Semana de novidades. A maior delas é que os Olímpicos têm catapultado a RTP2 para «céus nunca dantes navegados». Mas não só! Leia e divirta-se, como eu…

Terminaram os Jogos Olímpicos com uma medalha de prata para Portugal. Esta medalha apresenta dois factores interessantes, o primeiro, claro está, a conquista da medalha e, o segundo, o facto de ter sido numa modalidade ligada à água. Associei esta conquista aos feitos dos nossos antepassados que, numa casquinha de noz, se lançaram por esse imenso mar oceano. Este assunto fez-me recordar o quanto temos desperdiçado esse mesmo mar oceano. Primeiro, destruímos a nossa frota pesqueira a troco de quase nada. Estávamos na década de 90, era primeiro ministro o sr. Silva. O mesmo que, agora Presidente da República, anda apregoando que temos que nos virar para o mar!
Estamos em «Ano Olímpico»: não tarda, desta vez em Londres, iniciar-se-á mais uma Olimpíada Moderna. Talvez valha a pena, como temos feito nesta «Raia da Memória», tentarmos estabelecer mais algumas relações passado-presente.
Durante quatro horas a China finalmente revelou ao mundo, a cerimónia de abertura das olimpíadas de 2008, para a qual já treinava há vários meses.
Durante estes momentos históricos o mundo parecia finalmente perfeito. Com beleza e sensibilidade a China conseguiu contar e mostrar a sua grandiosidade histórica, com mais de cinco mil anos. Dentro do estádio estiveram cerca de 90 mil espectadores que foram premiados com o paraíso por «apenas» 284 euros.
Estiveram presentes no estádio Olímpico «O Ninho de pássaro» 90 chefes de Estado. Talvez este ninho seja uma forma simbólica de a China dizer que neste berço está também a nascer uma nova China com uma forma diferente de estar no Mundo.
A glória e o orgulho desta pátria milenar foi invocada, como só os chineses o sabem fazer, através de imagens belas, cheias de sensibilidade e graciosidade. A escrita, a dança,e a ópera, acompanhadas de coreografias sumptuosas. Também o piano tocado por Lang-Lang fez parte desta festa com cerca de 15 mil figurantes e 248 voluntários que tiveram a responsabilidade de deslumbrar o Mundo.
Desfilaram 204 delegações, num clima de união entre os povos. A delegação portuguesa foi liderada por Nelson Évora, especialista na modalidade de triplo salto, que transportou orgulhosamente a nossa bandeira.
Londres em 2012 vai ter «trabalhos dobrados» como se diz em bom português para conseguir igualar.
O blogue Capeia Arraiana não pode deixar de transmitir aos nossos atletas que participam neste certame, o reconhecimento pelas milhares de horas de treino, de suor de sacrifício para que a nossa prestação seja um orgulho nacional. Os nossos parabéns, um grande Bem Haja e Força Portugal.
aps