Emigrar é uma opção pessoal, muitas vezes, quase que obrigatória, para quem quer trabalhar no seu país e não encontra emprego. Os milhares que emigraram desde a década de 60 do século passado até hoje, faziam-no quase que de forma incógnita.

Sempre tive a ideia de que o Instituto do Emprego e Formação Profissional tinha uma outra génese daquela que, efectivamente, exerce. Sempre pensei que este instituto estava vocacionado para um encaminhamento dos desempregados para um possível emprego. Gerindo ofertas de empregos e, consequentemente, de desempregados. Desta forma, proporcionava formações que tivessem consequência com o mundo do trabalho. Talvez, até, fosse esse o objectivo! Contudo, aquilo que observo é estranho. Contraditório.
O sr. Presidente da República acaba de aprovar o novo código do trabalho, ou melhor, o novo código do desemprego. O presidente diz que não encontrou razões claras de inconstitucionalidade e que não houve, da parte dos deputados, grande oposição.
Passos Coelho há uns tempos proferiu umas palavras nada abonatórias para com os desempregados. É natural, a sua «ideologia» tem como base o desrespeito pelos valores sociais e humanos, sendo assim, os desempregados não o preocupam. Para o Neoliberal só existe o poder financeiro e empresarial. Com este pensamento assim está a Europa e Portugal.
O Eurostat (Gabinete de Estatística da União Europeia) divulgou no passado dia 1 de Dezembro a taxa de desemprego nos vários países da União, relativa ao mês de Outubro de 2009, registando Portugal um das maiores taxas de desemprego: 10,2%.