Trago a esta crónica o caso do julgamento de um jovem, no Algarve, por ser o criador de uma peça de arte, no contexto de um trabalho universitário, depois exposta num espaço particular.
Ler MaisA «Nova Águia» fez o seu primeiro voo. A revista pretende recriar um movimento de transformação das mentalidades e das vidas aglutinando algumas das mais notáveis figuras da nossa cultura. O número um inclui o ensaio inédito «Anamnese da ideia de Pátria» de mestre Pinharanda Gomes.
Já está disponível nas livrarias o primeiro número da «Nova Águia», a revista semestral de cultura para o Século XXI. Vinculada a três entidades, Associação Marânus/Teixeira de Pascoaes, Associação Agostinho da Silva e Mil: Movimento Internacional Lusófono inspira-se na visão de Portugal e do Mundo de Teixeira de Pascoaes, Fernando Pessoa e Agostinho da Silva.
A «Águia» foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal em que colaboraram algumas das mais relevantes figuras da nossa cultura. A «Nova Águia» pretende ser uma homenagem a essa tão importante revista da nossa História, procurando recriar o seu «espírito», adoptando aos nossos tempos, ao século XXI.
Os ensaios, poesia e outros temas subordinados ao título «A Ideia de Pátria, Sua Actualidade» incluem inéditos, entre outros, de Pinharanda Gomes e Agustina Bessa-Luís.
O pensador e filósofo quadrazenho faz parte do Conselho de Direcção da revista e colaborou com o ensaio «Anamnese da ideia de Pátria» do qual transcrevemos uma passagem:
«Raiz da liberdade e da autonomia é o pensamento próprio, o pensamento pensante que aufere do pensamento pensado, renovando a tradição. O pensamento pensante dialoga com o pensamento pensado, do mesmo modo que a Filosofia dialoga com a Cultura. Não há forma de pensamento pensante puro, alheio ao pensado, pois todo o pensamento, ainda o inovador, parte de uma situação, recebida, e não criada, de modo espontâneo. A simples utilização das palavras leva o pensamento pensante a uma cultura situada. A Pátria é livre quando exerce a autonomia, a propriedade de um pensamento projectivo, e deixa de ser livre se não assumir o seu próprio na diferença, pelo que se anula como Pátria, que se revela ou manifesta na singularidade da liberdade de filosofar, sem a qual a Pátria se entrega a mortal cativeiro. Sem a assunção da Pátria, a Nação tende a desagregar-se e a perder a memória de de Justiça e Direito são base do trono pátrio.»
E como escreveu Fernando Pessoa: «O futuro de Portugal… é sermos tudo»
jcl