Estas foram as duas minas que em matéria de volfrâmio, mais eram faladas na minha meninice: a da Borralha e a da Panasqueira. Sei hoje que era com muita razão que se falava delas.

Procurei saber mais sobre o volfrâmio (tungsténio) para poder perceber os porquês de tanta movimentação de dinheiro na minha aldeia (e noutras, claro) naqueles tempos – vésperas da Segunda Guerra Mundial – e sobretudo durante aqueles seis anos terríveis na Europa…
Mal entramos na sua Barbearia, junto à Praça de Táxis de Tortosendo, ficamos a saber que o dono da casa trabalhou nas Minas da Panasqueira. Nas paredes vemos fotografias de paisagens das Minas e dos mineiros; um relógio feito pelo próprio (as pedras do minério sinalizam as horas); um gasómetro; e um quadro com pedras de volframite, quartzo, pirites, nica branca, galena, marcassite, cassiterite, siderite, apatite…
A empresa japonesa Sojitz Corporation adquiriu as Minas da Panasqueira através de uma Oferta Pública de aquisição (OPA) lançada sobre a empresa canadiana Primary Metals, até agora proprietária da firma que detinha e explorava as minas, a Beralt Tin & Wolfram (BTW).