Passado meio século sobre o regadio do Cova da Beira, o Casteleiro continua à margem de tudo o que de bom ele representa para todos quantos habitam a região, a que muitos apelidaram de «terra farta e de qualidade superior».
Ler MaisO Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Rui Pedro Barreiro, autorizou a Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) a tomar posse administrativa das parcelas necessárias ao rápido início das obras de construção do reservatório da Fatela do Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira constituído pelas barragens do Sabugal e da Meimoa.
O Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira integra um sistema de armazenamento de água, constituído pelas barragens do Sabugal e da Meimoa e um túnel de interligação entre ambas (Sistema Sabugal-Meimoa), bem como um sistema de distribuição de água, constituído por uma tomada de água na barragem de Meimoa, que liga à rede primária de rega, que por sua vez deriva para a rede secundária de rega, permitindo o regadio.
O Reservatório da Fatela, infra-estrutura que integra o Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira, situa-se a cerca de 20.830 m da origem do 3.º troço do Canal Condutor Geral da Cova da Beira, e foi implantado numa faixa de terreno adjacente ao mesmo. O Reservatório ocupa uma área de cerca de 2 hectares e uma capacidade útil de 27 dam3.
A partir do Reservatório da Fatela serão distribuídos os caudais para o bloco da Fatela, com 516 ha, que constitui um dos seis blocos de regadio (Belmonte, Caria, Ferro, Fundão, Fatela e Capinha), do Aproveitamento Hidro Agrícola da Cova da Beira. Os referidos blocos de regadio contemplam os concelhos de Belmonte, Covilhã e Fundão e, em reduzida escala, o concelho do Sabugal. Prevê-se a conclusão desta obra em Agosto de 2011.
jcl (com Portal do Governo)
Entre os dias 30 e 31 de Maio o Banco Alimentar contra a Fome da Cova da Beira vai levar a efeito mais uma campanha de recolha de alimentos. Nas 15 regiões aderentes a este projecto vão estar mais de 23.000 mil voluntários devidamente identificados estarão à porta dos estabelecimentos comerciais.
Nas Beiras Raianas a campanha mobilizará aproximadamente 500 voluntários, que recolherão as contribuições efectuadas em 25 estabelecimentos comerciais. Estas serão mais tarde enviadas para os armazéns do Banco Alimentar.
O produto da campanha, ainda com recurso ao voluntariado, será distribuído localmente a partir da próxima semana, através de 40 Instituições de Solidariedade Social previamente seleccionadas, a cerca de 3.000 pessoas com carências alimentares comprovadas.
O Banco Alimentar Contra a Fome de Cova da Beira apela por isso mais uma vez à solidariedade. No ano passado a instituição distribuiu em total de 168,8 toneladas de alimentos (equivalentes a um valor global estimado de 246,6 mil euros), ou seja, um movimento diário médio de 680 kgs.
Está na nossa mão ajudar quem necessita.
Noutros tempos nas aldeias do Sabugal quando, em Dezembro, as famílias matavam o marrano era habitual deixar um quinhão de lado para esmolar as casas mais pobres ajudando a confortar a noite da Consoada. Os tempos são outros. Ou talvez não…
aps
A publicação da Lei n.º 45/2008, de 27 de Agosto, sobre o associativismo municipal deve conduzir a uma reflexão aprofundada que permita perceber qual o caminho a seguir pelo Concelho do Sabugal.
A inserção do Concelho numa Comunidade Intermunicipal (CIM), deve ser resultante das estratégias de desenvolvimento que venham a ser definidas e nunca por uma decisão meramente circunstancial, do tipo «Maria vai com as outras»…
Como se defendem os interesses do Concelho no contexto regional, deve ser o ponto de partida para a adesão a uma determinada CIM.
Considera-se que o futuro do Sabugal é melhor defendido e/ou passa pelo aprofundamento das relações com os Municípios da Beira Interior Norte, liderados obrigatoriamente pela Guarda, considerando que é uma estratégia de afirmação da Beira Alta no âmbito da Região Centro (o que privilegia o eixo A25), a que melhor serve os nossos interesses?
Se sim, a opção deve ser pela CIM Beira Interior Norte.
Ou, pelo contrário, o nosso futuro passa pelo reforço da ligação ao eixo A23, o que significa o virar do Concelho para Belmonte, Covilhã e Fundão, que pode conduzir mesmo à opção por pertencer á NUT III Cova da Beira, abandonando a Beira Interior Norte?
Se sim, a opção seria aderir, logo que possível, à CIM Cova da Beira.
Ou, na solução que eu defendo, entender o desenvolvimento do Concelho do Sabugal umbilicalmente ligado aos eixos A23/A25, o que significa numa primeira abordagem o reconhecimento da importância do «Sistema Urbano» Guarda-Covilhã-Fundão-Castelo Branco, ao longo da A23, complementado pelo eixo Guarda-Viseu, ao longo do eixo A25.
Esta opção significaria que o Concelho deveria defender a constituição de uma CIM Beira Interior Norte/Cova da Beira.
Este é um momento decisivo para se tomarem opções. Não é indiferente para o Concelho a Comunidade Intermunicipal que venha a ser constituída.
Igualmente, o Concelho não pode estar nestas entidades como se as mesmas não tivessem importância.
