As notícias que nos têm chegado, ao longo dos últimos anos, revelam que existe um êxodo preocupante de jovens diplomados portugueses para o estrangeiro. Saem do país à procura de melhores salários, de maior reconhecimento profissional e de melhor qualidade de vida.
Em boa hora, a União Europeia instituiu as designadas Jornadas Europeias do Património, a realizar no mês de setembro, e encorajou os países a promover temas que pusessem em valor aquilo que os nossos antepassados nos legaram.
Ignorada na Europa até 2020, a palavra «woke» está associada a uma dupla origem (uma mais longínqua, outra mais próxima ) do wokismo.
As comemorações do 10 de Junho são uma efeméride na qual os mais altos responsáveis políticos do país evocam, com discursos e desfiles militares, os feitos heróicos do nosso passado histórico, reafirmam a identidade nacional e prestam merecida homenagem aos dois milhões de portugueses da diáspora espalhados pelos quatro cantos do mundo. É justo e é louvável que o façam. Mas será isto bastante? Ou deverá, para além disso, haver espaço para uma reflexão profunda, séria, honesta sobre as soluções para os problemas concretos dos portugueses e as perspetivas de um futuro melhor para o país?
«O Melhor da Semana» e «O Pior da Semana» em «Primeira Página». As notícias chegam todos os dias e em grande catadupa. Em jeito de semanário publicamos um resumo seleccionado editorialmente e em duas linhas do Melhor e do Pior de cada dia. O destaque de abertura será sempre aquele que consideramos ser a mais importante «Notícia da Semana»…
No encerramento do Congresso da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), que decorreu no passado dia 18 de Março no Funchal, o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa fez questão de afirmar que «em Portugal a Justiça está em quinto, sexto lugar, sétimo lugar da lista de prioridades do poder executivo», isto é, do Governo.
Quem viveu o momento histórico do 25 de Abril de 1974 certamente ainda se lembra dos três «DDD» proclamados pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) como os grandes objetivos do regime democrático que acabava de ser instaurado em Portugal: Descolonização, Democratização, Desenvolvimento. (Parte 2 de 2.)
Quem viveu o momento histórico do 25 de Abril de 1974 certamente ainda se lembra dos três «DDD» proclamados pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) como os grandes objetivos do regime democrático que acabava de ser instaurado em Portugal: Descolonização, Democratização, Desenvolvimento. (Parte 1 de 2.)
O primeiro rei de Portugal D. Afonso Henriques vai ter uma estátua em Espanha, com cerca de seis metros e meio de altura, que será inaugurada num evento de homenagem que vai decorrer em Zamora nos dias 29 e 30 de abril, revelou a 29 de Março Abel Cardoso, vice-presidente da Grã Ordem Afonsina à agência Lusa.
A posição adotada pelo Supremo Tribunal de justiça (STJ) no processo judicial que envolve juízes desembargadores do Tribunal da Relação de Lisboa como arguidos principais foi, até agora, alvo de três decisões contraditórias originando um imbróglio jurídico que se arrisca a pôr em causa a sobrevivência do famoso caso «Operação Lex».
Aqueles que na Europa e em Portugal reclamam o estabelecimento da paz imediata na Ucrânia a qualquer preço e sem olhar a meios, mais não fazem, na prática, do que contribuir para promover a explosão, a curto ou médio prazo, de uma guerra ainda mais mortífera, tanto na Ucrânia como no resto da Europa e a nível mundial.
Precisamente faz hoje um ano, conforme já reportado por milhares de órgãos de informação, que o exército russo, ou ex-soviético, invadiu território do país vizinho tendo em 2014 anexado a Crimeia.
Em nome da luta contra as discriminações, o movimento «woke» está a impôr-se gradualmente no chamado mundo ocidental. Oriundo das universidades americanas, este movimento parece arrastar tudo à sua passagem – media, redes sociais, empresas, escolas, universidades, o mundo da cultura – e tende a ocupar um espaço cada vez maior no palco do mundo da política.
Há que dizê-lo, existe em Portugal uma inclinação especial para discutir apaixonadamente a espuma dos dias e ignorar teimosamente o essencial. E, hoje, o essencial resume-se a uma questão central: «Que Portugal ambicionamos e onde queremos estar, enquanto povo, agora e no futuro?»
A onda de crises políticas que, desde a tomada de posse do terceiro Governo de António Costa (em Março de 2022), tem assolado a governação do país – 10 demissões em nove meses –, veio pôr a nu a falta de rumo, de coordenação e de liderança política do Executivo, deixando a autoridade e a credibilidade do chefe do Governo fortemente abaladas.
O país político-mediático tem-se entretido nos últimos tempos a discutir os comentários infelizes do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e as declarações desastradas do primeiro-ministro, António Costa, sobre figuras da oposição, bem como a dissertar sobre as incompatibilidades e os repetidos casos de corrupção de membros do Governo e das Autarquias Locais e a trocar argumentos sobre se o país virou ou não a página da austeridade.
Em Alcácer-Quibir, Portugal foi em busca do sonho da dilatação da fé e do império. Agora, que o império português faz inexoravelmente parte do passado, Portugal procurou no Mundial do Qatar a realização do sonho da conquista do império do futebol mundial. Em ambos os casos, o resultado final foi o mesmo: uma ilusão perdida.
Desde a adesão de Portugal à moeda única europeia que o país se habituou a níveis de inflação de tal forma baixos que os decisores políticos, por incompetência, laxismo ou populismo, e o cidadão comum, por desconhecimento, deixaram de se preocupar com as causas que podem originar o aumento incontrolado da inflação e com as suas consequências negativas na vida de todos nós.
O continente europeu viveu este ano o verão mais quente da história e tem estado a atravessar a maior seca dos últimos 500 anos. Em África, a falta de chuva tem deixado milhões de pessoas à fome. No continente asiático, em particular no Paquistão e no Bangladesh sucedem-se as mortes provocadas por inundações arrasadoras. Um pouco por todo o mundo multiplicam-se os eventos climáticos extremos, cada vez mais devastadores.
A experiência do regime republicano que vigora em Portugal desde 5 de Outubro de 1910 tem demonstrado que para governar bem Portugal não bastou alterar o regime político aplicável à Chefia do Estado. Do que os portugueses precisavam e continuam hoje a precisar, como de pão para a boca, é que os Governos de Portugal governem bem. (Parte 2 de 2.)
