A propósito do próximo congresso do PSD e da única candidatura (ou candidato) à liderança do partido. E porque esta candidatura (ou candidato) se apresenta (ou representa) sob o slogan de «social-democracia sempre!»

Quem, por estes dias, ouviu o debate na Assembleia da República sobre o programa de governo, agora liderado pelo PS, ter-se-à apercebido de quão difícil é deixar o poder. Acredito que seja com todos aqueles que o exerceram. Mas desta vez a coisa nota-se muito.
Na semana passada, tentei manifestar a minha revolta, pela forma como a Europa tem tratado as vagas migratórias de pessoas. A criança ali prostrada nas areias do Mediterrâneo, deveria ter o condão de alertar todos os cidadãos da Europa e do mundo.
A Associação Transcudânia representou o concelho do Sabugal na segunda edição da Feira Ibérica do Turismo (FIT), realizada entre os dias 30 de Abril e 3 de Maio na Guarda, com o recém-criado Clube de Produtores do Sabugal. É já a quarta participação fora do concelho.
Em Fevereiro de 2014, no Congresso do PSD, Passos Coelho proclamava: «Há muitos que deviam pagar os seus impostos e não pagam. Porquê? Porque não declaram as suas actividades. Ora nós temos obrigação de corrigir estas injustiças. (…) Se há quem se ponha de fora das suas obrigações para com a sociedade, sendo muito ou pouco, esse alguém está a ser um ónus importante para todos os outros que têm um fardo maior».
Ontem a investigação ao caso dos submarinos foi arquivada. Na Alemanha, houve gente presa relacionada com este caso. Foram condenados por corrupção. Por cá, não se passou nada. Não se sabe quem corrompeu nem quem foi corrompido. Infelizmente a normalidade.
Este governo anda a boicotar, de propósito, os assuntos que tinha planeado para estas crónicas. Depois de me ter alterado o tema da crónica anterior com a ida ao confessionário de dois ministros, num acto de contrição vazio e inconsequente, vem, agora, o primeiro-ministro, melhor, o seu antecessor deputado Passos Coelho, chefinho dos jotinhas laranja, metido numa salsichada, rasteirar a desta semana, que deveria falar do equinócio de Outono.
Nunca, por nunca ser, eles pensaram que iam ter umas férias assim. Eles são Passos Coelho (sim, o da austeridade para lá da troika) e Paulo Portas (sim, o dos submarinos e dos vistos «golden» – tudo sob suspeita…). Eles agradecem.
Juro, esta semana estava decidido a pegar no assunto trazido à baila por Freitas do Amaral, referente ao voto. Em que diz que o voto deveria ser obrigatório. Gostaria, ainda, de me referir à Portaria 82/2014 sobre a rede de unidades hospitalares. a tal que é publicada sem nenhuma consulta aos autarcas, às direcções regionais de saúde e das unidades hospitalares, nem médicos, nem enfermeiros, assistentes, doentes e utentes… Ninguém! Uma decisão, como tantas outras, tomada num gabinete de Lisboa. Mas não. Tinha que vir o primeiro-ministro dar uma entrevista a um canal televisivo para me alterar os planos.
Ministério Público pede prisão efectiva para ex-ministro Armando Vara. Almeida Santos acredita que «Vara vai ser absolvido» no caso «Face Oculta», Jornal de Notícias online, 13 de Março de 2014. Quase todas as pessoas do escândalo BPN são do PSD e não perderam a militância, Pacheco Pereira, Facebook, em 16 de Março de 2014. Primeiro Ministro critica justiça portuguesa. Pedro Passos Coelho diz-se «surpreendido» com prescrições de processos da banca. «Um cidadão comum não teria conseguido um desfecho destes», Expresso on-line, 18 de Março de 2014.
A educação, a saúde, o desenvolvimento local e a protecção social, são direitos sociais universais, mas infelizmente em Portugal as elites financeiras e mediáticas com a protecção do governo e do Presidente da República, estão a destruir todos esses bens sociais. Agora só se ouve falar em modernidade, flexibilidade e competitividade europeias.
Ninguém, neste nosso mundo do mais e do menos, está livre de proferir despautério ou até, de por simples lapso – capitis vel linguae – dizer o que não quer. Ou de, precipitadamente, formular um juízo que, com mais calma ou precruciente análise, se lhe venha a parecer errado.
Ainda que se queira falar noutros assuntos, a verdade é que a austeridade, que já vínhamos sentindo, inflacionada com as medidas que o Governo anuncia, já para este ano e para o próximo, tornam incontornável a abordagem do tema, nomeadamente naquilo que à região se refere.
Ainda sei distinguir o trigo do joio querido(a) leitor(a), o sectarismo político e o fanatismo não me cegam, hoje vou falar de alguns homens políticos que eu considero os coveiros do Estado social em Portugal, e os causadores de todo este drama social que padecemos.
«Custe o que custar!» Esta frase foi proferida pelo sr. Primeiro-ministro, num discurso, na apresentação de um livro com os contributos para a elaboração do programa do PSD, acerca do programa da troika e do seu cumprimento.