O dia prometia vendaval. Do lado de Espanha, soprava vento forte e frio. Sobre a Serra da Xalma as nuvens eram de negro chumbo. «Ia nevar», afirmava a minha avó Neves. E eu acreditava, pois ela nunca se enganava. Eu também não me importava muito que nevasse, achava aquele cobertor branco, sobre a aldeia, uma das maiores maravilhas da Natureza. E o frio não era mais insuportável que o frio do sincelo, dizia eu para os meus botões.
A Serra d’Opa sempre dominou tudo e todos lá de cima, do alto da sua posição altaneira. Confesso que às vezes dou comigo a pensar satisfeito que esta minha fixação pela Serra d’Opa não deve ser muito saudável. Acho que há ali nela algo de histórico e edificante que pode ter transformado as mentes durante milénios, dominando quem vivia no Casteleiro ou por estas zonas passava.
Hoje, numa pesquisa, vi esta foto de José Carlos Callixto com que abro a crónica. Isso levou-me atrás da Serra d’Opa e das suas lendas e dos seus encantos… Por respeito intelectual, começo por uma citação do Dr. Lopes Dias. E escolhi ilustrações de barrocos encantados lá do cimo da Serra…
Ler MaisHoje decidi dar a palavra a duas pessoas muito estimadas. Uma, Jaime Lopes Dias, pela qualidade do seu testemunho. A outra, José Carlos Callixto, pela força da sua vontade férrea de caminhar montes e vales e descrever depois o que sentiu e o que viu. Com licença. Dêem atenção aos meus dois convidados. Eu vou sair de cena…
Ler MaisJá há muito tempo que tinha em mente escrever um artigo sobre a pessoa da nossa terra que nos merece a maior estima e consideração. Trata-se do nosso amigo José Carlos Callixto. Quando no seu último mail, que enviou aos amigos, nos confiou que ia em romagem a Vale de Espinho para festejar, no dia 19 de abril, os 40 anos de amizade com esta aldeia, não podia adiar mais a minha homenagem ao um homem que modificou completamente a nossa maneira de ver e estar nestas terras.
Ler MaisHoje, a peça que preparei par si é feita de pequenos pedaços soltos. A diversidade, se a juntarmos com a qualidade, pode ser uma arma face ao tédio que por vezes impera. Aí fica a panóplia para juízo do leitor.
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