Olho os jovens africanos e talvez, também, asiáticos que, por esta altura, tentam passar da Itália para França, atravessando os Alpes, não imaginando os perigos da neve e das temperaturas extremas que os podem conduzir à morte.

Aqueles povos que um dia foram escravizados por negreiros europeus e americanos, estão agora a quebrar as grilhetas e a invadir as grandes cidades europeias à procura de trabalho e de pão, coisas que não encontram na terra deles. Temos o direito de lhes negar isso? Creio que não. Quantos europeus, portugueses, espanhóis, italianos, alemães e irlandeses saíram ao longo dos séculos das suas pátrias procurando fortuna numa qualquer terra de promissão?