A cidade de Matosinhos vai albergar a primeira empresa da União Europeia da concepção e fabrico de computadores. Com um investimento inicial de 80 milhões de euros está prevista a produção de 500 mil computadores com tecnologia portuguesa.
Os «Magalhães», baptizados com o nome do navegador-descobridor português Fernando de Magalhães (e, por coincidência, do secretário de Estado – José Magalhães – entusiasta das novas tecnologias multimédia) são computadores integralmente feitos em Portugal com um baixo custo que rondará os 180 euros.
O projecto resulta de uma parceria entre o Governo português, a empresa norte-americana Intel e a portuguesa JP Sá Couto.
Na Itália dá pelo nome de «Jumpc», na Indonésia é conhecido como «Anoa», na Índia é o «Mileap-X series» e os brasileiros baptizaram-no (sem p) por Mobo Kids. O Governo do Vietname também já o colocou nas escolas a preço reduzido. Uma ideia agora adoptada por José Sócrates que percebeu o sucesso da oferta.
A produção dos computadores lusitanos tem uma primeira fase em Setembro que servirá para serem distribuídos cerca de 500 mil unidades pelos alunos das escolas do 1.º ciclo básico no âmbito do projecto intitulado «e-escolinhas» que aparece integrado no já existente «e-escolas».
O «Magalhães» é um computador portátil pensado exclusivamente para crianças dos seis aos 10 anos. No entanto o software é de ultima geração, com bastante memória RAM e processadores Intel da última geração.
O equipamento vai permitir o acesso à Internet e está dotado com uma programação especial para as crianças realizarem os trabalhos escolares. Vai ser, também, possível os professores e alunos estarem em rede dentro e fora dos estabelecimentos de ensino.
Os encarregados de educação dos alunos do ensino básico que não estão abrangidos pela acção social vão pagar 50 euros pelo «Magalhães», mas será gratuito para os inseridos no primeiro escalão da acção social escolar. Os alunos inscritos no segundo escalão pagam 20 euros.
aps