Hoje chegou a hora de, por um lado, recordar a batata e o azeite e, por outro, elogiar ainda mais a minha aldeia e a Natureza que tal beleza nos ofereceu. Leia e divirta-se, como eu me divirto ao trazer-lhe estas memórias…

Hoje chegou a hora de, por um lado, recordar a batata e o azeite e, por outro, elogiar ainda mais a minha aldeia e a Natureza que tal beleza nos ofereceu. Leia e divirta-se, como eu me divirto ao trazer-lhe estas memórias…
Mercadores de Batatas, Centeio, Milho, Castanhas, Palha e Feno em Quadrazais – Embora fosse terra de pequena ou até mini-propriedade, havia uma meia-dúzia de pessoas que tinha alguns terrenos de média dimensão que produziam batatas, milho, feijões, castanhas, centeio, palha e feno excedentários ao consumo próprio.
Partindo dos registos paroquiais de 1758, conseguimos identificar as culturas dominantes no concelho de Sabugal em meados do século XVIII e concluir que a alimentação se baseava em cereais e castanha. Por outro lado, a população vivia uma fase de adaptação à cultura da batata.
Não foi fácil introduzir a cultura da batata na Europa. O tubérculo foi trazido da América e só com o tempo entrou na ementa alimentar dos europeus e passou a ser abundantemente cultivado. Um banquete organizado pelo nutricionista Parmentier contribuiu para a afirmação desse novo alimento.
A propósito da cultura da batata no concelho do Sabugal… Sem que o tivesse procurado, veio ter-me às mãos um opúsculo de 27 páginas, intitulado «Cultivo de la Papa (Patata)», da autoria de um economista chamado Gustavo Echavarria, opúsculo esse publicado pelas Ediciones del Ministerio de la Economia Nacional da Colômbia, através da Imprensa Nacional deste País, sem indicação da data, mas talvez publicado há mais de setenta anos.
Comíamos batatas a acompanhar tudo: peixe ou carne (se por sorte os havia), azeitonas, nada… Se fossem fritas… Ôi! Que maravilha! Semeavam-se batatas por todo o lado: davam-se em qualquer terreno. Havia muita batata em todas as casas. Mas de onde tinham vindo e o que eram esses tubérculos? Isso só muito mais tarde é que eu soube. E hoje trago-lhe aqui um pouco da história da batata. Uma história com muita História dentro, afinal…
Hoje vou «falar» de… imagine… batatas. Não de batatas como realidade gastronómica. Não! A batata como um ente importante da economia regional. Cresci a ouvir falar de três tipos de batata, conforme a origem da semente: batata de Montalegre; batata «rambana»; e batata «ranconse».
Segunda-feira é dia de publicar a «Imagem da Semana». Ficamos à espera que nos envie a sua escolha para a caixa de correio electrónico:
capeiaarraiana@gmail.com
Local: Freguesia de Ruivós.
Legenda: Depois da «apanha» vem a escolha das batatas. Imagens que vão desaparecendo pouco a pouco.
Autoria: Capeia Arraiana.
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