O ministro da Saúde admitiu o encerramento e fusão das maternidades do país onde se registam menos de 1.500 partos por ano, situação que abarca a Unidade Local de Saúde da Guarda, que se encontra muito aquém desse número.

Para Paulo Macedo «As maternidades que tiverem menos de 1.500 partos por ano, de acordo com os indicadores da organização Mundial de Saúde, não deveriam estar a funcionar», o que o levou a admitir que essas unidades terão de encerrar e fundir-se com outras que lhe confiram dimensão.
Face à situação, a agência Lusa colheu ontem, dia 9 de Novembro, na Guarda, alguns testemunhos de grávidas, que se mostraram muito preocupadas com a possibilidade da maternidade local, que funciona no Hospital Sousa Martins (HSM), encerrar.
As grávidas que estão a ser acompanhadas no serviço de obstetrícia do HSM disseram que encaram esse cenário com muita apreensão.
Os mais recentes dados da Direcção Geral da Saúde (DGS), referentes a 2009, indicam que a maternidade do HSM registou 690 partos, facto que a coloca na rota do encerramento.
As grávidas abordadas pela Lusa temem que venham a necessitar de se deslocar «para bastante longe» para terem os filhos. O facto do HSM estar a receber obras de ampliação e de modernização, aliado ao facto de dispor de «bons médicos e de bons profissionais de saúde», levantam estranheza na intenção ministerial.
«Espero que o senhor ministro tenha o bom senso de não nos retirar mais este serviço que funciona em pleno», disse à Lusa a grávida Manuela Chagas, de 38 anos, que está a ser seguida no HSM.
«Se já tanta gente foge da Guarda, porque não temos grandes coisas, se fecha a maternidade, acho que também vai ser prejudicial para a Guarda», disse por sua vez Ana Marques, de 34 anos, outra grávida da cidade.
plb