Em 1958, Aquilino Ribeiro publicou o romance «Quando os Lobos Uivam». Considerado pelo regime salazarista ofensivo e injurioso relativamente às instituições e ao poder, levou à apreensão da edição pela PIDE e à instauração de um processo-crime ao ilustre escritor. Entre as várias acusações que lhe eram feitas salientava-se aquela em que Aquilino afirmava que Portugal era um «país de pé-descalço», o que, na opinião dos acusadores, «denegria o prestígio internacional do país». Trezentos intelectuais portugueses e estrangeiros subscreveram um manifesto de apoio ao escritor e, no Brasil, onde se encontrava exilado, Adolfo Casais-Monteiro escreveu um notável prefácio num pequeno livro de defesa de Aquilino intitulado «Quando os Lobos Julgam, a Justiça Uiva».

Fotografia de cerca de 1925, feita no Alentejo pelo arqueólogo Vergílio Correia - Adérito Tavares - Capeia Arraiana
Fotografia de cerca de 1925, feita no Alentejo pelo arqueólogo Vergílio Correia
Ler Mais