Nos anos de sessenta e cinco e sessenta e seis, em cada semana ou mês, eram mais umas carteiras vazias na escola e mais umas casas fechadas no povo. A toda a hora se ouvia: «Abalaram para a França. Já abalaram. Foram todos!» Havia um sentimento de perda, de vazio, como se ninguém estivesse inteiro e a todos faltasse qualquer coisa. E faltava.
Ler MaisEstávamos em plena década de sessenta, exactamente, no ano de 1962. De todo o país a fuga para França era o destino de milhares e milhares de portugueses. A estes heróicos aventureiros nada os assustava e assim se aventuraram, a atravessar esta cortina de opressão, fugindo às escondidas, pela calada da noite, como se o desejar trabalho para angariar pão para os filhos, fosse um crime! Mas era-o, infelizmente.
Ler MaisAs linguagens da aldeia são muito diversas, variam de casa para casa, de rua para rua, mas têm substratos comuns. E respondem simplesmente à vida vivida, não a estereótipos científicos. Cada época acarreta para a fala os seus ícones também linguísticos. Hoje trago aqui só meia dúzia de exemplos dos anos 60 para apreciação de quem gostar destas elucubrações.
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Entre as iluminações de Natal, a moda e as comemorações dos 150 anos do nascimento de Jean Jurés, esse grande socialista francês assassinado no início da I grande Guerra, uma visita a Paris permite sempre algumas descobertas e outras tantas agradáveis sensações. A razão da actual visita é o Marché de Nöel, onde Penamacor participa com artesanato e produtos locais, designadamente com os da marca «Terras do Lince».
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