A agência Ecclesia informou que o actual Museu de Arte Sacra da diocese da Guarda passa a chamar-se Museu de História, Arte e Religião, o qual apresenta uma proposta mais abrangente, resultante do trabalho de mestrado da responsável técnica Joana Pereira. Ler Mais
Tal como estava previsto foi inaugurado na freguesia de Fóios, o Museu «Portas do Côa» com a exposição «Côa: reinventar a arte da nascente à foz».

Pretende-se com a presente proposta de intervenção, e através do denominador comum, Rio Côa, a as formas de arte primitivas ao longo do seu curso, ligar a nascente à foz, promovendo o património e a sua relação com o homem/território.

O Museu Municipal do Sabugal apresenta até 31 de Julho a exposição itinerante de instrumentos musicais chineses da Embaixada da China em Portugal que tem percorrido várias cidades do Mundo. A inauguração no dia 6 contou com a presença de entidades da autarquia sabugalense, da conselheira cultural chinesa e da cantora e instrumentista Cao Bei que também tocou Gu Zeng (harpa chinesa).
GALERIA DE IMAGENS – 6-7-2010 |
Fotos Capeia Arraiana – Clique nas imagens para ampliar |
jcl
A sala de exposições temporárias do Museu do Sabugal exibe até 2 de Maio a exposição «Um mundo de gaitas» com instrumentos de foles originários de Portugal, Espanha, Itália, Bélgica, Suécia, Escócia, Irlanda, Bulgária, Tunísia e Irão.
Inaugurada pela primeira vez em 2004 pela Associação Gaita-de-Foles, a exposição agora apresentada no Museu do Sabugal tem como objectivo divulgar o instrumento musical Gaita-de-Fole e a sua diversidade no mundo, com realce para a sua importante ligação a Portugal. A par da História e dos testemunhos antigos que percorrem a cultura portuguesa e universal da gaita-de-fole, tanto na iconografia como nas práticas musicais regionais, a exposição dá a conhecer características técnicas deste instrumento.
Em exibição estão instrumentos provenientes dos seguintes países: Portugal, Espanha, Itália, Bélgica, Suécia, Escócia, Irlanda, Bulgária, Tunísia e Irão.
Na exposição é ainda possível observar ferramentas de fabrico, materiais utilizados e peças ilustrativas do processo de construção de gaitas-de-fole portuguesas.
A organização da exposição é uma parceria entre a «Sabugal+», a Associação Gaita-de Foles, os Grupos Musicais Arranca Telados e o Dedo Mindinho.
Horário: De terça a sexta, das 9.00 às 12. e das 14.00 às 17.30; sábados e domingos, das 14.30 às 18.30. Encerra às segundas-feiras e feriados.
jcl (com C. M. Sabugal)
«Estelas e Estátuas-menir da Pré à Proto-História» é o tema das quartas Jornadas Raianas que vão decorrer nos dias 23 e 24 de Outubro no Auditório e Museu do Sabugal organizadas pela empresa municipal «Sabugal+».
As quartas Jornadas Raianas abordam este ano as «Estelas e Estátuas da Pré à Proto-História» resultando a respectiva organização da colaboração entre o Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e do Porto, a Câmara Municipal e do Sabugal e a empresa municipal «Sabugal+».
As comunicações científicas serão apresentadas por reconhecidos especialistas portugueses e espanhóis. No sábado os participantes visitam a exposição temporária no Museu do Sabugal com as novas estelas e ao final do dia deslocam-se ao Fundão para visitar o Museu Arqueológico Municipal José Monteiro encerrando as jornadas do primeiro dia com um jantar oferecido pelo Município do Fundão.
