O Capeia Arraiana transcreve na íntegra o comunicado dos deputados do MPT na Assembleia Municipal do Sabugal.

«COMUNICADO DOS DEPUTADOS DO MPT NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL, EM RESPOSTA A UMA INTERVENÇAO DO PARTIDO SOCIALISTA, NA REUNIÃO DE 24 DE SETEMBRO
O grupo do MPT – Movimento do Partido da Terra na Assembleia Municipal do Sabugal, depois de analisar uma intervenção escrita do grupo do Partido Socialista, feita na última reunião da Assembleia, intervenção essa a cargo do respectivo presidente da Concelhia do PS, não pode deixar de vir na defesa da honra do vereador, eleito pelo MPT, Dr. Joaquim Ricardo, dizer:
Obviamente que o PS pode (e deve) manifestar o seu desencanto com a acção levada a cabo pelo Executivo Municipal, exercendo democraticamente o seu direito de oposição.
Mas não pode fazê-lo, maxime, quando atinge voluntária e directamente uma pessoa, no caso o Dr. Joaquim Ricardo, demonstrando ignorância, maldade e má-fé, e que mais não reflectem que um triste sublimar de recalcamentos que ainda decorrem da frustração da escolha do segundo vereador residente. Escolha essa, felizmente, acertada, diga-se.
O PS, como qualquer outro partido integrado nos órgãos da autarquia, tem o direito de não gostar (mesmo sem saber porquê, ou porque dá jeito dizer coisas, ou porque é giro criar polémica e aparecer nas fotografias) de um qualquer dirigente ou simples deputado municipal, seja pela sua actuação, seja porque seja…
O PS pode não gostar do Dr. Joaquim Ricardo, por ciumeira política ou porque acha que a maioria no Executivo ora estabelecida, não deixa de ser, fazendo fé num passado não muito longínquo, uma “facadinha nas ditas” e uma indigesta derrota.
O PS pode isso e muito mais (é olhar para o país que temos), mas não pode bolçar, publicamente, juízos ofensivos e inverdades, na malsã tentativa de besuntar os que não são da “cor” e os que importunam.
Estultícia seria virmos aqui apresentar o currículo do Dr. Joaquim Ricardo, já que ninguém, minimamente atento, desconhece o seu indefectível percurso profissional e cívico, com referências até no desempenho de funções autárquicas anteriores às actuais.
Acreditamos (porque nos chegaram manifestações nesse sentido, vindos do PS) que nem todos os Deputados deste partido seguiram o “His Master Voice” na sua aleivosa intervenção. É uma questão interna do PS que não nos cabe resolver, mas registamos a aparente falta de unanimidade e a preocupação de alguns ao desnecessário e injustificado pontapé na ética e na urbanidade.
Porque uma coisa é crítica, outra é raivinha de dentes, concluímos com um recado ao jovem e atormentado “speaker” de serviço: – “Para se avaliar a competência dos outros é preciso que, previa e reconhecidamente, sejamos nós mesmo competentes”.
Os Deputados do MPT.»