Ante o espectro de uma guerra nas colónias africanas, o regime decidiu preparar-se militarmente para o novo desafio. Kaúlza de Arriaga, então Subsecretário de Estado da Aeronáutica, propôs a Salazar uma estratégia militar que deixou o ditador estupefacto.
Parti em rendição individual em fins de Outubro/1968, regressei em Dezembro/1970, vinte e sete meses de estadia na Guerra na Guiné-Bissau.
O meu plano é trazer aqui um resumo dos 38 meses e 11 dias da minha tropa: desde 21 de Julho de 1971 (entrada no Curso de Oficiais Milicianos da Escola Prática de Infantaria de Mafra) até 2 de Outubro de 1974 (aterragem no aeroporto militar de Lisboa, vindos de Luanda). Trarei apenas episódios marcantes, nunca esquecidos, que dormem acordados nos recantos da minha memória.
Estava-se no tempo das chuvas que a mãe natureza africana nos oferecia. Felizmente, talvez por ser a grande noite, a noite da Boa Nova, não choveu.
Um casteleirense que teve a honra de poder ajudar a acabar com a guerra colonial? Um casteleirense que, faz agora 42 anos (no momento em que escrevo) estava sujeito a levar uma «bazookada» a qualquer momento – e que há 42 anos (no momento em que você me lê) estava em paz e sem perigo nenhum? Sim, e se me ler ainda o surpreendo mais – bastante mais. OK?
:: :: 4 FEVEREIRO 2016 :: :: O Capeia Arraiana publica diariamente as efemérides mais relevantes de cada data… Hoje destacamos o rebentar da guerra colonial portuguesa, em 1961.
