De 4 a 10 de Setembro, uma comitiva parte para os Estados Unidos da América para despertar o interesse dos principais mercados emissores de turistas pelo turismo do rio Douro e da Serra da Estrela. A iniciativa enquadra-se no projecto «Douro e Estrela – In Tourism», que continua na saga de elevar os níveis de notoriedade de uma região Património da Humanidade.
A Adega Cooperativa de Mêda retomou a actividade, três anos após o encerramento das suas instalações.
O Município de Mêda, fez todos os possíveis para recuperar financeiramente a Adega Cooperativa e para que a situação de falência fosse o mais rapidamente ultrapassada, sendo este o culminar de todos os esforços desenvolvidos junto dos diversos agentes envolvidos.
Na campanha deste ano, a Adega, além das uvas provenientes das zonas pertencentes à Região Demarcada do Douro, recebe também, nas suas instalações uvas provenientes de vinhas instaladas fora desta região, apresentando-se assim como uma mais-valia para os produtores que não possuem vinhas na região demarcada. Com a nova possibilidade de receber uvas de todo o concelho, cria-se uma enorme oportunidade de ajuda aos viticultores de todo o concelho, uma vez que antigamente a adega apenas podia aceitar uvas provenientes de 4 freguesias que pertenciam à Região Demarcada do Douro. Esta medida, visa promover o concelho como um todo, criando novas oportunidades de promoção, pois para além do «Vinho Fino» (nome dado aqui ao Vinho do Porto), também se produzem excelentes vinhos da Beira Interior e Vinhos de altitude. Podemos mesmo dizer que o concelho de Mêda se reveste de características geográficas/geológicas únicas.
O Município entende que a Adega Cooperativa é um pilar fundamental da vida económica do concelho e não podia ficar alheio às dificuldades que os agricultores/viticultores atravessam, especialmente em tempos de conjuntura como os que atravessamos hoje. Desta forma resta à Autarquia desejar uma boa época de vindimas a todos os agricultores e viticultores do concelho.
plb (com CM Mêda)
No domingo, dia 30 de Janeiro, às 15:00 horas, realiza-se uma sessão de esclarecimento no Auditório Municipal do Sabugal acerca do chamado Projecto das Cabras – Self-Prevention da Associação transfronteiriça Duero/Douro.

No passado sábado, dia 18 do corrente mês de Dezembro, os sócios do AECT reuniram, em Assembleia Geral, no auditório municipal de Mogadouro. Confesso que não esperava que tivessem marcado presença cento e quarenta associados.

A conceituada revista norte-americana, Wine Spectator, vai atribuir na edição de Maio 100 pontos ao Porto Dow’s Vintage 2007 do produtor Symington Family Estates. Ler Mais
O Conselho Sectorial de Servicios Sociales da AECT-Agrupación Europea de Cooperación Territorial Duero-Douro difundiu uma convocatória para uma reunião no dia 26 de Março de todos os membros no Centro Cívico dos Fóios, no concelho do Sabugal. Ler Mais
A 3.ª edição dos Roteiros Gastronómicos do concelho do Sabugal vai estar em destaque, na próxima quinta-feira no programa «Portugal em Directo» da RTP-1. Os sabores gastronómicos à disposição nos 13 restaurantes aderentes e o VI Almoço da Confraria do Bucho Raiano serão tema de conversa na reportagem assinada pelo jornalista Jorge Esteves. Ler Mais
A primeira rota turística de Figueira de Castelo Rodrigo vai ser lançada esta semana. Com folhetos em português, espanhol e inglês, a «Rota d’Alva e da flor da amendoeira» é a primeira de quatro que pretendem dar a conhecer o concelho a partir de Figueira de Castelo Rodrigo. O Passeio Ribeirinho, em construção, vai ligar o Rio Douro à foz do Águeda.
Onde fotografar? E o que fotografar?
A fotografia leva a percorrer quilómetros, leva-nos a conhecer hotspots fantásticos. Uma incessante busca dos melhores locais, com a melhor luz, com os melhores tons entre outros.
