Hoje destacamos o semanário «O Interior». O jornal dirigido Luís Baptista-Martins deu destaque (merecia ser manchete) a uma morte anunciada: «Águas do Zêzere e Côa tem os dias contados. A empresa vai ser extinta e dar lugar à Águas do Zêzere e Vale do Tejo, no âmbito da reestruturação do setor das águas em Portugal.»
Pretende-se com a presente proposta de intervenção, e através do denominador comum, Rio Côa, a as formas de arte primitivas ao longo do seu curso, ligar a nascente à foz, promovendo o património e a sua relação com o homem/território.
Ler MaisEra domingo e a tarde, apressada, esgotava-se deixando-me (curto) tempo para um velho hábito, o de observar.
Ler MaisA Unidade Pastoral do Planalto do Côa realizou no passado dia 5 de Outubro o seu segundo passeio paroquial. O destinou foi o Douro Vinhateiro, na mais bela estação do ano naquela que é a primeira região vitivinícola demarcada do mundo.
Os boletins meteorológicos anunciavam um passeio estragado. O tempo que se fez sentir no Domingo, 3 de Outubro, alarmou os que se inscreveram. E no início do dia em que Portugal comemorava o Centenário da Implantação da República, todos começaram a chegar com casacos e guarda-chuvas. Mas a aurora trazia o prenúncio de um esplêndido dia de Outono.
Os sessenta participantes eram oriundos da Bismula, Rapoula do Côa, Ruivós, Ruvina, Vale das Éguas e Vilar Maior. Às nove e meia da manhã fez-se a primeira pausa na Quintela da Lapa, no Santuário da Senhora da Lapa. Todos tentaram atravessar o buraco do lajedo de granito, sentindo-se na cara de quem por ele passava uma grande alegria! «Consegui passar!» dizia-se com alívio.
Já em Lamego subimos ao Santuário da Senhora dos Remédios, donde se vislumbra toda a cidade e parte dos vales coloridos que beijam o Douro. Descida a pé a escadaria monumental, e toda a avenida principal da bela cidade, celebrou-se Eucaristia na riquíssima Sé Catedral. Presidiu o Pe. Hélder Lopes, acompanhado do seu colega e amigo Pe. Filipe Pereira, natural de Lamego e Pároco na zona de Meda. O jovem anfitrião disse querer acolher-nos como Maria e Marta acolheram Jesus em sua casa. No final da celebração conduziu-nos até ao restaurante panorâmico construído sobre as águas do Rio Douro, do Hotel Régua Douro, na cidade do Peso da Régua. Foi tempo para retemperar forças com enchidos da região, pescada com molho de camarão, vitela assada no forno sem esquecer o vinho daquelas encostas.
Nas Caves do Vinho «Castelinho» fomos bem recebidos pelos responsáveis da Cave de S. Domingos e assistimos a uma «aula de enologia». Descobrimos os tipos e respectivas características dos diversos vinhos finos do Douro, castas predominantes na região, formas de envelhecimento, e anos excepcionais em colheitas. Tiradas todas as dúvidas, passámos por entre centenas de milhares de litros de vinho, alguns já engarrafados e com datas de colheita de há mais de 60 anos. Na sala de provas degustámos um vinho licoroso, que alegrou pequenos e grandes, novos e velhos!
Depois das compras regressámos a casa pelo vale do Douro vinhateiro. Ao longo de vários quilómetros viajámos ao longo da margem do rio. Depois começamos a subir em direcção ao coração do Douro Vinhateiro: S. João da Pesqueira. Deslumbrámo-nos com as vinhas multicoloridas, com os trabalhadores atarefados na apanha do precioso fruto, com a paisagem encantada, ricamente embelezada pela luz dourada do sol que nunca nos deixou ao longo do dia.
Fizemos a última paragem na Meda, para um reforço à base de «Bolas de Lamego» de bacalhau, presunto, frango, fiambre e queijo.
No caminho rezámos Laudes, Vésperas e o Rosário. Como era dia da República fez-se um concurso no autocarro: o primeiro que soubesse cantar todo o hino nacional, sem se enganar na letra das três estrofes e sem desafinar, faria o passeio gratuitamente e receberia uma garrafa de vinho do Porto, um cálice para vinho e uma tablete de chocolate. O concurso foi muito divertido, e a Dona Laurinda Pires da Ruvina levou para casa o tão almejado prémio.
