Quem comtemple um lugar ou uma paisagem poderá colher perceções capazes despertar e instigar o que tem dentro de si. Será, depois, possível implementar a divulgação.
Engendrar uma crónica faz-me lembrar uma quase conversa a dois, entre quem escreve e quem lê. Aliás, quando redijo, ideio alguém perante mim, como que um vulto de rosto indefinido, que me escuta e que gosta ou desgosta.
Alguém, um dia, oferecendo-me uma caneta, dizia: «Isto não é uma prenda. É um utensílio para escrever.» Era uma caneta encarnada, quase marron. Dois ou três fios de ouro longitudinais estampavam-lhe elegância e finura fazendo dela a minha caneta preferida.
Escrevemos quando queremos comunicar alguma coisa. A comunicação através da escrita tem um carácter duradouro que a comunicação oral não pode ter. Por isso, escrevemos ou “teclamos” para comunicar o que de boca não conseguimos dizer com a mesma abrangência.