Uma aldeia que não tenha o seu modo próprio de falar, não é aldeia, não é nada! Na nossa zona, sempre conheci esse facto e quase se sabe pelo falar de onde é que a pessoa é. Aqui deixo algumas provas disso mesmo. Boa semana!
As culturas de Quadrazais não devem variar muito do Alto Riba Côa em geral. Nesta região não há oliveiras nem laranjeiras, que se encontram nalgumas freguesias do concelho do Sabugal como Santo Estêvão e Casteleiro, já abrigadas pela serra de Malcata e serra de Opa, nem amendoeiras, que encontramos no Baixo Riba Côa nos concelhos de Almeida e Vila Nova de Foz Côa.
Naquele dia de Maio a tia levou-me com ela ao chão do Vale da Cruz de Baixo…
Há uns doze, treze anos, no site de divulgação das coisas da minha aldeia («Viver Casteleiro»), publiquei muitas crónicas. Hoje, fui lá buscar três delas que aqui resumo. Para que conste e que as coisas não se percam. Vai gostar, tenho a certeza…
Estive em Quadrazais nesta Páscoa de 2022. Percorri todas as suas ruas. Tive ocasião de anotar tudo o que encontrei e achei ser novidade em Quadrazais desde 1971, altura em que deixei de visitar com frequência a minha aldeia. (Parte 1 de 2.)
Que descoberta esta que eu fiz. Deu-me tanto prazer passar esta meia hora a recordar e a comentar… Obrigado, Paulo Leitão Batista. Foi um prazer, mesmo… E o leitor vai gostar, tenho a certeza absoluta.
Na maior parte do país tem-se o costume de pregar uma mentira a alguém no dia 1 de Abril, o dia das mentiras, pois não se leva a mal. Os jornais, rádios e televisões primam por apresentar nesse dia uma grande notícia que não é verdadeira e que nem sempre é fácil de detectar. Só no dia seguinte é que costumam desmenti-la.
Era dia de Primavera de sol radioso. Os rapazes saíram apressados da missa e foram a casa engolir um caldo e comer um codorno de pão.
Às terças-feiras é tempo da poesia de Georgina Ferro. A poetisa raiana junta a sua sensibilidade artística ao amor e às memórias pelas gentes e terras raianas…
Que há ouro na nossa zona, não duvidem. Não dará para exploração rentável, mas que o há… há! Trago-lhes aqui hoje outra vez uma história documentada de burla, ouro e bruxaria que meteu Inquisição e tudo no século XVIII…
A minha pretensão ao abordar o assunto da ressurreição neste tempo pascal é tão somente a de um cristão que tenta compreender este tema, já que ele é difícil de entender e também de explicar.
Os limites de Quadrazais são muito vastos. É mesmo a maior freguesia do concelho em área, com 39,57 Km2. Mas também foi a primeira freguesia em população até 1878, a segunda, atrás do Sabugal, de 1890 a 1950, e a terceira a partir de 1960, suplantada pelo Soito.
Na sexta-feira Santa, 15 de Abril, teve lugar na aldeia de Vilar Maior, no concelho do Sabugal a representação religiosa «Paixão de Cristo» encenada por João Reis. Reportagem da jornalista Sofia Leite e do repórter de imagem Luís Cordeiro da Redacção da LocalVisãoTv (Guarda).
Impossível resistir a esta tentação de voltar a recordar aqui no «Capeia» os dias da Quaresma e os da Páscoa dos meus tempos de criança e jovem. Ficaram registados cá dentro como se fosse ontem…
Ainda hoje há povoações com muitos terrenos sem proprietário. São da freguesia, de todos. São chamados os baldios.
A tia foi lavar a roupa à ribeira. Eu fiquei a «morar» com a minha boneca de papelão. Esta não mexe os braços nem as pernas. A tia o ano passado, pelo Natal, não conseguiu dar pesetas suficientes ao Menino Jesus. Então, ela arranjou uma fitinha xadrês e fez-me um laço para o cabelo. E Ele deu-me uma laranja, um rebuçado colorido com um balão cor-de-rosa e esta boneca que não é tão bonita mas eu gosto muito dela.
Acho que nos 20 anos que antecederam o 25 de Abril, a minha aldeia conheceu melhorias significativas, como muitas outras. Claro que o 25 de Abril foi a maior mudança. Mas antes disso já tinha havido fenómenos que não podemos ignorar…
A «Paixão de Cristo», integrada na «Quadragésima», com encenação de João Reis, vai ter como palco a aldeia e o castelo de Vilar Maior, no Sabugal. Os papéis de actores e figurantes vão ter a participação de voluntários das aldeias sabugalenses.
A Primavera ia bem adiantada. Aquele pessegueiro do curral, aconchegado entre o muro e o balcão estava carregado de flores cor-de-rosa!…
Através dos séculos a população da Vila do Teixoso tem vivências quaresmais riquíssimas, com muita fé e fervor religioso. Aquelas manifestações, centralizadas principalmente na recordação dolorosa da Paixão de Jesus Cristo, eram aulas de catequização promovidas pelos Missionários Franciscanos, instalados naquela localidade, extensivas também à conversação dos Judeus, já numa fase de Cristãos Novos.