Ao chegarmos a casa uma única coisa brotava naturalmente das nossas almas: «Dai graças ao Senhor, porque é eterna a Sua bondade!»
Pe. Hélder Lopes
Bicentenário da Batalha do Côa comemorado no dia 24 de Julho e perpetuado com memorial pela Câmara Municipal de Almeida. Reportagem da jornalista Sara Castro e imagem de Miguel Almeida da redacção da Local Visão Tv (Guarda).
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Autoria: LocalVisãoTV posted with Galeria de Vídeos Capeia Arraiana
jcl
Depois do sucesso «nas pegadas do Cró», no ano passado, a organização decidiu este ano manter a mesma data – primeiro fim-de-semana de Maio – para a realização da caminhada «nas pegadas do Côa». A data irá manter-se nos próximos anos.
O Magusto da Unidade Pastoral do Planalto do Côa decorreu em Vale das Éguas, este domingo, dia 8 de Novembro, e contou com a presença de dezenas de participantes.
Decorreu no passado Domingo, dia 8 de Novembro, o magusto da Unidade Pastoral do Planalto do Côa. Esta iniciativa inter-paroquial, que congrega as comunidades da Arrifana do Côa, Badamalos, Bismula, Carvalhal, Rapoula do Côa, Ruivós, Ruvina, Vale das Éguas e Vilar Maior, promovida pelo seu pároco, Padre Hélder Lopes, decorreu pelo segundo ano consecutivo.
A itinerância do acontecimento levou-o, este ano, à paróquia de Vale das Éguas. O Conselho Económico Paroquial, a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal trabalharam em conjunto para proporcionar um grande dia de convívio.
Este ano a «Festa da Amizade e da Alegria», assim apelidada, constou de Eucaristia, precedida de ensaio de cânticos, almoço para todos os participantes, uma primeira parte do magusto, depois um fantástico torneiro de matraquilhos humanos, e por fim, a segunda parte do magusto. O dia terminou com o regresso de todos às suas terras.
Desde as 9.20 horas houve percursos de autocarro organizados entre as paróquias para trazer todos os participantes até Vale das Éguas. Às 10.40 horas adro e Igreja Paroquial de S. Sebastião estavam repletos de fiéis. Chegou a temer-se que as nuvens se desfizessem em água.
Cerca de duas centenas de pessoas participaram no banquete excelentemente confeccionado por pessoas da terra. Dezenas de crianças vindas de toda a parte davam um colorido especial à imensa moldura humana que se juntou no fim da refeição.
Mais de 50 quilos de castanhas e vários litros de jeropiga foram distribuídos pelos presentes, que não desaproveitaram a oportunidade de enfarruscar os amigos. Depois do momento alto, que foi a Eucaristia, o ex-líbris do dia foi o torneio de matraquilhos humanos, que a quase todos cativou. Formaram-se dezoito equipas de cinco elementos. Ao todo eram cerca de 90 participantes de todas as idades e feitios, homens e mulheres, velhos e crianças, que ao longo de mais de hora e meia, se digladiaram dentro da fantástica estrutura insuflável contratada e montada para o efeito.
No fim dos 18 jogos do campeonato, organizado por eliminatórias, saiu vitoriosa a equipa chamada «Os Presidentes», que como o próprio nome indica, era constituída por presidentes de Junta das diversas terras ali representadas. A segunda parte do magusto, já com muitos bolos e sobremesas, foi embelezada pela animação de algumas jovens promessas da música e da dança, que cantaram e nos encantaram com os seus passos. Foi um momento especialíssimo de convívio e lazer.
Pe. Hélder Lopes
Ouvi, mas não acreditei! Será verdade que o Município do Sabugal não integra a Parceria que, no âmbito do PROVERE prepara uma Estratégia e um Programa de Acção, denominado «BuY Nature – Turismo Sustentável em Áreas Classificadas»?
Na tarde do Domingo, dia 16 de Novembro, reuniram-se os paroquianos das paróquias de Ruivós, Ruvina, Vale das Éguas, Rapoula do Côa, Bismula, Badamalos e Vilar Maior no recinto da Capela da Santíssima Trindade, em Ruivós, para aí conviverem em clima de comunhão, comendo castanhas, bolos e muitos doces, acompanhadas de deliciosa jeropiga.
