É sempre com agrado que o bom filho a casa volta. É sempre com agrado que visito a terra onde nasci, na esperança de encontrar quintos que andaram comigo na escola, já que à inspecção militar poucos se apresentaram. (Parte 1 de 2.)

:: :: ANTÓNIO ALVES FERNANDES :: :: No primeiro episódio o António Emídio «apresentou-nos» a família do Luís do Sabugal quando este se preparava para ingressar no Outeiro de São Miguel. Na «terceira temporada» o António Alves Fernandes recorda os tempos do contrabando e figuras da aldeia espanhola de Alamedilla. (Capítulo 3, Episódio 6.)
O Município do Sabugal e o Centro Local de Aprendizagem da Universidade Aberta promovem a 14.ª sessão do Clube de Leitura do Sabugal, no dia 14 de fevereiro, pelas 14:30 horas, na Biblioteca Municipal do Sabugal.
O grupo de teatro Guardiões da Lua, da Quarta-Feira, leva à cena a peça «Maria Mim», baseada no livro homónimo de Nuno de Montemor, cuja estreia está prevista para o dia 29 de Março (sábado), pelas 20h45, no Auditório Municipal do Sabugal.
No concelho do Sabugal há empreendimentos turísticos de elevada qualidade. Nesta crónica vou dar a conhecer o «Meia Choina» em Quadrazais que tem a particularidade de ter dado a uma das habitações o nome «Maria Mim» imortalizado pelo escritor raiano Nuno de Montemor no épico romance que retrata a vida «terrível» dos quadrazenhos do século passado.
Quando vi neste blogue a notícia de que «a Câmara Municipal do Sabugal decidiu fomentar o alojamento local nas terras do concelho, em alternativa às unidades hoteleiras tradicionais, como forma de potenciar o Turismo Rural», fiquei contente e veio-me à memória um empreendimento turístico rural do nosso concelho. Estou a falar de um empreendimento – o «Meia Choina» em Quadrazais (terra de contrabandistas e uma das 40 freguesias do nosso extenso concelho) – que, aquando da minha recente visita me deixou impressionadíssima.
Em conversa com a sua promotora, Colette Borrega Correia, esta informou-me de que este empreendimento oferece quatro casa de turismo em espaço rural – casas de campo e uma casa de prova e venda de produtos regionais –, Casa do Manego, Casa da Maria Mim, Casa da Meia Choina, Casa da Forja Frágua e Casa do Cusco.
A casa já recuperada, concluída e classificada é a Casa do Manego, tendo tido como primeiro nome «Casa da Fábrica», por outrora ter sido uma pequena fábrica de sabão pertencente José Manuel Pires Correia, avô paterno da empresária. Tal nome não pode ser registado por já existirem três idênticos em Portugal.
A tradição do contrabando deixou marcas inegáveis que perduram ainda na localidade. O dialecto quadrazenho ou gíria utilizada pelos contrabandistas é uma fenómeno linguístico único na região, daí o ter utilizado vocábulos oriundos da gíria para batizar o espaço e as ditas casas.
A casa do Manego tem uma área coberta de 180 m2 e capacidade para 8 pessoas. Possui 4 quartos, dois deles com casa de banho privativa, dois duplo, duas casas de banho sociais, uma área de convívio e cozinha. O espaço exterior tem como cenário a Serra da Malcata, a privacidade e a grande área exterior permite ao visitante uns dias de repouso e total descontração, a região oferece também algum potencial nomeadamente o Rio Côa, para a pesca desportiva e e algumas praias fluviais.
Isilda Silva
Depois da poeira da batalha eleitoral, é preciso que cada um, entre vencedores e vencidos, saiba encontrar o seu papel, na tradução exacta do mandato que lhe foi confiado pelos votos dos eleitores. Uns e outros, embora de forma diversa, assumiram compromissos e responsabilidades perante os sabugalenses e estes esperam que os seus eleitos estejam à altura de tais desafios.
A primeira edição do romance «Maria Mim», de Nuno de Montemor, foi publicada em 1939. No ano anterior, Nuno de Montemor, que repartia a sua vida entre a Guarda e Lisboa (aqui, para tratar das edições dos seus escritos) passou por Quadrazais, onde nascera em 1881, embora os seus pais fossem de Pêga, para se documentar acerca da vida e da cultura aldeãs.
Ler MaisMaria Mim é um romance de denúncia e de revolta, face à perseguição que o Estado exercia sobre os contrabandistas quadrazenhos, que não eram ladrões nem fascínoras, como os pintavam as autoridades, mas antes pessoas honradas e virtuosas.