Programa das Jornadas que vão decorrer nos dias 23 e 24 de Outubro no Auditório e Museu do Sabugal:
Sexta-feira, 23 – 9.30 horas, recepção e entrega da documentação aos participantes; 10.00, sessão de abertura; 10.30, Primitiva Bueno Ramírez; Rosa Barroso; Rodrigo Balbín — Identidades y estelas en el Calcolítico peninsular; 11.00, Marta Díaz-Guardamino — Iconografia, lugares e relações sociais: Reflexões em torno das estelas e estátuas-menir atribuídas a Idade do Bronze na Península Ibérica; 11.30, Pausa para Café; 12.00, André Tomás Santos; Raquel Vilaça; João Nuno Marques — A propósito de duas novas peças insculturadas pré-históricas da região do Sabugal (Beira Interior, Portugal); 12.30, Visita à exposição temporária com as novas estelas e à exposição permanente do Museu do Sabugal; 13.30, pausa para almoço; 15.00, João Luís Cardoso; João Carlos Caninas; Francisco Henriques; Mário Chambino — A estela antropomórfica dos Zebros 2 (Zebreira, Idanha-a-Nova); 15.30, Domingos Jesus da Cruz; Santos; André Tomás Santos — As Estátuas-menir da Serra da Nave (Moimenta da Beira, Viseu); 16.00, Maria de Jesus Sanches — As estelas de Picote – Miranda do Douro no conjunto das estelas da Pré-história em Trás-os-Montes; 16.30, pausa para café; 17.00, Mário Varela Gomes — Estátuas-menir da Região de Évora. Novos testemunhos, novas problemáticas; 17.30, debate sobre a notícia do achado da estátua-menir de Corgas (Donas, Fundão); 19.00, visita ao Museu Arqueológico Municipal José Monteiro e jantar oferecido pelo Município do Fundão.
Sábado, 24 – 9.30, Eduardo Galán — Nuevos hallazgos sobre viejas ideas. Tipologia, distribución y elementos atípicos en las estelas del Suroeste; 10.00, Sebastián Celestino Pérez; José Ángel Salgado Carmona — Nuevas metodologías para la distribución espacial de las estelas del Suroeste. Nuevos símbolos para su interpretación; 10.30, Lara Bacelar Alves; Mário Reis — Memoriais de pedra, símbolos de Identidade. As estelas decoradas de Cervos (Montalegre); 11.00, Pastor Fábrega Alvarez; João Fonte; Francisco Javier González Garcia — Guerreiros na paisagem: análise dos factores de localização espacial das estátuas-menir; 11.30, pausa para café; 12.00, Primitivo Sanabria Marcos — La estela decorada del Puerto de Honduras (Cabezuela del Valle, Cáceres); 12.30, Raquel Vilaça; André Tomás Santos; Sofia de Melo Gomes — As estelas de “Pedra da Atalaia” (Celorico da Beira, Guarda); e 13.00, debate e encerramento dos trabalhos.
jcl (com «Sabugal+»)
A sala de exposições temporárias do Museu do Sabugal exibe, entre 30 de Julho e 14 de Setembro, a colecção «Jogar a tradição» da Associação de Jogos Tradicionais da Guarda.
A empresa municipal «Sabugal+» em colaboração com a Associação de Jogos Tradicionais da Guarda (AJTG) apresentam a exposição «Jogar a Tradição» na sala de exposições temporárias do Museu do Sabugal.
A exposição é constituída por cerca de 500 peças que fazem parte de uma colecção composta por mais de duas mil recolhidas ao longo dos 26 anos de existência da AJTG.
Objectos que preencheram o imaginário e as brincadeiras de tempos passados como bonecas de trapos, marionetas, fisgas, jogos de tabuleiro, aviões e carrinhos de madeira e metal, cavalos de pau foram recolhidos e catalogados por todo o distrito da Guarda, pelo País e pelo mundo. As linhas do jogo da macaca, a luta de tracção com a corda, o rapa, o salto à corda, jogo das linhas e a malha podem também ser recordados nesta mostra.
A Associação de Jogos Tradicionais da Guarda é uma colectividade com mais de um quarto de século de existência. Desde 1979 que recolhe, sistematiza e incentiva a prática de jogos tradicionais. Apesar ter um âmbito distrital, a sua acção tem-se desenvolvido, pontualmente, pelo país e também no estrangeiro.
