A aldeia de Terreiro das Bruxas, no concelho do Sabugal, viveu momentos de muita «magia» durante três dias com o «Bruxas à Solta 2024». Reportagem da Local Visão Tv da Guarda.


Está patente ao público, na Galeria de Arte do Paço da Cultura, na Guarda, uma exposição denominada «Morcela da Guarda – Tradição, Saber e Sabor». A mostra, cujo catálogo (bilingue) contém um texto da autoria do sabugalense Paulo Leitão Batista, é uma iniciativa da Câmara Municipal da Guarda e da Pró-Raia.
A exposição denominada «Morcela da Guarda – Tradição, Saber e Sabor» é uma iniciativa da Câmara Municipal da Guarda, contando com o apoio da Pró-Raia, e tem por objectivo enaltecer um dos mais genuínos e característicos produtos gastronómicos da região. Através de registos fotográficos e videográficos percorrem-se os caminhos da memória para se reviver a tradição das matanças do porco, que ainda há uns anos aconteciam nas aldeias, onde todas as famílias cevavam e matavam um «marrano» para dele retirarem alimento para todo o ano.
O porco era a mantença da casa, na medida em que fornecia carne e enchidos, que todos a apreciavam, confeccionados segundo os saberes que foram transmitidos em gerações sucessivas.
A partir do sangue retirado no momento da matança confeccionava-se um dos mais genuínos enchidos portugueses: a morcela. A da Guarda há muito que adquiriu nome e estatuto, sendo uma das mais apreciadas do país.
O catálogo da exposição contém textos de dois estudiosos das tradições regionais: Paulo Leitão Batista e Norberto Gonçalves. O primeiro, que também é chanceler da Confraria do Bucho Raiano, do Sabugal, escreve sobre a morcela enquanto primeiro enchido da matança, e aborda temáticas como «a ceva do marrano», «o tempo das matanças», e a própria «confecção das morcelas». Já Norberto Gonçalves apresenta um texto intitulado «De faca e alguidar», através do qual descreve o antigo ritual da matança.
O catálogo é de edição bilingue (português e inglês), e os textos são enquadrados por um conjunto de fotografias colhidas numa matança à antiga feita numa aldeia do concelho da Guarda. O vistoso e bem concebido catálogo contém ainda um conjunto de receitas modernas em que a morcela é o ingrediente principal.
No acto de inauguração da mostra, o presidente do Município da Guarda, Joaquim Valente, assumiu que uma das formas pelas quais a edilidade egitaniense irá defender o seu produto gastronómico de excelência será através da criação da Confraria da Morcela, que a Câmara irá apoiar.
Porém o primeiro passo para o lançamento da futura Confraria da Morcela da Guarda está dado e, para isso, nada melhor do que ter chamado a escrever o catálogo da exposição o chanceler da Confraria do Bucho Raiano.
A exposição, inaugurada no dia 12 de Julho, pode ser visitada até ao dia 15 de Setembro, de terça a sábado, das 14 às 20 horas.
Reportagem da LocalVisão Guarda. Aqui.
E porque sempre achei ridículas as falsas humildades aqui deixo um público louvor à enorme qualidade do texto do catálogo da exposição da autoria do Paulo. E só ficou por fazer a tradução para castelhano…
jcl
O mérito de Américo Rodrigues foi reconhecido e premiado sob a forma de diploma e medalha de mérito cultural. Reportagem da jornalista Sara Castro com imagens de Andreia Marques/Miguel Almeida da Redacção da LocalVisãoTv (Guarda).
«Imagem da Semana» do Capeia Arraiana. Envie-nos a sua escolha para a caixa de correio electrónico: capeiaarraiana@gmail.com
Data: 25 de Abril de 2011.
Local: Café Concerto do TMG-Teatro Municipal da Guarda.
Autoria: Direitos Reservados.
Legenda: A ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas entrega o Diploma e a Medalha de Mérito Cultural ao director do TMG, Américo Rodrigues, tendo por testemunhas o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Joaquim Valente e o governador civil da Guarda, Santinho Pacheco.
jcl
Os troços das auto-estradas A23 e A25 que contornam a cidade da Guarda não vão ter portagens pagas. Uma decisão tomada pelo Ministério das Obras Públicas por proposta do presidente da Câmara Municipal da Guarda.
O primeiro Festival da Memória Sefardita que se realizará em Novembro na Guarda está a ser promovido pelo Turismo Serra da Estrela com a presença das autarquias de Belmonte, Guarda e Trancoso na Feira Internacional de Turismo do Mediterrâneo, na cidade israelita de Tel Aviv.
O objectivo é sair do mapa de Espanha, criando Portugal, assim uma identidade própria, criando uma nova oferta no turismo judaico.
A delegação é constituída por Jorge Patrão, presidente da Turismo Serra da Estrela, os presidentes dos municípios de Belmonte, Amândio Melo, de Trancoso, Júlio Sarmento, e da Guarda, Joaquim Valente, pelo director da agência de viagens Alegretur, Isaac Assor (membro da Comunidade Judaica), jornalistas e técnicos da Turismo Serra da Estrela.
Isaac Assor não tem dúvidas de que «existe aqui um potencial grande que pode ser desenvolvido tendo em conta que em Belmonte existe uma Comunidade Judaica, de raízes ancestrais, ainda viva e activa, além do Museu Judaico (único no país), a Judiaria (bairro judeu) e a Sinagoga Beit Eliau (Casa de Elias) mas também em Trancoso onde esta em curso o processo de construção do Centro de Estudos Isaac Cardoso (médico, filosofo e escritor, nascido nesta cidade em 1603 filho de cristãos novos, entre outras obras das Excelências e Calúnias dos Judeus publicado em Amesterdão em 1678) além da sua extensa Judiaria e a Guarda onde vai ser instalado o Memorial dedicado ao Cônsul de Bordéus, Aristides Sousa Mendes, e pelo facto de ali existir uma Judiaria de origem medieval».
Jorge Patrão realçou a «importância que a componente do turismo judaico, em alternativa à neve, sazonal, pode ter no contexto do turismo regional mas também de impacto nacional e internacional, até porque em toda a região, sobretudo em Belmonte, Trancoso e Guarda, os testemunhos são muitos e o património material e imaterial é abundante».
No ano passado, o Museu Judaico de Belmonte recebeu 17 840 visitas, mais 16 por cento que no ano anterior. Destes visitantes, dez por cento eram judeus oriundos de países como Israel, Estados Unidos da América, Brasil e Canadá.
O primeiro Festival da Memória Sefardita realizar-se-á de 1 a 7 de Novembro no Teatro Municipal da Guarda, com actividades em Belmonte, Trancoso e dois dias com data a definir, em Lisboa.
O programa inclui conferências dedicadas à história sefardita com especialistas internacionais, actividades ligadas à música e cultura judaica e abertura de novos equipamentos ligados à temática.
Para Trancoso está prevista a inauguração do Centro de Estudos Isaac Cardoso e na Guarda deverá ser inaugurado um memorial a Aristides de Sousa Mendes. Previsto está ainda a apresentação de novos produtos kosher da região.
aps