Acaba de ser lançada a segunda fase de candidaturas ao Programa de Investimento em Territórios de Baixa Densidade, a qual está a decorrer até 31 de Março de 2019. O investimento em imobiliário tem agora condições mais vantajosas.
Criar condições para que os empresários já instalados no concelho do Sabugal expandam a sua actividade e para atrair outros investimentos, é algo fundamental para a sustentabilidade económica e social deste território do interior do País.
A firma sabugalense Ricardo & Ricardos inaugurou novas instalações, sitas na entrada do Sabugal, na estrada da Guarda.
As novíssimas instalações da empresa sedeada na Aldeia de Santo António, foram construídas de raiz e ocupam um espaço amplo, com óptima localização, ao lado da rotunda onde foi instalado o monumento evocativo à Batalha do Sabugal.
Trata-se de um espaço comercial com zonas de armazenagem, que seguiu um projecto arquitectónico que se enquadra na perfeição ao espaço envolvente. Evitando a tradicional forma rectilínea, as instalações, sem perderem funcionalidades, têm uma forma exterior estilizada, o que representa uma inovação a nível regional.
Trata-se sobretudo de um espaço multifuncional, com área comercial, armazém (coberto e ao ar livre), escritórios, restaurante e parques de estacionamento.
O mérito é da família Ricardo, constituída por gente trabalhadora e empreendedora que com este projecto decidiu investir no Sabugal mais de um milhão e meio de euros, apostando no reforço da sua projecção comercial na região. Outra aposta que o novo espaço potencia é a da afirmação do franchising Big Mat, que a firma sabugalense representa e que se baseia num conceito de loja de materiais de construção, ferramentas, bricolage, decoração e jardim. O Big Mat disponibiliza nas novas instalações uma gama de produtos totalmente adaptada às necessidades e às exigências da população da localidade onde se insere. O novo espaço permite a optimização da superfície de venda, em loja multifuncional, garantindo uma grande facilidade na escolha, dentro da ideia de maior proximidade para com o cliente.
O Big Mat é um grupo francês muito implantado em Espanha, que escolheu o Sabugal e Chaves, no Norte, para iniciar o seu lançamento em Portugal.
É de grande importância para a região este investimento da prestigiada firma sabugalense Ricardo & Ricardos, que para mais ocorre em tempo de crise, numa aposta em contra-corrente, dando um importante sinal de confiança na capacidade da região em expandir a economia, criando condições para o desenvolvimento.
O investimento é inteiramente privado e não beneficiou dos tão procurados financiamentos a fundo perdido, constituindo pois um risco que os empresários correm por sua conta.
plb
A edição de hoje, 9 de Junho, do Diário de Notícias, revela que muitos empresários espanhóis estão a voltar-se para os parques empresariais da raia portuguesa, dando como exemplos o que se passa no Alto Minho, em Barrancos, Figueira de castelo Rodrigo e Sabugal.
Segundo aquele jornal diário, a falta de interesse dos empresários portugueses em fazer investimentos nas zonas de fronteira está a ser compensada pela aposta dos espanhóis. Tal facto conduz a que grande parte dos parques industriais e áreas de negócios criados por autarquias raianas comecem a ser ocupados por empresas sedeadas do outro lado da fronteira.
Um dos exemplos citados é o do Centro de Negócios Transfronteiriços do Soito, no concelho do Sabugal. A infra-estrutura, que adaptou para área de fixação empresarial uma antiga fábrica de refrigerantes, desactivada em 1994, pretende atrair empresas portuguesas e espanholas, aproveitando a localização junto à fronteira e as boas acessibilidades existentes. O jornal refere mesmo que o presidente Manuel Rito tem divulgado o projecto anunciando como vantagens competitivas a diminuição das rendas de instalação, associada à criação de postos de trabalho.
Para além do caso do Sabugal citam-se outros exemplos reveladores desta estratégia de captação de investimento espanhol através da cedência de terrenos e espaço em infra-estruturas a preços quase simbólicos, menor carga fiscal, mão-de-obra mais barata e os bons acessos rodoviários à fronteira. Isso passa-se em vários municípios do Alto Minho, onde os empresários espanhóis, empurrados pela excessiva concentração industrial na Galiza, são atraídos pelas condições vantajosas oferecidas pelas autarquias portuguesas.
A sul é Barrancos que dá cartas. A câmara local já tem três empresários espanhóis interessados em instalar-se no segundo parque industrial do concelho, que está ainda em construção. Com o investimento esperado poderão criar-se mais de uma centena de postos de trabalho naquele concelho alentejano, que tem apenas dois mil habitantes.
Espanha está também no horizonte de Figueira de Castelo Rodrigo, cuja Câmara está a criar um ninho de empresas para atrair profissionais liberais dos dois lados da fronteira.
plb