Os promotores da exposição recordam que a AJTG participou, desde a sua criação, em vários projectos «perspectivando salvaguardar a cultura lúdica tradicional salientando as actividades de recolha e filmagem, realização de encontros de jogos tradicionais e a participação na 17.ª Exposição de Arte, Ciência e Cultura».
O historial da AJTG inclui as publicações de diversos estudos ligados à temática dos jogos e do seu papel na sociedade e as publicações «A Capeia Raiana, uma Mostra de Força Colectiva», «O Jogo do Galo por Terras da Beira» e «O Magusto da velha em Aldeia Viçosa».
A inauguração da exposição, aberta ao público até 14 de Setembro, decorrerá no dia 30 de Julho de 2009, pelas 18h00, no Museu Municipal.
jcl
O Museu do Oriente apresenta, entre 5 de Junho e 12 de Julho, a exposição «Portulíndia», do artista Nuno Félix da Costa. Para o dia 19 de Junho está marcada uma visita guiada do autor pelas obras expostas.
«Portulíndia» é um conjunto de imagens de lugares e gente de Portugal e da Índia, captadas pela objectiva do psiquiatra Nuno Félix da Costa.
As duas regiões do globo são percorridas numa perspectiva ageográfica, sem carácter de roteiro turístico e sem intenção de identificar semelhanças ou diferenças entre nós e o estrangeiro.
As imagens incentivam-nos a inventarmos o que representam, o seu contexto e as suas histórias, tendo em mente que para tal devemos ter um lema: «Nem sempre o estrangeiro é o que está do outro lado», segundo escreveu o poeta Nuno Júdice porque «também os nossos lugares nos suscitam estranheza».
A mostra foi apresentada no final de 2008 na galeria da delegação da Fundação Oriente na Índia, por ocasião da terceira fase da Conferência Internacional e Transdisciplinar Garcia de Orta e Alexander von Humboldt «Transversalidades a Oriente e a Ocidente», realizada em Goa.
Nuno Félix da Costa nasceu em Lisboa em 1950. Professor na Faculdade de Medicina de Lisboa e no Instituto Superior de Ciências Sociais, mantém, desde 1983, uma actividade regular na área das artes plásticas.
O Museu do Oriente está situado em Lisboa, na Avenida de Brasília, junto à Doca de Alcântara e encerra às terças-feiras.
jcl
Em homenagem ao descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral, foi criado em Belmonte o Museu dos Descobrimentos – Centro Interpretativo «À Descoberta do Novo Mundo».
O Museu dos Descobrimentos – Centro Interpretativo «À descoberta do Novo Mundo», em Belmonte, já recebeu mais de cinco mil visitantes desde a sua inauguração no passado dia 26 de Abril que teve a participação do ministro da cultura, Pinto Ribeiro, do prefeito de Porto Seguro (Brasil), de Gilberto Abade (Embaixada do Brasil em Lisboa), de José Fernando Valim e de Amândio Melo (presidente do munícipio de Belmonte).
O Centro Interpretativo de cultura, sabedoria e homenagem ao descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral, e a todos os portugueses que sulcaram os mares em busca do desconhecido, num processo inédito de interculturalidade é um espaço de características únicas em Portugal.
A aposta na cultura e a sua valorização associada à riqueza patrimonial de Belmonte, afirma-se, assim como uma meta numa terra que procura activamente novas actividades e onde o turismo cultural e de património têm um papel preponderante.
O Museu, localizado nas antigas casas pertencentes à família Cabral, e o espaço museológico serão um novo pólo de centralidade cultural e social englobando diversos serviços de apoio: centro de documentação, cafetaria, arquivo, entre outros.
