Era Domingo de Ramos. Normalmente ia à Sé Catedral do Dundo. Na saída sempre via gente conhecida e podia durante uns instantes falar um pouco sobre temas circunstanciais. Estar longe de casa vai ficando «duro», principalmente nas épocas festivas e procurava «furar» para conhecer sempre mais alguém.
Na verdade, nunca acreditei que seria capaz de me libertar do estigma do embaraço da poesia. Mas o facto é que consegui e até escrevi num livrinho bem pequenino o rascunho que viria a ser publicado. O dia era triste, pese embora estivesse em Setúbal. Meu sogro estava a falecer e eu sozinho na esplanada do Allegro a transmitir sensações contrastantes de um desejo de partir e ficar.
Foi na verdade muito positiva esta minha experiência cultural em Angola. Devo muito à juventude que me acolheu como se fosse um pai. Falo de jovens com menos de trinta anos. Também ajudei o que pude, principalmente a Associação de Jovens Escritores de Angola e a Editora Arca Digital que, com muita pena minha, esmoreceu. Também não posso esquecer a «Livrolândia» que me atribui em 2021 o prémio de «Melhor escritor em Ebook».
Rosa, angolana de 44 anos, é a Zungueira de eleição da comunidade cubana do Dundo. Compra produtos nas lavras e fazendas, desde fruta a legumes, e vende na rua, no seu alguidar, ou bacia como se diz por aqui.
Ler MaisNo dia 27 de Março, faz oito meses que deixei a família e o nosso país. Nunca tinha estado tanto tempo fora, e encaro como mais uma experiência pessoal e voluntária. Como tudo na vida, muita coisa correu bem, mas outra nem tanto. Mas o ser humano sabe que o dia a dia é por si só, um desafio.
Ler MaisQuem diria que um Lobito, em 1971, do Corpo Nacional de Escutas viria a ser Dirigente, a 16 de novembro de 2019, na Fazenda do Dacosta, perto da cidade de Dundo, pela Assciação de Escuteiros de Angola. Obviamente sem o apoio da Junta Regional da Guarda, que publicamente agradeço, e de muitos irmãos escuteiros, dirigentes e fraternos, que sempre estiveram ao meu lado na concretização deste sonho. Dedico esta investidura ao Chefe Joaquim Alves Fernandes, irmão que sempre me ensinou e orientou na arte de saber ser escuteiro.
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