GALERIA DE IMAGENS – MAGUSTO – 16-11-2008 |
Clique nas imagens para ampliar |
A iniciativa partiu dos Conselhos Económicos Paroquiais de Vale das Éguas, Ruivós e Ruvina e rapidamente se estendeu às outras comunidades. A iniciativa contou com o apoio do pároco, Pe. Hélder Lopes, que fez questão de estar presente na iniciativa inter-paroquial.
Foi uma tarde bem passada, com muito convívio e alegria, muita castanha assada, muito desporto e bonitas canções, próprias da quadra que se celebra.
Deste acontecimento brotou o desejo de continuar a caminhar em conjunto com as comunidades vizinhas. Ficou a promessa de continuar a organizar actividades conjuntas, e as paróquias começam agora a preparar-se para receberem outras iniciativas inter-paroquiais.
Correspondente do «Amigo do Sabugal» e do «Capeia Arraiana»
A Miuzela do Côa, concelho de Almeida, recebe no fim-de-semana de 6 e 7 de Setembro cerca de 250 jovens para discutir o tema «Energias Renováveis» no XII Encontro das Associações Juvenis do Distrito da Guarda e III Encontro Transfronteiriço de Associações Juvenis.
«E a tua energia é renovável?» será a questão colocada a cerca de 250 jovens oriundos das associações juvenis do distrito da Guarda e da província de Castilla y León.
O XII Encontro das Associações Juvenis do Distrito da Guarda e III Encontro Transfronteiriço de Associações Juvenis encontro está marcado para os dias 6 e 7 de Setembro, na Miuzela do Côa, concelho de Almeida. A iniciativa tem como objectivo estabelecer dinâmicas de cooperação, identificar e promover iniciativas e acções de desenvolvimento.
O programa inclui diversos workshops e debates relacionados com a problemática ambiental, concertos com bandas convidadas, peddy-paper e uma festa dançante com merenda no sábado à noite.
O encontro é organizado pela Federação das Associações Juvenis do Distrito da Guarda (FAJDG) e pelo Centro Social, Cultural e Desportivo Miuzelense com o apoio do Instituto Português da Juventude.
Em comunicado, a FAJDG destaca a falta de «um quadro de referência de natureza territorial capaz de enquadrar uma estratégia global e localizada de cooperação entre as associações juvenis da Região Centro e da província de Salamanca».
jcl
A Câmara Municipal do Sabugal e a Pró-Raia organizam nos dias 24 e 25 de Maio a quarta edição da Festa do Mundo Rural e da Mostra Agro-alimentar do Alto Côa. A iniciativa conta com várias actividades e decorre este ano em paralelo com os «Circuitos Gastronómicos Raianos».
A 4.ª Festa do Mundo Rural Raiano (também denominada Mostra Agro-Alimentar do Alto Côa) está marcada para os dias 24 e 25 de Maio aproveitando, este ano, a proximidade do feriado do Corpo de Deus que se festeja a 22 de Maio.
A mostra é organizada pela Câmara Municipal do Sabugal e pela Pró-Raia no recinto próximo da Casa da Juventude, Desporto, Cultura e Lazer da vila do Soito e tem como como objectivo divulgar o que de melhor se produz e existe na região raiana, promovendo as tradições e potencialidades do concelho sabugalense.
A exibição, ao vivo, das artes e ofícios tradicionais representativos dos costumes e trad
Os visitantes poderão admirar uma mostra de animais (Bovinos, Ovinos, Caprinos e Equinos), uma exposição dos vários sectores do mundo rural (agrónomo, florestal, pecuário, alimentar, ambiental, turístico) e os stands de máquinas e alfaias agrícolas.
A programação da festa inclui demonstração hípica, insufláveis, animação de rua e uma Tourada à Portuguesa com os cavaleiros António Ribeiro Telles e António d´Almeida, os Grupos de Forcados Amadores de Coruche e de Coimbra e o matador espanhol Javier Castaño.
No noite de sábado, 24 de Maio, um concerto com o cantor José Cid e a Big Band fará as delícias de todos os seus admiradores.
Em paralelo decorrerão, entre 21 e 25 de Maio, os «Circuitos Gastronómicos Raianos» a que aderiram vários restaurantes do concelho do Sabugal e um de Navasfrias que incluem nos seus menus os melhores pratos da tradicional gastronomia raiana sabugalense.
