Dizíamos há dias aqui no Capeia que o caso da expulsão dos judeus de Portugal era um daqueles em que a historia precisava ser reparada. Hoje dizemos que esse momento demorou a chegar mas chegou e a reparação foi concretizada.

Sendo o presente instantâneo, estamos limitados na nossa vida a dois intervalos temporais – O Passado e o Futuro. Só conhecendo o passado podemos decidir como caminhar para o futuro. Quanto melhor conhecermos a história no sentido mais amplo do termo, melhor preparados estaremos para construir o futuro.
O CERN (Centro Europeu de Investigação Nuclear) acaba de confirmar a existência do «bosão de Higgs» ou «partícula de Deus». Esta descoberta coloca a física no caminho para a compreensão das origens da matéria e da vida, demonstrando, mais uma vez, que não existem «ciências exactas», definitivas, acabadas. Toda a ciência está permanentemente «em construção», graças ao contributo de sucessivas gerações de cientistas. Newton dizia: «…vejo mais longe porque me sentei sobre os ombros de gigantes.»
O mundo em que vivemos está ameaçado. Pelas guerras, pela globalização selvagem, pelo aquecimento planetário e pela degradação ambiental, pelo esgotamento dos recursos. Mas existem também muitas razões para termos esperança no futuro. Carl Sagan, um dos mais notáveis divulgadores da Ciência, dizia que «os tempos mais gloriosos da Humanidade ainda estão para vir». Oxalá tenha razão.
Mais uma vez começo uma crónica com título emprestado, agora o da célebre canção popularizada por Liza Minnelli e Frank Sinatra, que retrata o fascínio exercido pela Big Apple sobre todos aqueles que a visitam e, principalmente, sobre os que nela moram. Na verdade, com todos os seus defeitos e os seus perigos, Nova Iorque é uma cidade única, apaixonante. Como dizia Fernando Pessoa acerca da coca-cola… «primeiro estranha-se, depois entranha-se».
O título da crónica com que hoje retomo o convívio dos leitores pedi-o emprestado a um admirável filme de Elia Kazan, que nos mostra a odisseia dos emigrantes europeus a caminho dos Estados Unidos, a nova «Terra Prometida», onde «corria o leite e o mel». Essa América da abundância e das grandes oportunidades, que, entre 1800 e 1990 acolheu mais de 80 milhões de imigrantes vindos de todo o mundo, incluindo muitos dos nossos antepassados raianos. Toda esta gente, somada aos que já lá se encontravam (os índios, quando os deixaram sobreviver) e aos que para lá foram levados à força (os escravos africanos), fizeram dos Estados Unidos da América o «melting pot» de que falam alguns sociólogos. Ou seja, um país onde convivem (nem sempre pacificamente) muitas e desvairadas gentes, de todas as etnias, de todos os credos e de todas as proveniências.
HISTÓRIA DA GASTRONOMIA – Como preâmbulo muito breve, quase a modo de intróito, podemos afirmar que o porco existe desde a Era Terciária, na África Central e na Era Quartenária em África e Europa divididos em duas famílias: a «sus scrofa» que dá origem ao javali e ao facoquero. (Continuação.)
HISTÓRIA DA GASTRONOMIA – Como preâmbulo muito breve, quase a modo de intróito, podemos afirmar que o porco existe desde a Era Terciária, na África Central e na Era Quartenária em África e Europa divididos em duas famílias: a «sus scrofa» que dá origem ao javali e ao facoquero. (Continua.)
Há um par de anos, num bem regado almoço com um grupo de colegas, classifiquei um tinto alentejano com uma expressão bem portuguesa: «Isto é cá uma pomada!» Logo um amigo que estava ao meu lado perguntou qual seria a origem de tal expressão. E, viciado como sou nas explicações de natureza histórica, iniciámos uma animada conversa sobre esta e sobre muitas outras «palavras com história». Existem muitos exemplos curiosos, alguns dos quais poderão ser interessantes para os leitores.