Recentemente estive na região do Douro, propriamente no Peso da Régua. Quem conhece, certamente saberá que é uma região de extremos, ora muito frio ora muito calor. Toda temática envolvente, desde as vinhas, lagares, o rio, romarias são óptimos pontos de partida para iniciar um projecto fotográfico.
Sendo inverno e com frio rigoroso, procurei a gare de comboios da Régua. Um lugar único e histórico. Encontrei um conjunto de carruagens velhas vandalizadas que serviram de temática e que agora partilho convosco.
«A Objectiva de…», galeria fotográfica de Pedro Afonso
Segunda-feira é dia de publicar a «Imagem da Semana». Ficamos à espera que nos envie a sua escolha para a caixa de correio electrónico:
capeiaarraiana@gmail.com
Local: Museu Municipal do Sabugal.
Legenda: Vinho Conde de Sabugal: produzido no Douro e à venda no Museu Municipal.
Autoria: Capeia Arraiana.
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A Câmara Municipal de Mêda e o Museu do Douro exibem até finais de Setembro na Casa da Cultura da Mêda a exposição «Marcos de Demarcação» inserida nas Comemorações dos 250 Anos da Região Demarcada do Douro.
O Museu do Douro desenvolveu um estudo acompanhado de um inventário do Património material associado à data da criação da Região Demarcada do Douro, a primeira Região Vitícola demarcada e regulamentada do mundo, criada por Alvará Régio de D. José I em 10 de Setembro de 1756.
O projecto de investigação levado a cabo pelos Serviços de Museologia do Museu, culminou na exposição Marcos da Demarcação e na publicação do inventário dos marcos pombalinos.
O presidente da Câmara Municipal de Mêda, João Mourato, salientou a importância deste evento cultural, de grande expressão e significado, por ter lugar num concelho que «embora sendo de transição, é também Douro nas freguesias de Meda, Longroiva, Poço do canto e Fontelonga, terras de produção do vinho fino ou vinho generoso, depois conhecido por Vinho do Porto».
O presidente do Município de Meda aproveitou a ocasião para reivindicar para Mêda um pólo do Museu do Douro tendo em conta a importância que o Vinho Generoso ou Vinho do porto tem na cultura e na economia das populações, apesar de este concelho não ter sido incluído aquando da demarcação da Região de produção pelo Marquês de Pombal.
O director do Museu do Douro, Maia Pinto (ex-director do Parque Arqueológico do Vale do Côa) comungou a opinião do Presidente da Câmara dizendo que «a Meda também é Douro» e que «para o desenvolvimento saudável de Portugal terá que se defender esta jóia que é o Vale do Douro».
Maia Pinto frisou que «é com esta relação que vamos cimentando o orgulho que criar o orgulho Duriense» que deve abranger os 21 concelhos integrados na Região Demarcada e para o que «vai ser desenvolvido um esforço no QREN – Quadro de referência Estratégica Nacional, por forma a desenvolver outras acções dinâmicas que façam do Museu do Douro algo com alegria, participação e cultura».
A exposição «Marcos de Demarcação» envolve cerca de 70 fotografias daqueles marcos delimitativos da então Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro distribuídas em três núcleos : Museu do Douro (Casa do Douro – Régua), Casa Municipal de Cultura de Mêda e na Casa do Desenho do pintor Júlio Resende.
aps
O Capeia Arraiana solicitou alguns esclarecimentos ao alcalde de Trabanca, Jose Luís Pascual Criado, sobre o projecto AECT–Duero-Douro a que faz referência José Manuel Campos, presidente da Junta de Freguesia dos Fóios, no seu mais recente artigo de opinião «Nascente do Côa».
O tema foi lançado pelo presidente da Junta dos Fóios, José Manuel Campos. O professor é um autarca atento e dinâmico, defensor das suas terras e das suas gentes, sempre decidido «a agarrar à galha» pelo bem da comunidade regional raiana. Assim, se o presidente fojeiro está disposto a empenhar-se é razão mais do que suficiente para aprofundarmos o tema junto dos seus mentores do Ayuntamiento de Trabanca que simpaticamente responderam às nossas questões.