O complexo do Museu engloba salas temáticas interactivas onde as novas tecnologias são aplicadas para que o visitante seja levado a descobrir e interagir na história de 500 anos da portugalidade. Assim, cada sala tem um motivo específico que convida à Viagem dos Descobrimentos, desde a partida, à chegada, ao encontro, ao contacto entre os povos. No seu conjunto, é feita uma viagem a Pedro Álvares Cabral, aos portugueses de 1500 e à aventura e desventura dos mares… enfim, aos Descobrimentos.
jcl
O Museu do Oriente comemorou este sábado, 9 de Maio, o primeiro aniversário. O Capeia Arraiana esteve à fala com a sua directora, Natália Correia Guedes, doutorada em Museologia e com fortes ligações ao concelho do Sabugal onde passa com a família «os tempos livres possíveis» na sua quinta recuperada, junto ao rio Côa, em Vale das Éguas. Ler Mais
Esta segunda parte da conversa com a directora do Museu do Oriente, Natália Correia Guedes, aborda a riqueza do património do Sabugal, o Grupo dos Amigos do Museu do Oriente e a Ordem Hospitaleira de São João de Deus cuja história se mistura com a das terras da raia ribacudana. Ler Mais
A Câmara Municipal de Mêda e o Museu do Douro exibem até finais de Setembro na Casa da Cultura da Mêda a exposição «Marcos de Demarcação» inserida nas Comemorações dos 250 Anos da Região Demarcada do Douro.
O Museu do Douro desenvolveu um estudo acompanhado de um inventário do Património material associado à data da criação da Região Demarcada do Douro, a primeira Região Vitícola demarcada e regulamentada do mundo, criada por Alvará Régio de D. José I em 10 de Setembro de 1756.
O projecto de investigação levado a cabo pelos Serviços de Museologia do Museu, culminou na exposição Marcos da Demarcação e na publicação do inventário dos marcos pombalinos.
O presidente da Câmara Municipal de Mêda, João Mourato, salientou a importância deste evento cultural, de grande expressão e significado, por ter lugar num concelho que «embora sendo de transição, é também Douro nas freguesias de Meda, Longroiva, Poço do canto e Fontelonga, terras de produção do vinho fino ou vinho generoso, depois conhecido por Vinho do Porto».
O presidente do Município de Meda aproveitou a ocasião para reivindicar para Mêda um pólo do Museu do Douro tendo em conta a importância que o Vinho Generoso ou Vinho do porto tem na cultura e na economia das populações, apesar de este concelho não ter sido incluído aquando da demarcação da Região de produção pelo Marquês de Pombal.
O director do Museu do Douro, Maia Pinto (ex-director do Parque Arqueológico do Vale do Côa) comungou a opinião do Presidente da Câmara dizendo que «a Meda também é Douro» e que «para o desenvolvimento saudável de Portugal terá que se defender esta jóia que é o Vale do Douro».
Maia Pinto frisou que «é com esta relação que vamos cimentando o orgulho que criar o orgulho Duriense» que deve abranger os 21 concelhos integrados na Região Demarcada e para o que «vai ser desenvolvido um esforço no QREN – Quadro de referência Estratégica Nacional, por forma a desenvolver outras acções dinâmicas que façam do Museu do Douro algo com alegria, participação e cultura».
A exposição «Marcos de Demarcação» envolve cerca de 70 fotografias daqueles marcos delimitativos da então Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro distribuídas em três núcleos : Museu do Douro (Casa do Douro – Régua), Casa Municipal de Cultura de Mêda e na Casa do Desenho do pintor Júlio Resende.
aps
Desde 7 de Agosto que acontece no museu do Sabugal uma comovedora exposição de fotografias antigas, que tem despertado muito interesse, recebendo constantes visitas. A imperdível exposição decorre até 14 de Setembro.
Imagens de pessoas vestidas ao estilo de outras épocas, cenas da vida quotidiana, monumentos e casas antigas, tudo se revela na mostra fotográfica que o Museu Municipal concebeu e apresentou. Casamento, caçada, fainas agrícolas, primeira comunhão, também registos acerca da evolução do Largo da Fonte no Sabugal, desde o tempo em que era uma fonte de chafurdo, passando pelo tempo em que foi transformada em chafariz, em nome da higiene pública.
Outra série alude às festividades de S. João, onde as fotos históricas se misturam com fotografias da edição de 2008 dos festejos. Uma mistela pouco feliz mas que permite ao observador ter uma ideia da diferença entre as duas épocas.