Uma semana para surpreender os sentidos nas terras raianos do Sabugal. A iniciativa é positiva e merece a participação (possível) de todos. Na análise pós-evento a organização devia ter em conta que nem sempre o calor de Maio rima com bucho arraiano e… discutir a hipótese de organizar os circuitos gastronómicos apenas ao sábado e domingo e durante vários fins-de-semana. Facilitava a vida aos forasteiros que não podem ter uma semana completa de férias em Maio. Para reflectir…
jcl
«Terra-Vida-Alma, Valongo do Côa», é um livro escrito por uma família ilustre, de pedagogos e investigadores, fiéis ás berças, que lançaram mão a uma profunda e nobre tarefa: a elaboração de um rigoroso estudo sobre a história e a cultura da terra natal.
Os autores, unidos por laços de sangue, são: Francisco Carreira Tomé, Alice Tomé, Teresa Pires Carreira, Nuno Rafael Tomé e Filipe Alexandre Carreira. São professores nascidos em Valongo, mas que residem e trabalham longe da aldeia natal. Porém Valongo está-lhes no coração e o livro, editado no ano 2000, espelha a saudade dos tempos idos, da altura em que o povo sentia mais o pulsar da vida, com as casas habitadas e os campos em permanente cultivo.
Valongo é terra de gente sofredora, porque, no longo tempo, sujeita a muitas contrariedades: o clima agreste (nove meses de Inverno e três de inferno), a pobreza crónica das suas terras de cultivo, a sujeição histórica a invasões e a refregas fronteiriças. Só que a aldeia teve também os seus mimos, sobretudo visíveis nos excelentes produtos que a terra produz, e, ainda mais, na vivência quotidiana de antigamente, em que as tradições e os aspectos etnográficos das actividades desenvolvidas lhe deram um forte manancial de cultura popular que urge preservar. E este livro de fortes sentimentos, de exaltação de um povo, traz à liça os elementos que lhe podem consagrar o futuro, como sejam: o aproveitamento da beleza natural, a reposição de tradições, a dinamização do convívio entre os naturais espalhados pelas quatro partidas do mundo.
Interessante, quando não perspicaz, é a teoria da escassez populacional de Valongo, que assenta na tese de que foi a consequência da constante sujeição de Riba Côa, à administração militar, que era impessoal e se revelou efémera. De um dia para o outro os militares abandonaram as zonas de fronteira, recuando os aquartelamentos para junto do litoral, e com isso se desfez a sociologia local.
Na sua maior parte o texto é solto, correndo livre e folgazão, muito ao jeito das falas populares, recriadas com realismo. Noutras partes há uma linguagem coloquial, de tom afectuoso, só possível aos pedagogos, que, como estes, sabem ensinar cativando o discípulo. Notam-se sentimentos de nostalgia, como na descrição da vida e do ambiente familiar de outros tempos, quando os seus maiores irradiavam alegria e amor, mau grado as regras austeras da antiga vida em comunidade.
plb
O presidente da Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo lamenta o adiamento da construção da barragem da Quinta de Pêro Martins, no rio Côa, facto que prejudica o seu concelho e toda a região.
Esta semana o Governo, pela voz do Ministro da Economia, anunciou a construção de dez novas barragens para cumprir o objectivo de aumentar a produção de electricidade em Portugal até sete mil megawatts e elevar o aproveitamento hidrológico para 70 por cento da capacidade do país. Porém de entre as barragens anunciadas o autarca de Figueira de Castelo Rodrigo não encontrou a da Quinta de Pêro Martins, projectada para o seu concelho, facto com que não concorda. Há muito tempo que o autarca luta pela construção dessa barragem, que considera fundamental para a região.
Em declarações prestadas à Agência Lusa o autarca considera que construir a barragem no seu concelho «era o reparar de um erro histórico», referindo-se à rejeição da construção da barragem de Foz Côa devido às gravuras rupestres. A construção da barragem da Quinta de Pêro Martins, não prejudicaria nada a opção em favor das gravuras, uma vez que a albufeira ficaria a montante do local onde elas se encontram. Por outro lado, o autarca considera que a barragem poderia «inundar terrenos à vontade, porque não causa problemas às populações, antes pelo contrário, valoriza as propriedades agrícolas».
António Edmundo vai mais longe, considerando que o rio Côa fica muito prejudicado, o que afecta toda a região: «num rio que é só nosso (nasce próximo da localidade de Fóios, Sabugal, e desagua no rio Douro, em Vila Nova de Foz Côa), regularizaria o seu leito e daria novos usos ao rio Côa, pois permitiria a prática de actividades lúdicas, de regadio e a exploração hidroeléctrica».
plb