A historiadora sabugalense Maria Máxima Vaz apresenta este domingo, 9 de Outubro, no Mosteiro de São Dinis e São Bernardo, em Odivelas, a sua mais recente obra «Por Terras de El Rei D. Dinis». O livro vai ser apresentado pelo dr. Paulo Alexandre Loução e é editado pela Chiado Editora especialista na publicação de autores portugueses e brasileiros contemporâneos sendo neste momento a maior editora em Portugal neste segmento.
Foi há 20 anos que se realizou no Sabugal o Congresso comemorativo do sétimo centenário dos forais do Sabugal e de Vilar Maior, evento que durante três dias evocou a história do concelho nas suas diferentes vertentes.
Uma política de desenvolvimento do Interior do País apenas será eficaz se levar à adopção de medidas diferenciadoras de largo alcance – um bom ponto de partida é olharmos para os privilégios concedidos ao Sabugal pelo foral dionisino outorgado há 720 anos.
:: :: 20 JANEIRO 2016 :: :: O Capeia Arraiana publica diariamente as efemérides mais relevantes de cada data… Hoje destacamos a decisão de D. Dinis em invadir Riba Côa, em 1296.

:: :: 7 JANEIRO 2016 :: :: O Capeia Arraiana publica diariamente as efemérides mais relevantes de cada data… Hoje destacamos a morte o rei D. Dinis, em 1325.

:: :: EFEMÉRIDES 2015 :: 27 DE NOVEMBRO :: :: O Capeia Arraiana publica diariamente as efemérides mais relevantes de cada data… Hoje destacamos a concessão de foral à Guarda, em 1199, e a Vilar Maior, em 1296.

:: :: EFEMÉRIDES 2015 :: 9 DE OUTUBRO :: :: O Capeia Arraiana publica diariamente as efemérides mais relevantes de cada data… Hoje destacamos o nascimento do rei D. Dinis, em 1261.

:: :: EFEMÉRIDES 2015 :: 10 DE SETEMBRO :: :: O Capeia Arraiana publica diariamente as efemérides mais relevantes de cada data… Hoje destacamos a concessão de foral a Pinhel por D. Dinis, em 1320.

:: :: EFEMÉRIDES 2015 :: 15 DE ABRIL :: :: O Capeia Arraiana publica diariamente as efemérides mais relevantes de cada data… No dia 15 de Abril destacamos a última visita do rei D. Dinis ao Sabugal, em 1308, e a beatificação da Rainha Santa Isabel, esposa de D. Dinis, em 1516.

:: :: EFEMÉRIDES 2015 :: 1 DE MARÇO :: :: O Capeia Arraiana publica diariamente as efemérides mais relevantes de cada data… No dia 1 de Março destacamos a inauguração da Barragem do Sabugal no ano 2000.

:: :: EFEMÉRIDES 2015 :: 7 DE JANEIRO :: :: O Capeia Arraiana publica diariamente as efemérides mais relevantes de cada data… Importa recordar alguns eventos marcantes. Fazemos alusão a efemérides regionais, nacionais e internacionais e destacamos os acontecimentos históricos que merecem uma atenção especial.

Tenho ouvido e lido afirmações erradas acerca da antiguidade da nossa Universidade de Coimbra dizendo que é a mais antiga da Europa. É realmente muito antiga, mas não tanto e, muito menos, a mais antiga da Europa. Quando foi criada, já existiam, pelo menos e tanto quanto sei, vinte Universidades no velho continente.

É um facto! Por terras de D. Dinis, o toiro de lide é rei. Nas terras de Riba Coa realizam-se as famosas Capeias; no Ribatejo criam-se os bravos toiros; em Lisboa sempre houve festa brava, mesmo antes de construída a Praça do Campo Pequeno. Datam desse tempo as esperas dos toiros que vinham para as touradas no Campo de Santana, as quais tinham lugar junto à estalagem Nova Sintra, ao fundo da Calçada de Carriche. Também aqui são terras de D. Dinis.

Os males da Grande Guerra de 1914-1918 deram origem à fundação de uma Escola Profissional Agrícola, em Terras de D. Dinis e à qual foi posto o nome do Rei Lavrador. Uma justa homenagem ao Rei que mandou arrotear terras, secar pântanos, plantar vinhas, montados, pinhais e não esqueceu os súbditos mais necessitados. Uma Escola para crianças que a Guerra de 1914-18 tornou órfãos. A Escola Agrícola D. Dinis tinha o objectivo de garantir a sobrevivência dos órfãos de guerra, preparando-os para uma profissão digna: Agricultores.

D. Dinis mandou fazer o seu próprio túmulo, deixou dito no testamento o edifício onde queria que o colocassem e indicou até o lugar na igreja. Foi o primeiro sarcófago a ser depositado dentro de um lugar sagrado e o primeiro a ter a estátua jacente de um rei. Os dois primeiros reis estão em Santa Cruz de Coimbra e com D. Afonso II o Panteão Real passou a ser o Mosteiro de Alcobaça. D. Dinis escolheu a igreja do Mosteiro de São Dinis em Odivelas, onde ainda se encontra, podendo ser visitado.

O que nos dizem os Cronistas e os Historiadores: «Teve elrei D. Dinis duas filhas bastardas, ambas do nome de Maria, uma que se conservou no século, outra que foi recolhida no mosteiro de Odivelas.» Foi esta a primeira informação que tive sobre a Infanta sepultada em Odivelas. Nenhuma outra certeza completava esta. Borges de Figueiredo no seu livro «O Mosteiro e Odivelas – Casos de Reis – Memórias de Freiras» teceu algumas conjecturas por confirmar ainda hoje.

Pelo que se pode saber através de documentos da época, os freires e comendas, bem como os castelos e a generalidade dos bens santiaguistas nacionais, sofriam avultados prejuízos pelo facto de a cabeça da ordem se encontrar em Castela, sendo raramente visitados pelos superiores, no que isso significava de relaxação de costumes e de uma gestão defeituosa de recursos.

É do conhecimento geral que, na Idade Média, os senhores nobres tinham privilégios que nem os reis podiam desrespeitar, dentro dos seus domínios. Esta realidade enfraquecia o poder real e era causa de muitas guerras, conflitos sociais e injustiças.

O rei D. Dinis herdou uma questão melindrosa com a Santa Sé. Difícil de resolver, como naquele tempo eram todas as questões com o papado. Com a sua habilidade diplomática, soube gerir os interesses em confronto, dando aos bispos portugueses o encargo de iniciarem a solução do processo, embora supervisionado sempre pelo rei, para não fugir ao seu controlo.

Como ficou dito e provado na última crónica, o rei D. Dinis teve, pelo menos, sete filhos naturais. Por essa razão se considera que foi um marido infiel e daí, mau marido. Coloco à consideração dos leitores factos que permitirão julgar se é justo chamar-lhe mau marido. Que não era mau já ficou provado. Que não impedia a rainha de ser caridosa, também. Resta-me tentar compreender o que causou a fama de bom poeta e marido infiel.
