:: ACONTECIMENTO DO ANO – A TRAGÉDIA DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS :: :: O Capeia Arraiana escolheu como Acontecimento do Ano 2017,a calamidade dos incêndios que tiveram uma dimensão trágica. Pelo menos 115 pessoas morreram em fogos florestais, com expressão maior em Pedrógão Grande, onde a calamidade começou. O concelho do Sabugal não ficou livre desta desgraça, tendo-se registado a morte de uma pessoa no Terreiro das Bruxas, quando lutava contra as chamas.
Os incêndios florestais são uma inevitabilidade, isto é, acontecerão sempre. O problema é a dimensão que os mesmos podem atingir e, aí, muito se pode e deve fazer.
A necessidade de alertar as populações para o perigo de incêndio no verão que se aproxima levou a GNR, através do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) a executar um programa de prevenção que passa por diversas sessões de esclarecimento, que também passam pelo concelho do Sabugal.
O Comandante Territorial da GNR da Guarda, coronel José Manuel Monteiro Antunes, divulgou um comunicado onde dá conta das acções implementadas com o objectivo de atingir uma diminuição dos fogos florestais e da sinistralidade rodoviária no distrito.
No referente aos incêndios florestais, destacam-se acções preventivas como as Primeiras Jornadas sobre «Preservação de Recursos Hidricos e Florestais» e a 65 acções de esclarecimento e sensibilização das populações em todo o distrito (entre Outubro de 2009 e Maio de 2010).
É conferida expressão especial às três semanas de esclarecimento, levadas a efeito entre os dias 12 e 30 do de Julho em diversas freguesias do Concelho do Sabugal, «um trabalho de parceria que envolveu a GNR, os Bombeiros Voluntários e a Camara Municipal, num esforço suplementar para que se tente evitar que se repita no corrente a dimensão dos fogos florestais naquele Concelho em 2009».
Por outro lado, adianta o comunicado, o Comando Territorial desencadeou acções de fiscalização, «visando comportamentos reveladores de desrespeito de normas legais, nomeadamente no que respeita à obrigatoriedade de limpeza de matos», tendo como resultado a elaboração de 550 autos de contra-ordenação desde o início do ano .
«Sublinhe-se o facto de o Comando Territorial ter definido, na semana transacta (de 2 a 8 de Agosto), como actividade prioritária em todo o Distrito, a fiscalização de tapa-chamas e de extintores em máquinas agricolas, de fogueiras e queimadas, e de limpeza de mato em volta de povoações, de edificações dispersas e da rede viária, tendo executado 82 acções de fiscalização que resultaram no levantamento de 33 autos de contra-ordenação», sublinha o comandante.
Ainda no âmbito da intensa actividade preventiva, a GNR empenhou-se na implementação, em todo o distrito, de 17 postos de vigia, na criação um dispositivo de vigilância móvel em todo o Distrito, em acções de vigilância de individuos já identificados como autores de fogos florestais e de outros que se tornaram suspeitos.
«Por fim, apraz registar, com agrado, a colaboração que cidadãos anónimos vêm prestando às acções de vigilância e de investigação em curso, revelando que a segurança de pessoas e bens e, neste caso particular, a tarefa de preservação da floresta (riqueza inestimável para as gesrações futuras) depende de todos».
O comunicado também dá conta da preocupação da GNR com a sinistralidade rodoviária, dado o habitual acréscimo de acidentes no período de Verão. «Os números falam por si: nos sete primeiros meses do ano (de Janeiro a Julho) foram registadas em todo o distrito 5 vitimas mortais, mas bastou a primeira semana de Agosto para, lamentavelmente, se registarem 3 mortes».
Face a esta crua realidade o Comando Territorial irá desenvolver acções de fiscalização nas zonas de maiores fluxos de trânsito, para prevenir e reprimir os comportamentos que potenciam o aumento da sinistralidade, «nomeadamente a condução sob o efeito do álcool e de estupefacientes, o excesso de velocidade, o uso de telemóvel durante a condução, a falta de uso do cinto de segurança, a falta de uso de capacete de protecção em veículos de 2 rodas e motos 4, as ultrapassagens irregulares, a não cedência de prioridade, a falta de inspecção e a falta de seguros dos veículos».
O coronel José Manuel Monteiro Antunes termina o seu comunicado sobre os incêndios e a sinistralidade rodoviária com um apelo: «Contamos com todos para preservar o ambiente e a natureza e para que se evitem os acidentes e as suas trágicas consequências no nosso Distrito».
plb