A 10 de Junho celebra-se o Dia de Portugal, que até ao 25 de Abril se chamava Dia da Raça e de Camões, porque foi Camões que exaltou os portugueses, definindo o que era a Raça dos portugueses. (parte 2 de 2.)

As comemorações do 10 de Junho são uma efeméride na qual os mais altos responsáveis políticos do país evocam, com discursos e desfiles militares, os feitos heróicos do nosso passado histórico, reafirmam a identidade nacional e prestam merecida homenagem aos dois milhões de portugueses da diáspora espalhados pelos quatro cantos do mundo. É justo e é louvável que o façam. Mas será isto bastante? Ou deverá, para além disso, haver espaço para uma reflexão profunda, séria, honesta sobre as soluções para os problemas concretos dos portugueses e as perspetivas de um futuro melhor para o país?
Na crónica passada escrevi o que desejava que acontecesse este ano: libertar e promover os mais novos! Nesta semana vou desabafar um pouco, do que espero fazer, isto é, viver um dia de cada vez!
«Habituem-se que vão ser quatro anos», afirmou com sobranceria o primeiro-ministro António Costa em entrevista à revista «Visão» com recado directo às oposições partidárias e, diria eu, ao povo português. Na votação da moção de censura ao Governo socialista apresentada pela Iniciativa Liberal o PSD, principal partido da oposição, absteve-se «desculpando-se» e argumentando «que o povo escolheu e deu a maioria ao partido socialista». Portanto a culpa das trapalhadas é do povo! Por outro lado, e curiosamente, nas votações do Orçamento do Município e das Grandes Opções do Plano para 2023 na Assembleia Municipal do Sabugal o Partido Socialista entendeu… abster-se. Vou, explicar de seguida o meu completo desacordo por a democracia acarinhar a abstenção. Para mim, em política abstenção não rima com oposição…
Em Portugal, os responsáveis políticos passam o tempo a falar dos mesmos problemas, a fazer os mesmos discursos, a retomar os mesmos debates e a jurar que, desta vez, é que vai ser. Mas, quando se trata de passar às realizações concretas, hesitam, lateralizam, adiam e acabam frequentemente bloqueados diante dos mesmos obstáculos.
O 10 de Junho, antes de chegar à designação actual – Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas –, teve vários nomes ao longo dos tempos. No reinado de D. Luís I, em 1880, o 10 de Junho foi declarado «Dia de Festa Nacional e de Grande Gala», para comemorar apenas nesse ano os 300 anos da hipotética data da morte do grande poeta português Luís Vaz de Camões, a 10 de Junho de 1580.
Apenas dez funcionários públicos aceitaram ir trabalhar para as regiões menos populosas do interior do país, ao abrigo do «Programa de Incentivos à Fixação de Trabalhadores do Estado no Interior». Face a estes parcos resultados, o governo admite que os mesmos «incentivam à análise, reflexão e definição de medidas a adotar futuramente». Até quando?
Quando se analisa a situação económica e social do país, é indispensável conhecer os pontos de vista, não apenas dos atores políticos e dos especialistas na matéria, mas também e antes de tudo, dos parceiros sociais. Ocupando o setor privado um lugar esmagadoramente maioritário na vida económico-social do país, desta feita vamos dar a palavra à Associação Empresarial de Portugal (AEP), associação multissetorial de âmbito nacional, sediada no Porto, que visa promover e defender as atividades empresarial e associativa.
Todos quantos, em 1974, viveram o momento histórico do 25 de Abril ainda se lembrarão dos três «DDD» proclamados pelos capitães de Abril como os grandes desígnios do regime democrático que acabavam de instaurar em Portugal: Descolonização, Democratização, Desenvolvimento.
Como afirmei na crónica anterior, o que realmente vai contar na Hora da Verdade, isto é, depois das eleições de 30 de Janeiro, é saber como o novo governo irá encontrar soluções concretas para os reais problemas do dia-a-dia dos portugueses, bem como para os desafios estruturais com que o País vai continuar a confrontar-se durante a próxima legislatura. (Parte 2 de 3.)
As próximas eleições legislativas não devem ser transformadas num exercício vazio de conteúdo útil para os portugueses, nem tão pouco numa mera guerra clubística entre rivais que se degladiam tendo como objetivo único chegar aos lugares do poder. Nas próximas eleições de 30 de Janeiro, o que realmente vai importar, não será quem sairá delas vencedor, mas sim como irá governar o País. (Parte 1 de 3.)
Jorge Sampaio – de seu nome completo, Jorge Fernando Branco de Sampaio – nasceu em Lisboa, em 18 de Setembro de 1939, filho de Arnaldo Sampaio, médico, especialista em Saúde Pública, e de Fernanda Bensaude Branco de Sampaio, professora particular de inglês. Era casado com Maria José Ritta e tinha dois filhos, Vera e André. Morreu esta sexta-feira, 10 de Setembro.
O surgimento dos movimentos políticos nacionalistas e soberanistas que nos últimos anos têm vindo a ganhar expressão na Europa, levanta naturalmente a questão de saber se a arquitetura política assente no poder soberano dos Estados-Nação que, durante séculos, se traduziu no monopólio da governação dos respetivos territórios protegidos por fronteiras fechadas em relação ao exterior, continua a ser a solução mais adequada ao tempo presente no continente europeu. (Parte 2 de 2.)
«O Conselho de Ministros fixou hoje a data de 26 de Setembro de 2021 para a realização das eleições gerais para os órgãos representativos das autarquias locais»
Mariana Vieira da Silva, Ministra de Estado e da Presidência (01.07.2021)
O Governo aprovou esta quinta-feira, 24 de Junho, o diploma que regulamenta a utilização em Portugal do Certificado digital covid. Além das viagens internacionais o certificado servirá também para as deslocações internas, casamentos e baptizados.
Dobrado o «Cabo Bojador» da eleição presidencial, na qual o povo português decidiu, por larga maioria, renovar a confiança que continua a depositar no Presidente da República em funções, Marcelo Rebelo de Sousa optou por não fazer um discurso de vitória e preferiu concentrar-se, desde logo, nas prioridades políticas a que vai consagrar o seu segundo mandato.
«Sobraram 11!», «Sobraram 8!», «Sobraram 4!» Os chicos-espertos deste país andam eufóricos. As listagens têm sempre pessoas a mais e depois… «sobram». Expliquem lá aos senhores da task force do plano de vacinação que tudo isto, talvez, se resolva com Centros de Vacinação regionais onde já não há sobras. Ele há coisas…
O presidente reeleito, Marcelo Rebelo de Sousa, tornou-se no primeiro candidato de sempre na história da democracia portuguesa a vencer a votação em todos os concelhos do país. Ana Gomes foi a mulher mais votada de sempre numas eleições presidenciais com 12,97 por cento dos votos (541.345 votos) e a primeira a conseguir um segundo lugar. André Ventura alcançou o terceiro lugar e ficou em segundo em 11 dos 18 distritos de Portugal continental (incluindo Beja, Évora e Portalegre) e na Madeira. No distrito da Guarda e no concelho do Sabugal os dois primeiros foram Marcelo Rebelo de Sousa e André Ventura.