Nesta quarta crónica sobre o Bairro Alto partilho uma brincadeira que escrevi com os nomes das ruas do meu bairro e tento resumir o que se sabe sobre a origem de alguns desses nomes. (parte 4)

Faz hoje, 1 de novembro, 286 anos que Lisboa foi arrasada por um terramoto de enormes proporções. Evoco hoje esta data lamentando os que pereceram mas também glorificando aqueles que foram capazes de reerguer a cidade.
Em Lisboa ali perto do Castelo de São Jorge, junto à rua de São Tomé, fica um lugar que foi batizado como Jardim das Pichas Murchas. O nome é curioso mas a história é simples e compreensível…
Numa ruela de Alfama, mais concretamente a Rua do Salvador, junto ao número 26, está o sinal de trânsito mais antigo de Lisboa, quiçá do mundo. Tem mais de trezentos anos e não se tornou mais uma atração da capital, apenas porque é pouco conhecido e passa até despercebido no interior de um bairro com uma história singular.
A zona do Cais do Sodré em Lisboa é um local junto ao Tejo que tem epicentro na Praça Duque da Terceira e é limitada pelo Largo do Corpo Santo e pela Praça de São Paulo. No seu seio estão as estações fluvial (com ligação a Cacilhas), ferroviária (linha de Cascais) e do Metro bem como o célebre «Mercado da Ribeira». O bairro transformou-se num conhecido centro de diversão nocturna muito frequentado por lisboetas e turistas.
A Calçada do Duque, mais conhecida como Escadinhas do Duque, liga o Largo Trindade Coelho onde está situada a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa às portas do Bairro Alto, com a Estação do Rossio da CP, já muito perto da praça com o mesmo nome e que é considerada o centro de Lisboa. E como são quase 240 degraus aconselha-se o percurso descendente apreciando a magnífica vista da encosta da Mouraria e do Castelo de São Jorge.
O Jardim do Príncipe Real como os lisboetas o conhecem ou Jardim França Borges é um espaço muito bonito e extenso que fica situado em Lisboa entre o Bairro Alto e o Largo do Rato numa linha recta imaginária entre o Cais do Sodré e as Amoreiras.
Em alguns lugares de Lisboa chegaram, embora por pouco tempo a operar funiculares que foram desmantelados mas o seu serviço aos habitantes absorvido pelas primeiras carreiras de elétricos da capital. Nesta quinta e última crónica sobre os elevadores abordo este tema…
Está a decorrer até dia 2 de julho de 2023, em restaurantes de Lisboa e do Porto, a Rota Gastronómica da Cereja do Fundão. A iniciativa promovida pelo Município do Fundão serve de inspiração para prestigiados chefs criarem pratos originais com este fruto de eleição.
São Vicente é, oficialmente, o padroeiro de Lisboa mas… Santo António é o padroeiro do coração dos alfacinhas. A Câmara de Lisboa consagrou o dia 13 de Junho como feriado municipal e escolheu a canção imortalizada por Carlos do Carmo como hino oficial da capital.
Em Lisboa perde-se na memória a origem dos festejos que se associam a Fernando de Bulhões, o popular Santo António de Lisboa nascido perto da Sé, e que viria a assumir o nome de António quando ingressou na ordem de São Francisco.
Desde sempre os desníveis entre a parte alta e baixa de Lisboa constituíram um problema para a mobilidade. Proponho-me pois nas próximas crónicas falar dos funiculares e ascensores da cidade. Vou começar pelo «Elevador da Glória»…