Domingos Torrão pondera abandonar a Águas do Zêzere e Côa (AZC) caso a empresa não altere a sua relação com as autarquias. O presidente da Câmara Municipal de Penamacor considera que os valores cobrados pela prestação dos serviços de abastecimento de água em alta, saneamento e recolha e tratamento de lixo são incomportáveis para a população.
Segundo notícia do semanário Reconquista, a autarquia penamacorense não está satisfeita com a empresa pública, detida pela Águas de Portugal e por 15 municípios dos distritos de Castelo Branco e da Guarda. A empresa pratica preços demasiados elevados, parte dos quais suportado pela Câmara Municipal, que assim evita onerar em demasiado os munícipes. «Se nós fossemos a debitar aos consumidores o custo real da água, pura e simplesmente eram facturas incomportáveis para a população», disse Domingos Torrão ao jornal Reconquista.
Em 2010, a autarquia espera cobrar 317 mil euros aos munícipes, tendo porém de desembolsar mais de um milhão de euros para a AZC, o que resulta em cerca de 600 mil euros de prejuízo.
O descontentamento de Penamacor é similar ao de outros municípios da região, que igualmente se vêem a braços com uma pesada factura no custo do fornecimento de água, muitos deles reflectindo contudo esses preços nas facturas dos consumidores, o que faz com que exista uma grande disparidade no valor das taxas praticadas.
plb