Quem não se lembra de os pensionistas receberem da Segurança Social um vale de correio com o valor da sua merecida pensão? Durante anos parecia um relógio e naquele dia útil, muitos idosos esperavam pelo carteiro à porta.
Um dia recebo um SMS de um número desconhecido a desejar «Boa Noite». O texto era muito curto e, em poucas, palavras dizia de forma diferente apenas isso.
Conheci uma jovem angolana que acabou por engravidar. E para meu espanto o progenitor nem quis saber do assunto, deixando a futura mãe por sua conta e risco. A princípio fiquei chocado e dizia que essa situação não cabia na cabeça de ninguém…
Quem consegue ainda ver um pouco da televisão portuguesa, menos a SIC que por razões que desconheço não transmite com facilidade em Angola, fica-se com a ideia que todas as classes profissionais vivem na «Rua da Amargura» e precisam de mais dos meus impostos para contribuir para as melhorias salariais.
Foi a primeira vez, em quase quarentena anos de profissão, que assisti a uma campanha tão dinâmica e informal. Bem, na verdade, seria uma campanha de sensibilização para o pagamento da água. Uma luta titânica que os angolanos travam para que os sistemas de abastecimento de água sejam sustentáveis.
Começou num poema inspirado nos portugueses que trabalham em Angola, na sua grande maioria longe das famílias e que, por uma razão ou outra, encontram muitos aspectos de um Portugal mais antigo, com a então Europa ao redor.
Desta vez vai o poema feito por mim, de um RAP, que significa na língua portuguesa «Ritmo e Poesia», sobre uma fusão de culturas. A negrito é o refrão a ser cantado por angolanos, e o poema em si por um português, ou «Tuga», como por aqui dizem, embora pessoalmente prefiro o termo «Tximbari», ou seja «O Homem Branco», na língua «Tchokué».
O Bartolomeu descende de uma família ligada à agricultura, tendo conseguido fazer a 3.ª Classe, mas nunca deixando de trabalhar na lavra com seus pais e irmãos. Mas a lavra dava alimento, como mandioca, milho, feijão, batata doce e batata rena, ou seja, a batata que temos em Portugal.
Estávamos em Março de 2020. Os espaços aéreos começavam a fechar devido à pandemia. Tentei a minha sorte no «limbo». Tive apoio, o risco era grande, mas foi a minha maior aventura de sempre…
Achei muito interessante a vida deste Senhor – Michael Shea –, que percorreu os corredores do palácio de Buckingham como Secretário de Imprensa da Rainha Isabel II, entre os anos de 1978 e 1987. Para ter garantido este trabalho cerca de nove anos é porque seguramente tinha competência e experiência de saber lidar entre a comunicação social e o recato da Família Real Britânica.
«A Paz esteja convosco.» Em Angola o mês de Abril é marcado pela celebração da paz. O dia 4 de Abril é feriado nacional e celebra a reconciliação nacional, após mais de vinte anos de sangrentos conflitos, entre irmãos do mesmo povo.
Recebo uma chamada a pedir um favor. Uma colega precisava de boleia até ao Cuninga. O europeu, regra geral, é prudente, desconfiado e pensa sempre no pior. Mas, mesmo assim entendi aceder. Havendo transporte público disponível o custo de ir e voltar ainda pesa na carteira de muita gente.
Estava em Luanda à procura de algum descanso, quando sou interrompido pelo segurança da portaria. Nem queria acreditar. Há quantos anos não via aquela figura, perto de um gigante, e aquele olhar azul profundo, não fossem os óculos que o ajudassem. O Couto, sempre quis ser polícia. A última vez que o vi em Setúbal, pertencia à comissão de protecção de menores…
Quem espera sempre alcança. Levou quase uma carreira, mas consegui. Adoro ir a pé para o trabalho. E nos dias de sol, com algum calor, sinto que ganho dias de vida. A disposição quando chego ao escritório parece outra…
No dia 11 de Fevereiro de 2011, tive a honra de apresentar um livro de poesia, com a Isabel Sango, uma jovem que dava os seus primeiros passos no mundo da escrita…
Um dia de sol, em 2008, Mariano foi para a lavra, junto ao Rio Cuquema, aqui no Bié. Com ele foram também a cunhada e duas filhas. Angola tem um sector primário forte, mas em grande parte para a subsistência.
Para quem não sabe a quantidade de água é sempre a mesma no planeta. Por enquanto ainda não se fabrica. E existe um ciclo na natureza que tem início no mar, evaporação, condensação e pluviosidade que alimentam os rios que acabam por desaguar no mar.
Quem não se lembra dos Caminhos de Ferro de Benguela que ligava, e liga, o mar à fronteira com a República Democrática do Congo (RDC), em Tembe, que por sua vez permite continuar viagem na Linha Férrea que une o Quindu (RDC) a Port Elisabete (Africa do Sul).