Em lugar de destaque está uma impressionante imagem da construção da escola primária do Sabugal, com as colossais pedras de granito retiradas da igreja de Santa Maria do Castelo e da capela de S. Sebastião. A construção já vai avançada e a fotografia regista o enorme «sarilho» encimado por uma grande roldana, com o qual se içavam as pedras. Sem dúvida uma das melhores fotografias da mostra.
Outra foto interessante é a de um desastre de automóvel, onde uma camioneta abalroou o carro do Dr. Francisco Manso, estando ao lado das viaturas acidentadas duas bicicletas tombadas, certamente pertença de curiosos que acorreram ao desastre.
Uma exposição que merece a pena visitar. Para além da importância dos registos históricos, também merece referência o esforço de recolha que possibilitou a exposição, sendo vários os particulares que deram o seu modesto, mas certamente decisivo, contributo para que a mostra fosse possível.
Parabéns à empresa municipal Sabugal+ pelo sucesso da iniciativa.
plb
Conversámos com António Gata, que durante vários mandatos foi presidente da Junta de Freguesia de Vilar Maior. Agora algo afastado da política concelhia mantém-se porém atento, sobretudo aos assuntos referentes à sua terra, aldeia histórica do concelho do Sabugal que considera desprezada e desaproveitada. O mote da conversa foi a decisão recente do povo de Vilar Maior em manter a festa do Senhor dos Aflitos no primeiro domingo de Setembro, cumprindo a tradição. Nessa espécie de referendo António Gata bateu-se por opção diferente, defendendo que a festa deveria ocorrer em dois momentos distintos, o primeiro em Agosto e o segundo em Setembro, na data tradicional.
Defende que a festa de Vilar Maior poderá acabar com a manutenção da mesma na sua data tradicional. O que o leva a pensar assim?
A manter-se a festa nos moldes em que se vem realizando considero que ela pode acabar um dia. A festa religiosa não duvido que se mantenha mas o restante, como o arraial, o fogo preso e a presença da banda filarmónica, pode de facto vir a acabar. O arraial leva largas centenas de pessoas a Vilar Maior, que ali vão sobretudo para assistir ao fogo de artifício, que é um momento fabuloso. Toda essa gente, quando acaba o espectáculo, debanda em direcção às suas terras, muitas sem sequer beberem algo no bar da festa. Esse enorme gasto com o fogo de artifício bem poderia ser aplicado num programa musical ou de variedades, que levasse a que as pessoas permanecessem na aldeia durante várias horas.
Mas não vale a pena cumprir a tradição?
Claro que vale a pena e as pessoas optaram por isso, o que deve ser respeitado. Mas temos de ponderar até onde podemos aguentar, porque a capacidade para isso esgota-se ao comportar elevadíssimos custos que um dia poderemos não ser capazes de suportar. Estou sempre com muito gosto na festa e gosto muito de ali rever amigos que não vejo durante a maior parte do ano, mas também tenho pena de não poder ver muitas pessoas que estão longe da terra e cuja vida não lhes permite estarem presentes.
O Capeia Arraiana referiu-se há algum tempo a uma casa recuperada para museu que agora está ao abandono, por alegada incúria das entidades locais. Na altura manifestou-se contra essa ideia, dando a entender que a responsabilidade não era da Junta de Freguesia de Vilar Maior. Quer esclarecer?
O edifício em questão nunca foi recuperado para museu, aliás Vilar Maior tem um museu instalado noutro local. Mas a questão é que o edifício de que se fala é propriedade da Câmara Municipal, pelo que a responsabilidade pelo seu estado nunca pode ser da Junta de Freguesia. Aliás a recuperação desse edifício tem uma história. Ele era propriedade particular e eu, enquanto presidente da Junta de Freguesia convenci o então presidente da Câmara, que era o José Freire, a adquiri-lo. A Câmara comprou-o ao particular e ficou registado como sua propriedade, sendo depois recuperado e passando a existir ali um forno comunitário, um espaço destinado a posto de turismo e outro a ponto de venda de produtos locais.
