Já participei em muitas manifestações de diversas matérias, as mais habituais de carácter social e político. Desta vez não podia recusar o apelo para participar, dia 8 de Novembro, numa manifestação de agricultores.

O mundo está repleto de preconceitos, dentre eles o da roupa que se veste. Na década de 1960, um estilo novo que surgiu entre a juventude – o casaco com racha atrás – causou a ira e a indignação dos que rapidamente conotaram o uso dessa peça de vestuário com um desvio de sexualidade.
:: :: EFEMÉRIDES 2015 :: 15 DE MAIO :: :: O Capeia Arraiana publica diariamente as efemérides mais relevantes de cada data… No dia 15 de Maio, destacamos a morte de Carlos Alberto Marques, em 1965, uma carta aberta de um sabugalense e uma manifestação na Guarda, em 1915, e uma carta de D. João I sobre o Sabugal, em 1408.
A França, vive hoje um movimento social dos mais esperados e talvez participados. Desde creches, liceus, universidades, pessoal médico, passando pelos serviços de correios, Impostos, transportes públicos, comunicação social pública, Electricidade de França, France Telecom, contoladores aéreos, entre outros, a maioria destes serviços estão mais que perturbados. Consoante a região, a adesão é diferente. Maior aderência nas regiões de maior densidade populacional onde alguns serviços estão pura e simplesmente fechados.
Todos os sindicatos fizeram apelo para este dia de greve. Sejam eles funcionários públicos ou privados, o lema é o mesmo: exigir do governo maior poder de compra, mais emprego, melhores garantias e condições de trabalho, por outras palavras, trabalhar menos e ganhar mais. Alguns empregados do privado, de sectores ligados ao automóvel, também aderiram a este dia de greve e manifestam em conjunto com os funcionários públicos, com os estudantes, com professores, enfermeiros, funcionários dos transportes públicos, entre outros.
Mas no meio disto tudo, quem sofre mais com estas greves? Quais são os resultados no final destes dias?
Que dizer dos pais que não sabem onde deixar os filhos porque as escolas estão fechadas? Que dizer dos empregados do sector privado, que não têm transportes para se deslocarem para os seus locais de trabalho, que decidem dormir no local de trabalho, que abalam de casa às 3 ou 4 horas da manhã para poderem estar no local de trabalho às 8 ou 9 horas?
Num momento de crise, como este, quanto perdem as empresas publicas ou privadas, pelos empregados que não vão ou não podem ir trabalhar? Quantos pais de família perdem dias, perdem poder de compra, perdem os empregos porque as greves não lhe permitem viver o seu dia a dia com tranquilidade.
Esta manhã, na escola frequentada pela minha filha, alguns professores vestiam uma t-shirt amarela, com a frase «Non-Greviste». Depois de terem aderido e participado em precedentes manifestações e greves apaerceberam-se que têm um dever primordial: dar aulas, ensinar crianças e jovens que querem ainda aprender os verdadeiros valores da vida, do trabalho, da sociedade.
Nos últimos dias, apareceram grupos de contestação e protesto contra as greves, muita gente, do privado e do público, começam a estar fartos destes dias negros, destes dias que para defender a liberdade de alguns, não se respeita a liberdade dos outros, fartos de serem vitimas.
Pessoalmente não sou conta as greves, sou sim contra este tipo de greves, em que a mioria protesta sem saber porquê. Sou contra esta liberdade de fazer greve e através da qual não se respeita a liberdade daqueles que querem ir trabalhar. Sou contra este tipo de greves que paralisam uma cidade, um País acentuando a crise dos mais pequenos, tirando ainda mais poder de compra aqueles que já pouco têm.
Será que a greve serve apenas para exigir direitos e regalias? Não teremos nós também devers e obrigações?
Paulo Adão (de Paris)
Quem tem razão? A ministra ou os professores? O Governo elaborou um documento em formato pergunta/resposta para esclarecer muitas das dúvidas dos professores, dos pais dos alunos e da opinião pública. Mas, para já, a ministra da Educação foi chumbada pelos professores na maior manifestação de sempre da classe. Ler Mais