O alcalde Jose Luís Pascual Criado começar por nos esclarecer que «a União Europeia reconheceu o fracasso da tentativa de incrementar a interligação e a efectiva cooperação das regiões transfronteiriças. Para alterar o rumo dos acontecimentos foi aprovado o Regulamento CE 1082/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, no dia 5 de Julho de 2006 que determina as normas de criação e de trabalho dos Agrupamentos Europeus de Cooperação Territorial (AECT’s)».
Para perceber melhor o que são as AECT’s vamos dividi-las em níveis de actuação constituídos por Regiões fronteiriças (CCDR com a Junta de Castilla y León e NUTT’s, com a Beira Interior Norte, Alto Douro e Salamanca), por entidades locais (Câmaras Municipais e freguesias), Associações e Entidades Públicas. Este Regulamento foi adoptado pela legislação de Portugal com o Decreto-Lei n.º 376/2007, de 8 de Novembro, e nos primeiros dias de 2008 pelo Governo de Espanha.
O território de trabalho de Duero-Douro AECT é «constituído pelos municípios e autarquias de Portugal e de Espanha que estão perto do Rio Douro, como Vila Nova de Foz Côa, Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta, os municípios do Parque Natural Douro Internacional e do Parque Natural das Arribes do Douro das províncias de Salamanca e Zamora», esclarece o autarca de Trabanca especificando que «o território do AECT possui umas características muito homogéneas, afastado dos núcleos de poder, com uma população envelhecida, elevada percentagem de despovoamento, infra-estruturas de má qualidade, rede saúde que não consegue abranger toda a população, um tecido empresarial muito fraco e uma realidade económica afastada dos indíces de desenvolvimento e crescimento da Península Ibérica, mas que tem potencialidades que bem trabalhadas podem ser um motor de desenvolvimento e crescimento económico e social das regiões transfronteiriças».
Produtos com elevada qualidade como queijo, vinho, azeite, carne e frutas, a água e as suas potencialidades, dois Parques Naturais, História e Cultura comuns, arte, artesanato, turismo e lazer… são apontados como a chave do projecto. Numa primeira fase mais urgente é importante obter ajudas para as autarquias e municípios do FEDER, FEOGA, INTERREG e do Fundo de Coesão para depois apoiar todas as candidaturas que se apresentem.
A terminar, o alcalde de Trabanca, é ainda mais abrangente afirmando que «os projectos de trabalho do AECT englobam todos aqueles que os seus associados considerem necessários, excepto os relativos às relações internacionais, a questões de segurança pública e polícia e do âmbito da Justiça».
O processo de criação deste Agrupamento inicia-se com um convénio de trabalho com elaboração dos estatutos e posterior aprovação por todos os membros do AECT e depois a Secretaria Técnica Conjunta para a Península Ibérica, sedeada em Badajoz, tem um prazo de três meses para efectivar a criação do Duero-Douro, AECT.
jcl
O AECT-Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Duero-Douro foi apresentado no auditório municipal do Sabugal por Jose Luís Pascual Criado, alcalde da localidade espanhola de Trabanca, próxima de Freixo de Espada à Cinta. O agrupamento irá incorporar os Ayuntamientos e Juntas de Freguesia interessados, desde Trás-os-Montes até ao concelho do Sabugal e pretende apresentar os projectos de desenvolvimento directamente a Bruxelas.
A Presidência do Município de Sabugal convocou todos os Presidentes de Junta para uma reunião, que teve lugar no auditório municipal, no dia 13 do corrente mês de Março, pelas 18 horas. Depois de um ligeiro atraso chegou ao palco um senhor espanhol para nos informar e esclarecer acerca de um «convénio de cooperação territorial» que vai ser integrado por Câmaras e Juntas, do lado português, e por ayuntamientos do lado espanhol.
O Agrupamento abrange a faixa raiana desde Trás-os Montes até ao concelho de Sabugal. Já tem personalidade jurídica própria e foi matriculado no registo do Ministério del Interior no dia 17 de Março de 2005 sob o número 584.709.
