Ia haver cinema. Era o «Marcelino Pão e Vinho». Toda a manhã de sábado os «moços das sortes» tinham acarretado jarros e baldes de água para as suas «quintas» (raparigas da aldeia nascidas no mesmo ano) limparem, como lhe era dado, a garagem da camioneta da carreira. Depois, no domingo até podiam fazer baile, diziam. O Ti Ruim, casado com a minha tia Conceição, irmã da minha mãe, já tinha prometido trazer a concertina sem lhes levar dinheiro.
