Voltamos às notas deixadas por Joaquim Salatra, que relatam a sua vida em Lisboa, morando na Rua de Arroios e trabalhando na Repartição de Cadastro da Caixa Geral de Depósitos na Rua da Emenda.
Um velho e bafiento maço de papéis encontrado numa antiga habitação em Arroios, Lisboa, regista, a modo de «diário», o quotidiano de um homem simples que da província rumou a Lisboa onde viveu entre paradoxos e incompreensões.
Há uma vintena de anos, aquando da remodelação de um antigo apartamento em Arroios, Lisboa, descobriu-se entre os despojos um velho e bafiento maço de papéis, uns manuscritos, outros batidos à máquina. O proprietário da habitação passou os olhos pelo conteúdo do pequeno volume, ali deixado pelo antigo inquilino, e achou por bem guardá-lo, evitando que acabasse no contentor do entulho.