O senhor espanhol, atrás referido, chama-se Jose Luís Pascual Criado. É médico e alcalde de uma povoação que tem por nome Trabanca, próxima de Freixo de Espada à Cinta. Disse que sua localidade tem apenas 300 habitantes e reconheceu que a calamidade e a desgraça são comuns aos dois lados da fronteira.
Depois da apresentação foram-nos distribuídos os estatutos do AECT que me pareceram claros e objectivos e têm o seguinte cabeçalho: «Convénio de Cooperação Territorial Europeia entre os Membros da Espanha e Portugal, pelo que se institui o Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Duero-Douro»
O alcalde Jose Luís esforçou-se por esclarecer todos os presentes. Comunicou-nos que os futuros projectos de desenvolvimento serão apresentados directamente a Bruxelas sem que tenham que ser filtrados pelos governos de Portugal e Espanha.
Informou, também, que no próximo dia 5 de Abril haverá uma reunião, em Trabanca, onde deverão estar presentes todos os Ayuntamientos e Juntas de Freguesias que decidam incorporar o AECT.
Na qualidade de Presidente de Junta de Foios – freguesia raiana – fiquei encantado com o que vi, li e ouvi. Este agrupamento, ou associação, já anda na minha mente há muitos anos. Com os amigos e alcaldes vizinhos já muitas vezes analisámos e discutimos estas matérias. Acontece, porém, que quando sonhávamos não era tão alto. Mas ainda bem que surgiram outros autarcas a tornar realidade a nossa intenção. Verifiquei, com agrado, que o AECT é muito mais abrangente que aquele que andava nas nossas mentes. Mas por ser abrangente mais me entusiasma.
Todos sabemos que a zona fronteiriça – Portugal e Espanha – é a mancha negra e a parte mais atrasada de toda a Europa comunitária. Nunca tivemos força nem união para gritar bem alto a razão que nos assiste. Tenho fé e esperança que o AECT ainda venha a tempo. Mas para que possa ter a força e a razão é necessário, conveniente e mesmo imperioso que nos unamos.
Na minha opinião esta é uma oportunidade que não deveremos desperdiçar. Quando o alcalde José Luís nos transmitiu que a quota anual será no valor de mil euros todos achámos bastante elevada. Lá dentro do auditório ninguém se manifestou mas quando saímos ouviram-se algumas vozes discordantes. Acontece que depois de termos trocado algumas impressões acabaram por chegar à conclusão que poderá valer a pena. Eu não tenho dúvidas. Já não temos mais nada a que nos possamos agarrar. A maldita desertificação já tomou conta de nós. Somos cada vez menos. Mas saibamos, apesar de tudo, ser homens de fé e de esperança. Saibamo-nos unir e organizar e talvez consigamos inverter a tendência. Que fique bem claro que eu, pessoalmente, não tenho qualquer interesse em que as Juntas adiram ou não a este agrupamento. Eu apenas dou a minha opinião. Cada Junta é livre e soberana para integrar ou não o agrupamento.
Na sexta-feira estive em Navasfrias com Celso Ramos, alcalde desta localidade, e conversámos sobre este assunto. Ele disse-me que tem participado em muitas reuniões e que já está esclarecido. Mas mesmo assim só segunda feira, dia 17, entregará os documentos de adesão. Acrescentou que todos temos a ganhar com esta associação porque se lhe afigura que será uma comunidade com bastante poder para levar por diante a concretização de projectos integrados que poderão e deverão ajudar a desenvolver a parte mais atrasada de todo a Europa comunitária. Assim seja.
Pela parte que me diz respeito informo que solicitei ao Presidente da Assembleia de Freguesia a marcação de uma reunião extraordinária, para apresentar o assunto a todos os membros e desde que tenhamos luz verde, da assembleia de freguesia, como sinceramente espero, assinaremos todos os documentos e no dia 5 lá estaremos na assembleia geral que se vai realizar em Trabanca.
Viva a Raia, Viva la Raya.
«Nascente do Côa», opinião de José Manuel Campos
jmncampos@gmail.com