Durante a minha existência, nunca ouvi falar tanto e tantas vezes de guerra como nos dias de hoje. E, francamente, não vislumbro uma réstia de esperança para um tempo de paz. Quando mais a guerra dura, mais as negociações se amenizam.

Durante a minha existência, nunca ouvi falar tanto e tantas vezes de guerra como nos dias de hoje. E, francamente, não vislumbro uma réstia de esperança para um tempo de paz. Quando mais a guerra dura, mais as negociações se amenizam.
Estava-se em Abril de 1968. Recebi a Guia de Marcha para Penamacor, 1.ª Companhia Disciplinar. Não sabia que a terra de Ribeiro Sanches, médico militar, tinha aquela Unidade Militar, junto à fronteira com terras castelhanas. Solicitei um quartel em Lisboa e suas periferias e recambiaram-me para a fronteira.
O nosso Homem chama-se António Alfredo Marques Fernandes Campos. Encontramo-nos num café perto do Hospital de Castelo Branco, onde a nossa sogra aguarda o fim do sofrimento nos cuidados paliativos… «A Sorte Protege os Audazes» (Lema dos Comandos).
Estamos em Janeiro de 1967, o nosso Homem vai para Mafra cumprir o serviço militar, interrompendo os estudos. Três meses depois passa pela Escola Prática de Artilharia, é reclassificado e, por sorte, vai frequentar o Curso da Administração Militar no Lumiar. Feito o pedido para ficar na zona de Lisboa, onde tinha toda a família, o nosso Homem é recambiado para a 1.ª Companhia Disciplinar de Penamacor, para lá chegar demorou um dia entre comboio e autocarro. Chega a «peluda», chega a guia de marcha, está a caminho da Guiné no Uíge.