Mas a Câmara Municipal não se considera responsável pelo estado de degradação a que o edifício chegou.
Está tudo ao abandono e num estado lastimável, com o telhado em perfeita degradação. E face a isso então eu também pergunto: sendo o edifício propriedade da Câmara Municipal, quem é que deve responsabilizar-se pela sua conservação e pela sua funcionalidade?
Disse que Vilar Maior tem um museu instalado noutro edifício, mas esse também tem estado encerrado.
O museu de Vilar Maior está instalado no edifício da antiga Câmara Municipal. Fui eu, enquanto presidente da Junta de Freguesia, que o recuperei para esse efeito, tendo em conta que era urgente acautelar as peças que a professora Delfina tinha no edifício da escola. Foi aliás um projecto pioneiro ao nível das juntas de freguesia, porque representou uma grande responsabilidade dado o tipo de projecto e os encargos financeiros envolvidos, o que, ao tempo, não era comum ser assumido pelas juntas de freguesia. Para além da recuperação do edifício a Junta arranjou ainda e instalou o espólio exterior. Mas o museu está hoje também votado ao abandono e este Verão foi um claro exemplo disso, pois esteve sempre encerrado.
E, neste caso, de quem é a culpa?
Quero deixar claro que a culpa não é de certeza da professora Delfina, que pouco ao nada pode fazer. Também não considero que seja da Junta de Freguesia, que foi arredada disso. E sobre o assunto mais não digo.
Sendo Vilar Maior uma aldeia histórica, o que se poderá fazer para se tornar num destino turístico?
Alguns criticam-me por eu falar sempre em Vilar Maior, mas a verdade é que eu falo da minha terra no contexto do concelho do Sabugal. Considero que Vilar Maior pode e deve complementar Sortelha. Ambas as aldeias históricas estão em extremidades do concelho. A aposta na recuperação e dinamização de Vilar Maior poderia fazer com que as pessoas, para visitarem as duas aldeias, tenham de cruzar o concelho, seguindo percursos que lhes podem ser sugeridos, beneficiando com isso todo o concelho do Sabugal. Mas no que particularmente se refere a Vilar Maior, espero que a Junta de Freguesia avance com o projecto dos trilhos, em que de resto colaborei. O projecto prevê a recuperação de alguns caminhos antigos ao redor da aldeia. Alguns foram já limpos pela população, faltando apenas sinalizá-los e divulgá-los. Os trilhos, além de proporcionarem e possibilidade de se praticarem saudáveis caminhadas, permitem conhecer Vilar Maior numa perspectiva diferente, observando as diferentes paisagens, as sepulturas antropomórficas, o antigo falcoal e muitos outros locais de interesse histórico.
Como homem atento à politica concelhia, e elemento do PSD há muito descontente com as opções do partido para o concelho, o que acha da escolha de António Dionísio por parte do PS para candidato a presidente da câmara nas próximas eleições?
Somos amigos e dou-me muito bem com ele, mas neste momento não tenho qualquer decisão tomada sobre a minha posição. Apenas o farei quando conhecer todos os candidatos.
plb
O artista plástico Kim Prisu, natural de Aldeia da Dona, inaugurou este domingo, 6 de Julho, no Museu do Sabugal, uma exposição de pintura que integra criações de vários anos.
O artista que deu origem ao conceito Nuklé-Art e que quis transformar a «sua» Aldeia da Dona numa aldeia cultural está de volta ao concelho do Sabugal.
Joaquim António Gonçalves Borregana que assumiu o nome artístico de Kim Prisu inaugurou no passado domingo, 6 de Julho, uma exposição retrospectiva que inclui obras de diferentes anos.
A descrição do artista e da sua obra por Xavier Silva Rodrigues tem algumas afirmações desconcertantes e deixa alguns avisos aos visitantes. «Para assimilar a obra de Kim Prisu necessita-se sacholar a essência original numas distintivas inextinguíveis do urbano e do campo no qual ele viu a luz pela primeira vez. (…) A sua obra evolui num discernimento que o levam ao início da Dona Aldeia de onde ribombam linguagens, aromas e pigmentações no mundo inconcebível de Kim Prisu.»
