas ao presente de futuro e progresso.
Para além das muralhas e do centro histórico de Trancoso, o Património Monumental espalha-se um pouco por toda a parte, desde Moreira de Rei a Povoa do Concelho, desde Guilheiro e Valdujo, de Vila Franca das Naves ao Campo da batalha de Trancoso (1385), desde a antiga Judiaria e do Castelo a Freches ou Cogula, de Ribeira do Freixo a Sebadelhe, de Fiães à mítica capela de São Marcos, desde as calçadas que sulcam os campos à Capela de Santa Luzia ou à beleza da Igreja da Senhora da Fresta, dos cruciformes judaicos a Torre do Terrenho com seu Solar dos Brasis, dos abrigos de pastor do Feital à singela de Torres e Carnicães ou Vilares, desde o Boeirinho das muralhas trancosanas aos templos, cruzeiros e capelas de Moimentinha ou de Granja, Terrenho e Souto Maior, da frescura do Parque Municipal aos valores de Palhais, Castanheira , Aldeia Nova, Souto Maior e Valdujo, do Pelourinho medieval, passando pelas Igrejas de Santa Maria, de São Pedro, da Misericórdia à frescura de Reboleiro, Granja e Rio de Mel, do moderno Centro Cultural e Cinema Jacinto Ramos ao Património de Vila Garcia, Vale do Seixo e do alto da Broca com seus vestígios de ancestrais povoados pré-históricos, de Cótimos e Tamanhos.
Trancoso é um percurso de História e Memória, de Estórias e episódios de vida, de labor e luta, de tenacidade e de manifestações etnográficas, culturais e lúdicas que, no seu todo, fazem da Terra de Bandarra, de João Lucena, Isaac Cardoso, Eduarda Lapa, do Magriço ou do mítico Padre Costa, uma terra de Património e Progresso rumo ao futuro. Porque o futuro também será e é Património.
aps
Sortelha acolheu a cerimónia de escritura pública de constituição da Associação de Casas Históricas de Riba Côa, que tem por objectivo a defesa e a divulgação do património histórico da região.
A escritura foi celebrada na casa da Viscondessa de São Sebastião, Luísa Charters, pelas 11 horas, do passado dia 5 de Outubro.
Trata-se de uma associação constituída por proprietários de casas antigas, ou solares, que pretendem ver esse património defendido e valorizado, dada a sua importância histórica no contexto regional. As casas que integram a Associação de Casas Históricas de Riba Côa localizam-se na região. Mais em concreto, fundaram a colectividade os proprietários de casas históricas de Sortelha (Viscondessa de São Sebastião), Ruvina (Natália Correia Guedes), Vilar Maior (José António Rebocho e Pina), Freineda (Fausto Lages Proença Garcia), Castelo Bom (João Moutinho dos Santos), Almeida (Augusto José Moutinho Borges e António José de Sousa Júnior), Reigada (José de Castro e Solla), Pinhel (Metello e Nápoles), Mata de Lobos (Magalhães Crespo e Manuel Braga da Cruz), Castelo Rodrigo (Galhardo Simões), Almendra (Celso Madeira e Alexandra Caldeira).
A nova associação ficou com os corpos sociais definidos, presidindo à direcção Miguel Esperança Pina, ao conselho fiscal Fausto Lages Proença Garcia e à mesa da assembleia geral Luísa Charters (a Viscondessa de São Sebastião). Existe ainda um órgão consultivo da agremiação, de que fazem parte Braga da Cruz, Natália Correia Guedes, Marinho dos Santos, Jorge Brito e Abreu, Francisco Proença Garcia, João Moutinho Borges e Madalena Kleisseles de Albuquerque.
plb