A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) defendeu, num parecer sobre um projecto de lei do PCP, que a reposição de freguesias seja definida até às eleições autárquicas de 2017, embora a matéria deva ser consensualizada com o Governo. Ler Mais
A Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) apresentou ao governo um conjunto propostas para melhoria da proposta de lei que visa reformar a organização política das autarquias, dentre as quais a de que as Assembleias Municipais deverão emitir parecer vinculativo relativamente à reorganização administrativa das freguesias. A ANMP avisa mesmo que a não aceitação das suas propostas fará com que os municípios não apoiem o processo.
A Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) tem reunido com todos os presidentes de câmara do país, dentro de um processo de contestação à Lei do Orçamento do Estado (OE) para 2012, considerando que a mesma coloca os municípios numa situação inaceitável de asfixia financeira. Face á contestação dos municípios o governo recuou na proposta de alterar os limites ao endividamento da administração local.
Mau grado as fortes críticas da ANMP, a Lei do Orçamento foi já aprovada na generalidade pela Assembleia da República no passado dia 11 de Novembro, com os votos favoráveis do PSD e CDS, a abstenção do PS e os votos contrários do PCP, BE e PEV. Seguindo-se agora a sua discussão e votação na especialidade, os Municípios esperam que algumas das medidas previstas venham ainda a ser alteradas.
Numa resolução do seu Conselho Geral, foi dada a conhecer a posição critica da ANMP face ao OE 2012, no qual se prevê uma diminuição em 120 milhões de euros nas transferências do Estado, face ao ano de 2011, com manifestos prejuízos para as populações.
O documento considera que o esforço pedido aos municípios portugueses é desigual e desproporcional face à Administração Central, uma vez que apenas 0,87% do valor do défice previsto para este ano advém da administração local. Isso demonstra que é mentirosa a ideia reiteradamente veiculada de que os municípios são geridos deficientemente e que são quem mais contribuiu para a situação actual das finanças públicas. A título de exemplo, a ANMP aponta o facto de que «só o passivo das Estradas de Portugal corresponde ao dobro dos passivos totais dos municípios».
Outro facto que preocupava a associação era a redução dos limites de endividamento, o que, a ser aplicado como mera operação administrativa e contabilística, levaria a que muitos municípios caíssem na situação de endividamento excessivo, ainda que este ano tenham diminuído o valor da dívida. Porém o governo recuou já neste propósito, sendo sensível à perspectiva da ANMP de que essa situação de ilegalidade administrativa «inventada» pelo OE, contribuiria para a criação de um alarme político e social artificial em torno dos municípios.
Outra consideração que o documento contém é a de que a asfixia financeira terá por consequência a perda de avultadas verbas do QREN, o que fará com que milhões de euros sejam devolvidos a Bruxelas, na medida em que os municípios são responsáveis por 45% do investimento público. Essa situação, a verificar-se, provocará igualmente a asfixia dos agentes económicos locais, com consequências ao nível de uma menor criação de riqueza, aumento do desemprego e diminuição das receitas provenientes dos impostos sobre os rendimentos e o consumo.
Outra situação resultante da asfixia financeira das Câmaras Municipais é a inevitável incapacidade de prestarem apoios social às populações em tempo de crise, pois há muito que os municípios vêm substituindo a Administração Central nessa tarefa.
Face à discussão do OE na especialidade, a ANMP espera ver amenizados alguns dos efeitos previstos para os municípios.
Tendo reunido entretanto com os grupos parlamentares, o primeiro-ministro e o presidente da República, a fim de melhor os elucidar da situação, a ANMP anunciou que todos manifestaram compreensão e preocupação, tendo o primeiro-ministro aceitado alterar algumas disposições, em sede de especialidade. Passos Coelho terá assumido o compromisso de não alterar os limites ao endividamento dos municípios.
plb
O vereador Joaquim Ricardo, eleito pelo Movimento do Partido da Terra (MPT) colocou à disposição o lugar de presidente do conselho de administração da empresa municipal Sabugal+, na sequência de pareceres da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro (CCDRC) que colocam em questão a legalidade da sua eleição para o cargo. O assunto está a ser discutido na reunião quinzenal do executivo municipal.
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(ACTUALIZAÇÃO) Foi eleito um novo Conselho de Administração na Empresa Municipal Sabugal+. O novo presidente é António Robalo mantendo-se os actuais vogais Vítor Proença e Fernanda Cruz.
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A demissão foi anunciada aos demais vereadores do executivo municipal que está a decorrer desde as 10 horas de hoje. Essa foi a reacção do vereador face às manifestas dúvidas que os pareceres colocam quanto à sua eleição para o cargo, ocorrida no seio do executivo. Sem serem absolutamente conclusivos os pareceres apontam contudo para a existência de irregularidades.
O caso remonta a Junho deste ano, quando, na sequência da escolha de Joaquim Ricardo para vereador em permanência, o presidente da Câmara, António Robalo, apresentou a sua demissão de presidente do conselho de administração da empresa municipal, propondo de seguida o nome da Joaquim Ricardo para o substituir no lugar. Na ocasião os vereadores do PS abandonaram a reunião em protesto, tendo votado a nova proposta apenas os vereadores do PSD e do MPT, tendo Joaquim Ricardo saído eleito.
Os vereadores do PS reclamaram depois haver ilegalidade no acto, alegando que, face à lei, o vereador do MPT não poderia ter votado em si próprio para o lugar, devendo antes ter abandonado também a reunião, o que lhe retiraria quórum. Face às dúvidas suscitadas a Câmara Municipal pediu pareceres à ANMP e à CCDRC, que chegou há alguns dias, e que hoje foi analisado na reunião.
A reunião de vereadores vai prosseguir após o intervalo para almoço que agora decorre.
plb
O Governo aprovou em Conselho de Ministros a transferência de competências educativas para os municípios como resultado de um consenso negocial com a ANMP-Associação Nacional de Municípios Portugueses. Ler Mais