É um artista único com um estilo único. Sabugalense, emigrante em França para onde foi levado com apenas nove meses, vive há nove anos no Pinhal Novo, junto ao Montijo.
A sua exposição estará patente no Museu do Sabugal até ao dia 3 de Agosto, de terça a sexta-feira, das 9 às 12.30 e das 14 às 17.30 horas e aos fins-de-semana das 14.30 às 18.30 horas.
Antes da visita aproveite para reler a excelente crónica de José Robalo publicada nas «Páginas Interiores» sobre Kim Prisu intitulada:
«Aldeia da Dona – Museu a céu aberto» Aqui
E também: «A arte do Kim Prisu de Aldeia da Dona» Aqui.
Mesmo assumindo a nossa amizade de sempre com o Kim consideramos que a «Sabugal+» concretizou uma das mais importantes exposições do seu historial.
De visita obrigatória…
jcl
No Dia Mundial dos Museus, 18 de Maio, destacamos o Museu Oriente inaugurado recentemente na Doca de Alcântara, próximo da zona de Belém, em Lisboa. Espaço de excelência no contexto cultura português é a concretização de um desígnio a que a Fundação de Carlos Monjardino se propôs desde que foi criada há 20 anos. A directora do Museu Oriente, Natália Correia Guedes, é neta do escritor sabugalense Joaquim Manuel Correia.
O Museu do Oriente, testemunho das relações históricas entre Portugal e a Ásia, foi inaugurado no dia 8 de Maio, em Lisboa.
Localizado na Doca de Alcântara, próximo de Belém, num edifício dos anos 40 devidamente adaptado e com uma situação privilegiada junto ao rio Tejo, o Museu do Oriente exibe, através das suas exposições, permanente e temporárias, testemunhos da presença portuguesa na Ásia.
O espaço cultural dirigido por Natália Correia Guedes, reúne colecções que têm o Oriente como temática principal, nas vertentes histórica, religiosa, antropológica e artística. O seu acervo resulta de aquisições efectuadas em Portugal e no estrangeiro e inclui núcleos de arte chinesa, indo-portuguesa, japonesa e timorense.
A exposição permanente engloba 1400 peças alusivas à presença portuguesa na Ásia e 650 pertencentes à colecção Kwok On, agrupadas sob a temática Deuses da Ásia. A exposição temporária inaugural é inteiramente dedicada às Máscaras da Ásia.
A presença portuguesa na Ásia está representada através de objectos adquiridos pela Fundação nas áreas da pintura, cerâmica, têxteis e outras artes decorativas.
A colecção é enriquecida por um espólio de 1250 peças artísticas e documentais pertencentes a vários museus e outras instituições culturais, cujo empréstimo ou depósito foi confiado ao Museu do Oriente.
A colecção Kwok On, testemunho ímpar das artes performativas de raiz popular e das grandes mitologias e religiões de toda a Ásia, é reconhecida como uma das mais importantes à escala europeia. Composta por mais de 13 mil peças relacionadas com a música e com o teatro (instrumentos musicais, trajes, marionetas, máscaras, pinturas, porcelanas) e com as festividades tradicionais (objectos rituais, lanternas, pinturas, jogos), constitui um elemento decisivo para colocar o Museu do Oriente no roteiro das grandes instituições internacionais dedicadas às culturas e civilizações asiáticas.
Além das exposições, o espaço multiusos do Museu do Oriente será palco de uma programação cultural ao nível da música, dança, teatro, cinema e marionetas, para além de conferências, seminários, cursos e congressos e ainda de outras actividades lúdico-pedagógicas promovidas pelo Serviço Educativo.
Para levar a cabo a sua diversificada actividade, o Museu do Oriente dispõe de um Auditório, de um Centro de Reuniões e de um Centro de Documentação, local de referência na pesquisa de informação na área das ciências sociais e humanas e em tudo o que diga respeito à Ásia e às suas relações com Portugal.
Apresentação em «powerpoint» do Museu do Oriente. Clique aqui.
jcl