O título desta crónica foi pedido emprestado ao professor Adriano Moreira que, na segunda-feira, proferiu uma lição de filosofia política, aquando da realização de um congresso sobre economia organizado pela Antena 1.

Tal como acontece no Sabugal, Abrantes espera, e desespera, pela concretização do projecto «Ofélia Club», que ainda não passou do papel.
O jornal ribatejano «Mirante», apresenta na sua edição do dia 7 de Janeiro, a notícia de que o projecto «Ofélia Club» anunciado há dois anos em Abrantes ainda não arrancou, e há muitas dúvidas quanto à sua concretização.
«A Unidade de Saúde e Bem-Estar/Complexo Médico-Social “Ofélia Club”, anunciada com pompa e circunstância pela Câmara de Abrantes no edifício Pirâmide a 30 de Setembro de 2008, corre o risco de nunca se concretizar. Trata-se de um investimento previsto de 60 milhões de euros e que iria criar 500 novos postos de trabalho, dinamizado pelo grupo “Portanice Investimentos Imobiliários Lda”, empresa do Grupo Existence», diz o jornal ribatejano.
Porém a obra, que estava prevista para arrancar em Novembro de 2008, nunca saiu do projecto de arquitectura. A licença de alvará que permitia o arranque da obra nem chegou a ser levantada dentro do prazo. «Efectivamente, o prazo expirou no início de Dezembro mas ainda não declarámos a sua caducidade», explicou ao jornal a presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque. A mesma afirma que não tem tido contactos com o promotor da obra, António Reis, que afirmou em Agosto à agência Lusa que o projecto ia avançar até ao final de 2009.
Quem não está satisfeito é o empresário Jorge Dias, a quem foi prometido um negócio de 2,5 milhões de euros com a venda dos seus terrenos para a instalação do projecto. «Foi tudo por água abaixo», declarou o construtor de Abrantes, que em protesto deixou crescer a barba até que os negócios da família voltem ao rumo certo.
O jornal «Mirante» falou com António Guilhermino Reis, presidente do grupo Existence. «Parco em palavras, desvalorizou o facto do período para levantar o alvará da obra ter caducado em Dezembro e disse que o projecto vai seguir em frente. “As coisas estão a andar. Quando houver novidades comunicaremos”, sustentou.»
No Sabugal também se espera pelo investimento do Grupo Existence, mas a situação apresenta-se igualmente insegura e há quem duvide que o projecto se concretize.
Em Outubro de 2008 o então presidente da Câmara Municipal do Sabugal, Manuel Rito, apresentou a «bomba» ao executivo municipal: o grupo francês «Existence, SA» vai investir no Sabugal, mais propriamente na freguesia da Malcata, 45 milhões de euros, e criar 300 postos de trabalho. O Projecto, designado «Desenvolvimento Médico-Social & Habitacional Ofélia Club», ocuparia uma área de 360 mil metros quadrados.
O empresário António Reis, que é natural do Sabugal e vive em França, foi pela mão do Município ao Sabugal no dia 28 de Agosto, já muito próximo das eleições autárquicas, anunciar que o projecto seria uma realidade e que até ao final ano haveria novidades. O ano passou e do Ofélia Club de Malcata não houve porém qualquer novidade.
plb