Pertencer só se essa participação for importante para o Sabugal. E se é importante, então devemos estar lá, para, em cada decisão colectiva, lutar para que a mesma sirva também os interesses concelhios.
Por exemplo, o que é que se ganhou com a participação na COMURBEIRAS? Ou na Associação dos Municípios do Vale do Côa?
O Município não se pode alhear das entidades supra-municipais ou regionais. Mas não pode aderir às mesmas sem uma estratégia claramente estabelecida que permita em cada momento tomar as posições que melhor servem os nossos interesses.
Se não o fizermos, outros o farão e a presença do Sabugal só servirá para defender os interesses dos outros…
«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
rmlmatos@gmail.com
O Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos (PROVERE) que privilegia as potencialidades naturais, património histórico e sabores tradicionais aprovou oito candidaturas da Região Centro. Para o distrito da Guarda foram seleccionadas cinco propostas que passam a ter condições privilegiadas de acesso a fundos comunitários.
O PROVERE seleccionou oito candidaturas da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) ao abrigo do Mais Centro-Programa Operacional Regional do Centro 2007-2013.
O programa comunitário tem como objectivo facilitar o acesso aos fundos comunitários em regiões de baixa densidade populacional através do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e dos programas de Desenvolvimento Rural e das Pescas com o objectivo de criar emprego e promover projectos de desenvolvimento regional.
As candidaturas da Região Centro apostaram no património natural e cultural, nos recursos termais, nas áreas protegidas e classificadas, nas rotas do judaísmo, nas aldeias históricas, nas aldeias de xisto, na romanização e no Vale do Côa.
Os municípios do distrito da Guarda e da Cova da Beira viram aprovadas cinco candidaturas que permitirão promover actividades de turismo histórico e da natureza.
«Turismo e Património no Vale do Côa» – A Associação de Municípios do Vale do Côa com sede em Vila Nova de Foz Côa e de que fazem parte os municípios do Sabugal, Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada a Cinta, Meda, Pinhel, Torres de Moncorvo e Trancoso, candidatou-se com um projecto específico tendo em conta uma estratégia concreta de desenvolvimento. O projecto âncora deste plano é a dinamização do Museu do Côa (Vila Nova de Foz Côa) e redefinição do modelo de negócio do Parque Arqueológico do Vale do Côa igualmente localizado no concelho de Vila Nova de Foz Côa.
«Rede das Aldeias Históricas de Portugal» – A Associação de Desenvolvimento Turístico das Aldeias Históricas (que inclui Sortelha), presidida pelo município de Arganil e com sede em Figueira de Castelo Rodrigo, candidatou-se a um fundo para consolidação da Rede das Aldeias Históricas como produto com potencial relevante ao nível do turismo cultural, turismo de natureza e em espaço rural.
«BuY NATURE – Turismo Sustentável em Áreas Classificadas» – O programa «BuY Nature» da Agência de Desenvolvimento Gardunha 21 vai apostar no património natural das áreas classificadas de montanha da Região Centro mais concretamente a Serra da Malcata, a Serra da Estrela, a Serra da Gardunha e os parques do Douro Internacional e do Tejo Internacional.
«Valorização da Rede Património Judaico» – O projecto de valorização e promoção do vasto património judaico na Beira Interior potenciando o turismo religioso foi apresentado pela Câmara Municipal de Belmonte em parceria com entidades públicas e privadas dos concelhos de Manteigas, Penamacor, Trancoso, Covilhã e Guarda.
«Provere Serra da Estrela» – A candidatura das autarquias de Celorico da Beira, Covilhã, Gouveia, Guarda, Manteigas e Seia destina-se a reter e captar população através do investimento na valorização humana e nas actividades agrícolas e de turismo de natureza.
«Rede das Aldeias de Xisto» – Outro dos projectos que envolve 13 municípios (Góis, Lousã, Arganil, Miranda do Corvo, Pampilhosa da Serra, Penela, Proença-a-Nova, Sertã, Vila de Rei, Oleiros, Castelo Branco, Vila Velha de Rodão e Fundão), pretende promover a internacionalização turística da Rede das Aldeias de Xisto através de criação de uma agência de viagens e a recuperação das artes e ofícios regionais.
«Caminhos da Água» – A candidatura aposta no termalismo e identifica os recursos hídricos do Baixo Mondego para uma estratégia sustentada de desenvolvimento de toda a região de Dão-Lafões. O objectivo é posicionar a região em segmentos de mercado de elevado valor acrescentado e com procuras internacionais dinâmicas, como o turismo termal, de saúde e bem-estar respeitando os valores ambientais e promovendo a fixação da população e criação de emprego e riqueza.
«Romanização de Sicó» – Este programa tem como área de intervenção o território de Sicó (Alvaiázere, Ansião, Condeixa-a-Nova, Penela, Pombal e Soure) e o foco temático é a Romanização orientado para actividades geradoras de empregos e atractivas do ponto de vista residencial e turístico.
Página da CCDRC – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro actualizada no dia 13 de Agosto de 2008 com as candidaturas oficiais e identificando as Câmaras Municipais participantes: consulte aqui.
O concelho do Sabugal fica, estranhamente, à margem das candidaturas aprovadas para acesso a fundos comunitários de regiões de baixa densidade populacional sem nenhum projecto concreto e directo para a região raiana.
jcl