A presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, em declarações ao Diário de Notícias de sábado, 15 de Maio, anunciou que «já não vai haver complexo social de 60 milhões de euros do Grupo Existence».

Existence, SAA edição de sábado, 15 de Maio de 2010, do Diário de Notícia, publica declarações da presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque onde se pode ler que «o complexo médico-social Ofélia Club, anunciado em Abrantes como sendo um investimento de 60 milhões de euros não vai ser construído, defraudando as expectativas criadas».
O projecto apresentado em 2007 em Abrantes pelo Grupo Existence apontava para a construção na encosta norte da cidade de um edifício central e mais 11 edifícios, com 1560 camas, bercário, piscinas e restaurantes que permitiriam a criação de 500 postos de trabalho. O investimento na área dos cuidados de saúde de qualidade apresentava, na altura, como público-alvo o mercado escandinavo.
O fim do projecto foi anunciado por Jorge Ferreira Dias e confirmado por Maria do Céu Albuquerque que aproveitou para declarar que «a autarquia fez tudo o que podia para viabilizar o Ofélia mas, o que é certo, é que já lá vão três anos e o negócio não foi concretizado nem nunca fui contactada pelo Grupo Existence».
Recorde-se que um empresário de Abrantes, Jorge Ferreira Dias, de 53 anos, foi notícia primeiro porque durante cerca de dois anos não desfez a barba e depois por tentar entrar de burro nos Paços do Concelho para denunciar a perseguição constante aos projectos das suas empresas. A polícia, chamada ao local, impediu a entrada do burro no edifício não conseguiu demover o empresário de lavrar por escrito o seu protesto ao longo de duas horas no livro de reclamações da autarquia.
O empresário de construção civil declarou na altura que tinha uma situação de «absoluta asfixia financeira em consequência do negócio da venda de um terreno em Abrantes para instalar o complexo médico-social Ofelia Clube» e do qual nunca viu «um cêntimo».
«Não corto a barba há dois anos em protesto e só farei quando receber os 2,5 milhões de euros que me são devidos pela venda de terrenos ao Grupo Existance», afirmou em 2009 o empresário à agência Lusa.
jcl